A Grécia , as passarelas da
moda e a busca pelo poder através da aparência no mundo regido pela estética
era a espinha dorsal de Belíssima do
autor Silvio de Abreu. A novela acabou se tornando um grande
suspense e crítica a essa obsessão por uma beleza estipulada pela
sociedade.
Uma trama cheia de personagens típicos criados pela mente brilhante
do Silvio de Abreu, que iam desde a implacável vilã Bia
Falcão, da Fernanda Montenegro, e passava pelo carismático Nikos (Tony Ramos),
e a família louca e turca do Murat (Lima Duarte) e Katina (Irene Ravache). Um
grande suspense mesclado com muito romance e humor, ou seja mais um novelão.
Belíssima está de
volta no Vale a Pena Ver de Novo a
partir do próximo dia 04, e para incentivá-los a acompanhar a reprise segue 10 motivos que tornam a trama
imperdível:
1 – Bia Falcão
(Fernanda Montenegro), a grande vilã de Belíssima
Pobreza Pega! Com essa frase Bia
Falcão marcou sua participação na trama de Belíssima e um dos
melhores trabalhos da Fernanda
Montenegro na teledramaturgia como a grande vilã da novela. Mesmo tendo
ficado uma boa parte de tempo fora da trama, seu assassinato mexeu com toda a
trama e seu retorno triunfal criou um ótimo entrecho para a reta final do
folhetim. A Personagem rendeu a
Fernandona o prêmio de melhor atriz daquele ano pela APCA.
2 – Tony Ramos em mais um tipo inesquecível
– O Grego Nikos
A composição do personagem inicialmente
chegou a irritar ao telespectador, mas Tony Ramos, perito em viver tipos na
tv, soube dosá-lo no decorrer da trama, e provou mais uma vez seu talento e
carisma transformando o Nikos em um dos
mais aclamados personagens de Belíssima.
3 - Primeiro encontro
de Tony Ramos e Glória Pires na Tv
Com vários anos de carreira, em Belíssima foi a primeira
vez que Tony Ramos e Glória Pires,
que vive a Júlia na trama, seu par romântico, trabalharam juntos. O Casal já havia gravado o
filme Se Eu
Fosse Você, mas eu só seria lançado
em 2006.
4 – O Casal Safira e
Pascoal – Claudia Raia e Reynaldo Gianechinni, em uma sintonia cênica perfeita
Numa dose certa e milimétrica entre o romance e o humor, Safira
e Pascoal, os personagens vividos pela Claudia
Raia e Reynaldo Gianechinni, roubaram a cena como o casal preferido do
grande público. Esbanjando sensualidade
sem apelação, as cenas de amor da dupla esquentou a história e terminou
apoteótica com direito a explosão e queda de prédio, tudo com muito amor
envolvido.
5 – Astros que
estourariam futuramente tiveram destaque na trama : Cauã
Reymond, Paolla Oliveira, Marina Ruy Barbosa e Vladimir Brichta
Belíssima serviu de espelho para destaque no trabalho de vários
atores que estourariam nos anos seguintes:
·
Paolla
Oliveira (Giovanna) – Ganhou sua primeira protagonista
depois do sucesso em Belíssima,
a Sônia de O Profeta (2006);
·
Vladimir
Brichta (Narciso) – Depois de Belíssima, ganhou o protagonista de
dois seriados: Faça
sua História (2007) e Separação!?
(2008);
·
Cauã
Reymond (Mateus) -
Dividiu o protagonismo de Eterna Magia (2007)
com Thiago Lacerda e em 2008 viveu o
seu maior coadjuvante, o Harley de A Favorita (2008).
·
Marina
Ruy Barbosa (Sabina) – Marina encantou o público
com a doçura e graciosidade da sua personagem. A Menina que viveu personagem seguido do outro, e hoje é uma das mais requisitadas e
talentosas atrizes da sua geração.
6 – A Família Murat
Um núcleo importante na história de Belíssima é a família do turco Murat e a grega Katina, os personagens vividos de
forma magistral por Lima Duarte e IreneRavache. A Família chamava atenção
pela alegria e nesse campo Lima e Irene nos brindaram com grandes cenas. Porém ao
mesmo tempo tinham segredos que
escondiam do passado e que ligava muitos outros personagens. Katina , escondera
a verdadeira identidade do pai de seu filho Cemil (Leopoldo Pacheco), que era filho biológico de Nikos (Tony Ramos). Já
Murat, teve uma relação no passado com Bia Falcão (Fernanda Montenegro).
7 - Último trabalho do ator Gianfrancesco Guarnieri
Belíssima foi a
última novela do grande ator Gianfrancesco
Guarnieri. Ele teve problemas de saúde e precisou sair da novela. O Ator
esteve na trama desde o início, porém devido seus problemas de saúde aparecia
sempre sentado e tinha pouco texto, para não lhe exigir demais. Gianfrancesco
deu vida ao professor de teatro Pepe. Na reta final da novela foi internado e
não pode gravar suas últimas cenas. Para homenageá-lo, no último capítulo Silvio de Abreu escreveu uma cena em que Murat, o personagem do
Lima, conversava com Pepe, seu amigo de infância, ao telefone. Gianfrancesco Guarnieri veio a falecer
em 21/07/2006, semanas depois do fim da novela.
8 – As Vedetes: Mary
Montilla (Carmem Verônica) e Guida Guevara (Íris Bruzzi)
Sílvio
de Abreu trouxe na trama a história de duas ex-vedetes que renderam as
melhores e inesquecíveis cenas hilárias para a novela - Mary Montila e Guida Guevara, vividas
pela Carmem Verônica e Íris Bruzzi.
Mary é uma ex-vedete, ex-cantora e ex-apresentadora de programa infantil, que
enriqueceu ao se casar com um rico empresário industrial, o qual foi disputado
a tapas com Guida, sua parceira no programa Os Furacões de Cuba, um enorme sucesso na extinta Tv Tupi. Mary não sente falta dos holofotes e prefere
desfrutar de sua fortuna, porém Guida sonha em voltar à mídia. Os diálogos cênicos de ambas “desenterrou”
expressões como “Mamenbada” (Companhia de teatro sem muitos recursos), “Me
Achei um Chuchu” e “Nerusca de Pitibiribas”. Íris
Bruzzi já havia vivido uma ex-vedete de nome Guida na trama de Jogo da Vida (1981), também do Sílvio. Mas as personagens são
totalmente diferentes. Numa homenagem a todas as vedetes do teatro rebolado, o
show de Mary Montilla e Guida Guevara, dirigido por Carlos Manga, no último capítulo de Belíssima, trouxe a participação de
grandes estrelas como Virginia Lane,
Dorinha Duval, Marly Marley, Anilza Leoni, Elizabeth Gasper, Brigitte Blair,
Lia Mara, Lilian Fernandes, Teresa Costelo, Maria Pompeu, Lady Hilda entre
outras.
9 – Racismo e o
Tráfico Internacional de Mulheres
O Racismo e tratado de forma leve e com
comicidade através da personagem Dagmar, vivida pela atriz Sheron Menezes. Fladson (Marcelo Médici) é o filho superprotegido
de Tosca, a personagem da Jussara Freire,
que se apaixona perdidamente por Dagmar. Ao conhecer Dagmar, Tosca passa a
derramar uma enxurrada de provocações e preconceitos contra a nora, que para
não entrar em atrito com a sogra resolve não revidar. Porém no dia da
inauguração da Churrascaria da Tosca, quando Dagmar leva seu pai Altino (Tony
Tornado), e ele é ofendido por Tosca, resolve quebrar a banca e denuncia a
sogra por racismo, que vai presa imediatamente.
Outro assunto abordado em foi o tráfico
internacional de mulheres através da personagem Taís, vivida pela Maria Flor. A brasileira aceita a
oferta para trabalhar como bailarina na
Grécia, e acaba vítima de um grupo de traficantes de mulheres. No decorrer da
trama, depois de muita luta e ajuda de Nikos, Tais consegue voltar para o
Brasil e encontra o amor nos braços de Narciso, o personagem do Vladimir Brichta.
10 – Trilha nacional e Internacional
As trilhas de Belíssima são
em minha singela opinião uma das
melhores de tramas contemporâneas lançadas nos anos 2000. É fato que há uma grande diferença entre as trilhas dos anos 80 e 90 e as dos anos 2000 em diante. As trilhas recentes são bem
menos, digamos, marcantes, com raras exceções, as trilhas de novelas de hoje
não marcam suas respectivas tramas, são
praticamente descartáveis.
A trilha sonora nacional trazia duas
canções inéditas: “Bonita Demais”,
composição de Vinícius de Moraes, na
voz de Daniel Jobim, e “Belíssima”,
da Adriana Calcanhoto, na voz do Ney Matogrosso. Outras faixas de
destaque foram: “Ai, Ai, Ai” na voz
da Vanessa da Mata; “Feliz” da Maria Rita; “Então me Diz”,
na voz da Simone, entre outras.
A trilha internacional abria com James Blunt em “You´re Beautiful” que invadiu as rádios do Brasil e “The Blower´s Daughter” na voz do Damien Rice , entre outras.
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipédia.com.br
Mais as trilhas da década de 2000 ainda assim são superiores às da atual década sem sombra de dúvidas!!!
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