Em
2004, depois do fracasso da produção
independente da novela Metamorphoses
(2004), a Record resolveu investir
pesado em seu núcleo de teledramaturgia,
contratou Herval Rossano como
diretor geral e aprovou entre outras
oito sinopses o remake da novela A Escrava Isaura,
um dos grandes sucessos da teledramaturgia nacional.
A
Versão apresentada na Globo em 1976 foi um fenômeno de
audiência e hoje mais de 38 anos depois já foi vendido para 180 países e transformou Lucélia
Santos em
estrela global logo em seu primeiro trabalho.
A
Versão apresentada pela Record escrita por Tiago Santiago e Anamaria Nunes foi baseado no livro de Bernardo Guimarães e não na versão da Globo, e por isso mesmo vários outros
personagens foram criados e desfechos alterados.
A
Novela virou da noite para o dia a
menina dos olhos da emissora. A Record tinha uma expectativa de 7 a 9 pontos de
audiência, viu na reta final da trama
uma média de 19 pontos com picos de 23 na grande São Paulo. A Escrava
Isaura chegou
a roubar 5% da audiência da concorrente global, a novela Começar de
Novo (2004).
Assim
a história da Escrava Branca que comoveu o Brasil há exatos 28 anos novamente seduziu os telespectadores.
Rubens de Falco que foi imortalizado com o Leôncio da
primeira versão, voltou nesta vivendo o Comendador Almeida em um participação
afetiva especial.
Uma
dos pontos em que a emissora não poderia errar, era na escolha da protagonista.
Que atriz poderia viver a Isaura, uma personagem marcada na imagem da Lucélia Santos?
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A
Emissora chegou a cogitar nomes como Mel
Lisboa e Cléo Pires, mas no
final a escolhida foi Bianca Rinaldi. A Escolha da atriz
chegou a ser criticada, principalmente pelo fato da atriz ser loura de olhos
claros, e não ter a cor que o autor cita
no livro. Mais a atriz, que vinha dos
papéis água com açúcar que vivia nas novelas SBT estreou em nova emissora com pé direito, e tal qual acontecera
com Lucélia Santos, virou uma das
principais atrizes do casting da Record
com a personagem. Em 2006, Bianca
Rinaldi ganhou o prêmio da crítica especializada na argentina quando a
novela foi apresentada no país.
No
elenco vale destacar o belo trabalho dos atores Leopoldo Pacheco, Mayara Magri, Jackson Antunes e Patrícia França na pele da
escrava vilã Rosa.
O Prêmio Zumbi dos Palmares, em 24 de novembro de 2005,
homenageou os atores Déo Garcez,
Bárbara Garcia, Matheus Palota, Ivan de Almeida, Valquíria Ribeiro,
Cristovam Neto e Chica Lopes, que representavam o elenco afro-brasileiro de A Escrava Isaura.
O Sucesso fez com que a novela fosse esticada dos 100 capítulos da
original para 140, e depois ainda ganhou mais 27 , fechando um total de 167.
Uma das grandes mudanças desta versão
foi o final do vilão e algoz de Isaura, Leôncio. No livro e na versão global o
personagem se matava depois de perceber que havia perdido sua escrava para
sempre. Em 2004, Tiago Santiago
estrategicamente assassinou o vilão criando um providencial “Quem Matou?” que
ajudou a aumentar ainda mais o interesse do público pela novela.
A Escrava Isaura abriu
um horizonte para a teledramaturgia da Record, que deu para os telespectadores
da tv aberta a opção de mudar de canal, pois sabiámos que tinha uma boa novela para assistir. Em seguida a emissora apresentou outras tramas
que continuaram no rastro do sucesso de A Escrava Isaura,
como Essas
Mulheres (2005), Prova de Amor (2005),
Cidadão
Brasileiro (2006), Vidas Opostas
(2006), Chamas
da Vida (2008), Poder Paralelo (2009), Ribeirão do Tempo (2010)
e Vidas em Jogo (2011).
Ficha Técnica :
Novela
do autor Tiago Santiago e Anamaria Nunes
Direção
Geral – Herval Rossano
Exibição
: 18 de outubro de 2004 à 30 de Abril de 2005
Capítulos
: 167
Fonte :
Texto :
Evadiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgia.com
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