Estou
com uma sensação tão boa quanto a estreia de
“Boogie
Oogie”. Acho que a Globo
estava precisando novamente investir nos
anos 70. Aliás , foi nessa década que a emissora começou a se firmar como líder de audiência, e
na campo da teledramaturgia lançou grandes sucessos.
Os
anos 70 são mágicos, e para pessoas como
eu, que não puderam vive-los
intensamente (nasci em 1978, exatamente o ano em que Boogie Oogie vai se passar ) ver os costumes, moda e adereços da
época é um presente.
Que
Boogie Oogie seja uma cópia de Pecado Mortal, novela do Carlos Lombardi na Record encerrada a alguns mses, ou Dancin´Days ,
sucesso do Gilberto Braga, atualmente
sendo reapresentada no Canal Viva,
que aliás não era uma novela de época, Julia Matos (Sônia Braga) e cia foram ao ar
entre 1978 e 1979; é o que menos importa. Os anos 70 foram tão ricos que rendem muitas e muitas histórias,
contadas no mesmo cenário mais com personagens e acontecimentos diferentes.
Boogie Oogie além de trazer o universo desses anos mágicos, ainda
vai nos presentear com Betty Faria
aparentemente em um bom papel. Há anos que a Globo não lhe dar um papel descente, digno do seu talento e
importância.
Confesso
que preferia Boogie Oogie no horário
das sete. A novela é a cara do horário,
mas já vimos muito casos de novelas às seis horas que foram verdadeiros “novelões”.
Rui Vilhena , autor da trama, tem uma bagagem recheada de novelas feitas em Portugal, e no Brasil foi colaborador do Aguinaldo Silva em Fina Estampa
(2011). Mas agora em seu voo solo ele tem a responsabilidade de tentar
salvar e resgatar a audiência do horário das seis. Meu Pedacinho de Chão, remake do Benedito Ruy Barbosa, foi uma inovação,
recebeu uma enxurradas de boas críticas, mas não conseguiu elevar os índices.
Pelas
chamadas de estreia e a sinopse, Boogie Oogie tem tudo para ser uma boa novela. Um folhetim
legítimo com direito a troca de bebês e troca de casais, com um pano de fundo
dos gloriosos anos 70 a inesquecível era
disco, somados a uma trilha sonora clássica da década com gravações originais
são os ingredientes mais que necess´rios para a receita de sucesso da trama.
Eu
vou me jogar na pista de corpo e alma e
dançar no ritmo da trama, rezando para que as luzes não enfraqueçam e essa
discoteca não passe de um acorde.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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