Camila
Morgado é um das atrizes mais viscerais da sua geração. Assisti-la em cena
é sempre um espetáculo. Na pele da desiquilibrada Vitória de A Lei do Amor,
Camila dá mais uma prova disso. A personagem vive um casamento
desmoronando e dentro de um família que é uma verdadeira bomba relógio, e ela é a
única que sofre com toda essa carga negativa.
Nascida em Petrópolis, na região serrana
do Rio de Janeiro, Camila foi aluna de Monah Delacy, atriz e mãe da também
atriz Christiane Torloni. Aos 17
anos, mudou-se para a capital onde estudou na Casa das Arte das Laranjeiras onde apresentou como
espetáculo de formação “Grall, Um Retrato de Faustão quando Jovem”,
que tinha Bete Coelho como
protagonista, e texto mais direção de Gerald
Thomas.
Em 2000, integrou sua primeira companhia
de teatro, a Ópera Seca, do Gerald Thomas, estreando nos palcos
como “Ventriloquist”.
No mesmo ano 2000, quando estava nos palcos com um espetáculo em parceria com João Falcão foi vista pelo diretor
global Jayme Monjardim que a
convidou para um teste para integrar o
elenco da novela O Clone (2001). Camila acabou não ganhando o papel, e só viria a estrear na Tv 3 anos depois na
minissérie A
Casa das Sete Mulheres (2003), também
dirigida por Jayme, em um dos principais papeis.
No cinema Camila escreveu seu nome com
letras de ouro depois de protagonizar o filme Olga
(2004), que contava a história da jovem comunista alemã Olga Benário, companheira de Luis Carlos Prestes. A Atriz foi
aclamada pela crítica exatamente pela entrega e interpretação visceral dessa
mulher que virou mito.
O post de vai homenagear essa grande
atriz que representa como poucas, o
talento, a beleza e garra das profissionais da sua geração.
Manuela de A Casa das Sete Mulheres (2003)
Camila
Morgado estreou na tv dando um show de interpretação na pele da Manuela,
uma das protagonistas da minissérie A Casa das Sete
Mulheres , da Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão. A Sensível interpretação da atriz enriqueceu a personagem, que através de
suas anotações no diário, também narrava os
acontecimentos da minissérie. A Atriz foi a grande revelação daquele ano
sendo aclamada pela crítica.
Cacilda Becker de Um Só Coração (2004)
Em 2004, Camila Morgado voltou numa minissérie de Maria Adelaide Amaral em uma pequena participação. Foi na trama de Um Só Coração,
que contava a história de formação da cidade de São Paulo sob a ótica da arte.
Camila deu vida a Cacilda Becker, uma personagem real, atriz pioneira do teatro brasileiro.
Miss May de América (2005)
Em 2005, Camila Morgado estreou em novelas vivendo sua primeira vilã na tv,
a Miss May de América,
novela da autora Glória Perez. Na
trama, May era uma professora estudiniense, noiva de Ed (Caco Ciocler), ver seu
sonho de casar-se ruir , quando o noivo
conhece a estrangeira ilegal Sol, vivida pela Deborah Secco, e apaixona-se perdidamente por ela.
Malu de Viver a Vida (2009)
Na trama de Viver a Vida, do autor Manoel Carlos, Camila Morgado mostrou toda sua veia cômica na pele da jornalista mais atrapalhada da história da
tv. A Malu Trindade era uma respeitadíssima jornalista de economia e que via
sua organizada vida se transformar num
caos quando se sente tentada em ter um caso com o marido de sua prima Betina
(Letícia Spiller). As várias situações para esconder o romance da prima
proporcionaram ao telespectador momentos hilários protagonizados pela atriz e Marcelo Airoldi, que vivia o marido
infiel.
Mara de O Canto da Sereia (2013)
A Mara de O Canto da Sereia, minissérie do George Moura, Patricia Andrade e Sérgio
Goldenberg, foi uma personagem complexa vivida pela Camila. Empresária e
braço direito de Sereia (Ísis Valverde), vira também uma das suspeitas do seu
assassinato. Chamou atenção na trama a paixão doentia que Mara sentia por Sereia
e uma cena de sexo protagonizada por ela e Marcos
Palmeira. Apesar de explícita, a cena foi considerada elegantíssima pela
crítica.
Maria Angélica de O Rebu (2014)
Outra interpretação singular apresentada
por Camila Morgado foi a da Maria
Angélica de O
Rebu, remake do sucesso do Bráulio
Pedroso exibida pela Globo em
1974, reescrita pela dupla George Moura
e Sérgio Goldenberg. A personagem era completamente louca e passou a trama inteira da minissérie, que se
passava em uma noite de festa sob o
efeito de álcool. Filha de Vic Garcez (Vera Holtz) é uma mulher que adora se divertir. Apaixona-se
por Alain (Jesuíta Barbosa), o penetra da festa. À noite, Angela (Patricia Pillar) flagra Alain tentando roubar algo em seu quarto
e faz um acordo para que confesse ter matado Bruno (Daniel de Oliveira). Alain
é preso, mas consegue fugir com a ajuda de Maria Angélica. O ladrão a abandona
para ficar com o dinheiro.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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