Com mesmos ingredientes de novelas anteriores, Aguinaldo Silva faz de “Império” um clássico novelão.
O Próprio Aguinaldo Silva falou em entrevista que não trazia nada de novo em Império, nada diferente do que ele já havia mostrado em novelas
suas anteriores, apenas contaria a história desses personagens de modo
diferente.
E logo nos primeiros capítulos de Império isso ficou claro. É fácil vermos o
Valdemiro Cerqueira (José Wilker) de Suave Veneno em José Alfredo (Alexandre Nero), o
imperador de Império. A Cora
é uma espécie de releitura de Perpétua, personagem que Joanna
Fomm viveu magistralmente na adaptação de Tieta (1989). E a Maria Marta (Lília
Cabral) com seu humor sarcástico e
maldades mirabolantes, lembrando muito bem a Maria Altiva (Eva Wilma) de A Indomada (1997). Até o sobre “Pedreira Mendonça de Albuquerque” ela
herdou da vilã.
Porém esse personagem são figurinhas
repetidas nas tramas do autor, mas em Suave Veneno (1999) e Fina Estampa (2011), essa repaginada não deu muito
certo. As duas tramas apesar do relevante sucesso, foram duramente criticadas
pela falta de conteúdo. Em destaque as
suas vilãs Maria Regina (Letícia Spiller) e Thereza Cristina (Christiane
Torloni), que beiravam a “caricaturismo” e cansaram o público.
Mas
o autor conseguiu em Império fazer uma releitura dos seus clássicos personagens de uma
maneira que o público logo de cara se identificou. A Cora, vivida pela Drica Moraes me apaixonei logo nas chamadas de estreia, e apesar de
preferir a personagem mais vilã à cômica, é fato de que a Drica estreou com pé
direito no horário nobre, com uma personagem que vai pontuar a seu já rico
currículo.
Império já conseguiu o feito de salvar o
horário nobre da Globo, que sofreu
um queda e rejeição bruta com a exibição de Em Família, do autor Manoel
Carlos.
O que mais faltou em Em Família, Império
tem de sobra. Os “Ganchos” nos
finais dos capítulos que nos obrigam a aguardar ansiosamente pelo próximo.
Novelas sem gancho não anda, lembrem o
fenômeno que se tornou Avenida Brasil
(2012) que exagerava nesses ganchos, embora no dia seguinte não acontecesse
nada, mas a expectativa valia a pena.
Ainda faltam muitas tramas a se
desenrolar em Império nesses próximos 5 meses de novela e eu espero que a novela continue nesse
patamar e tal qual Senhora do
Destino (2004),
Duas
Caras (2007)
e outros grandes sucessos do autor faça história no horário.
Fonte
:
Texto
: Evaldiano de Sousa
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