Sol Nascente chegou
ao seu final nesta terça (21.03).  A
Trama dos autor Walther Negrão Júlio
Fischer e Suzana Pires,  passou quase
6 meses no ar,  praticamente  se arrastando e segurando-se apenas em suas
tramas paralelas, só ganhando   fôlego no último mês.  
        Marcada por um casal de protagonista que
mostrou total falta de química desde o início, não deu para engolir o
romantismo entre Alice e Mário, os personagens da Giovanna Antonelli e BrunoGagliasso, Sol
Nascente acabou chamando a
atenção  para  seus vilões , e que vilões. 
        Laura
e Rafael Cardoso tomaram as rédeas da trama na pele da vovozinha do mal
Dona Sinhá e o  vilão   desiquilibrado César. 
        Desde 
suas primeiras cenas como Dona Sinhá, 
Laura Cardoso mostrou que
iria  nos apresentar uma grande
personagem. Bem interpretada e com nuances que mesclavam suas vilanias com a
comicidade, Dona Sinhá tinha um charme que poucas vilãs tiveram na história da
teledramaturgia. Nem mesmo sua saída repentina da trama,  devido a problemas de saúde,  prejudicaram o andamento da personagem, que na
volta, estava ainda mais forte dentro dos entrechos de Sol Nascente, e ganhou um final
apoteótico,  
        Mas esperar um bom trabalho da Laura Cardoso não é nenhuma surpresa, Rafael Cardoso sim é que fez do César
de longe o seu melhor personagem na tv. Os vilões do Walther Negrão sempre seguem essa linha  tênue entre a maldade e o desiquilíbrio, e o
César foi mais um que entrou para a lista desses  grandes vilões. O Ator  se entregou de tal forma ao
personagem que conseguiu apagar todo o brilho do mocinho vivido pelo Gagliasso.
Não foi à toa que lhe foi reservado praticamente toda a última semana com o
grande destaque da recuperação do César. 
        Aliás, 
Sol Nascente  inovou nesta
reta final. Além de terminar numa terça-feira, o autor centrou a trama como
se  encerrasse na sexta,  e 
assim preparou  para os  dois capítulos finais (de segunda e terça) a
passagem de tempo mostrando a vida dos moradores de Arraial de Sol Nascente 7
anos depois. Ou seja, vimos o que o futuro reservava para cada personagem. Pode
ser que o esticamento desses dois capítulos 
 tenha obrigado os autores a
escrever essa “continuação” que deu um gostinho diferente ao final. 
        Como falei no início do post, as tramas
paralelas de Sol
Nascente foram os pilares que a novela precisou quando o público
perdeu o interesse pela trama principal (O Amor de Alice e Mário e a
Vingança,  ainda não revelada  o motivo, da Sinhá). Dessas tramas vale destacar
o Romance de Lenita e Vitório,  vividos
pela Letícia Spiller e Marcelo Novaes;
e depois a revelação da filha que Lenita abandonara  no passado; O Casal muito improvável no início
da trama Milena e Ralf, Giovanna Lancelloti
e Henri Castelli, que se apaixonaram e tiveram uma relação tão bem
construída que na reta final  a gente
torceu mais por eles do que Mário e Alice. Até o casamento do final foi deles. 
        No elenco de  veteranos e jovens foram muitos os  destaques 
como a dupla  italiana
inesquecível formada por AracyBalabanian e Francisco Cuoco; o 
japonês vivido pelo Luis Mello,
que deu um tapa com luva de pelica na cara de todos que  rejeitaram a escalação dele como o Tanaka; e
a Nívea Maria, que nem estava
escalada inicialmente e acabou se transformando numa personagem primordial para
o desenrolar de Sol
Nascente. 
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        Entre os jovens,  Giovanna
Lancelloti e Maria Joana que começaram 
com papéis tímidos e com talento cresceram em cena,  foram o destaque feminino; e Henri Castelli que já tem na bagagem
protagonista e vilão do autor (Flor do Caribe/2013 e Como Uma Onda/2004)  ganhou com o Ralf Tattoo um novo status para
sua carreira. 
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        Mesmo numa trajetória cheia de problemas
e  com um  último capítulo recheado de clichês,  o rapto da mocinha pelo vilão, mas batido
impossível, Sol
Nascente emocionou  e foi uma trama reta, talvez só não entre para
o hall  das melhores do Negrão. 
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa 



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