Duas grandes atrizes da história da
nossa teledramaturgia, o post de hoje vai relembrar os encontros em cena de Betty Faria e Arlete Salles.
Betty Faria, bailarina e atriz, estreou na tv
em 1965, já na Globo, na série TNT, e no decorrer dos anos se tornou uma das mais
requisitadas e talentosas atrizes da sua geração. Sua beleza e profissionalismo lhe renderam grandes
personagens na teledramaturgia, como a
Lucinha de Pecado Capital (1975), a Lídia Prado de Água Viva (1980), a Joana de Baila Comigo (1981) e a inesquecível
Tieta da novela homônima baseada no romance de Jorge Amado, no ar em 1989. Sua última
aparição na tv foi numa participação no
humorística Tá
no Ar – A Tv na Tv e já terminou de gravar sua participação em Se eu Fechar os
Olhos Agora e Os Experientes que irão ao ar em
2019.
Arlete Salles estreou na tv no humorístico A, e, i , o Urca exibido
pela Rede Tupi em 1963, participou
ainda do Grande Teatro Tupi e
estreou nas novelas em 1967 na trama de Sangue e Areia. O Humor e a teledramaturgia sempre
oscilaram durante toda a carreira da atriz que teve papéis de destaques em novelas como a Laura de Selva de Pedra (1972);
a Germana Steen de A Sucessora (1978);
a Pepa de Cabocla (1979); A
Vilma de O Outro
(1987) e as inesquecíveis Carmosina de Tieta (1989) e Kika
Jordão de LuaCheia de Amor (1990). Nos
humorísticos destaques em Toma Lá, Da Cá (2007
– 2009) e como a Berna Cavalcanti no recém terminado Brasil à Bordo (2018). Arlete está de volta às novelas dando vida a Naná, matriarca da Família
Falcão, na trama de Segundo Sol,
do João Emanuel Carneiro.
As carreiras de Betty e Arlete sempre se
cruzaram no decorrer desses anos , são nove encontros em novelas, séries e
seriados, além da participação de Arlete no programa Betty Faria Especial, que a atriz
apresentou na Globo em 1984.
Inês
x Lia de O Homemque Deve Morrer (1971)
O primeiro encontro da dupla foi em
1971, na trama de O Homem que Deve Morrer ,
da autora Janete Clair. Betty deu vida a simplória Inês, filha do humilde
pescador Mestre Jonas (Gilberto Martinho) , e
no decorrer da trama se casa com Baby (Cláudio Cavalcanti), filho do
poderoso homem da região, o Comendador Liberato (Macedo Neto). Arlete Sales deu vida a Lia, secretária
e amante do vilão estilo nazista Otávio
Von Muller, vivido pelo saudoso Jardel
Filho.
Joana
x Lenita de Cavalo de Aço (1973)
Em
1973, Betty e Arlete, vivem papéis importantes na trama de Cavalo de Aço, do autor Walther Negrão. Joana, a personagem da
Betty, era a protagonista, filha mimada do grande vilão Max (Ziembiski), e que
se envolvia no decorrer da trama com Rodrigo (Tarcísio Meira), o homem que
voltara a cidade para vingar a massacre ocorrido anos antes com sua família, e
que Max teria sido o responsável. Já
Arlete, deu vida a falsa e dissimulada Lenita, sobrinha de Max, na verdade filha ilegítima dele, e que no fim
era revelada como a assassina do vilão.
Leda
Maria x Gilda de Duas Vidas (1976)
Em Duas
Vidas, novela da autora Janete Clair,
Betty e Arlete tiveram uma relação conturbada. Betty Faria era Leda Maria, uma mulher sufocada pelo ciúme do
marido Tomás (Cécil Thiré), que por usa vez
a abandona por Gilda, sua amante, a personagem da Arlete Salles.
Lígia
Prado e Celeste de Água Viva (1980)
As duas voltaram a se encontrar
literalmente, em Água Viva, novela do autor GilbertoBraga. Betty deu vida a forte Lígia
Prado, uma mulher que luta para ascender socialmente. Foi casado duas vezes e
Celeste, a personagem da Arlete, inicia a trama como a atual mulher de seu
primeiro marido. Inicialmente as duas não se suportam, até a morte de Sérgio
(Milton Moraes), ex-marido e marido respectivamente, mostrar que elas tinham
mais em comum do que pensavam.
Ligia e Celeste passam a morar juntas e selam uma grande amizade, pelo
menos até Miguel Fragonard (Raul Cortez) aparecer entre elas.
Joana
e Dolores de Baila Comigo (1981)
Em Baila Comigo, do Manoel Carlos, Arlete e Betty viveram papéis de destaque. Betty
Faria seduziu o Brasil com collants e maiôs de ginástica da protagonista Joana
Lobato, uma professora de dança linda e independente, e que com medo de perder
sua independência não se apegava a ninguém. Já Arlete
Salles, deu vida a Dolores,
namorada de Saulo (Reginaldo Faria). No decorrer da trama eles se
distanciam, quando Saulo se muda para o
Rio de Janeiro. Alegre e vivaz, vive entre altos e baixos.
Tieta
e Carmosina de Tieta (1989)
Sem dúvidas o grande encontro de Betty e
Arlete foi em Tieta,
novela do autor Aguinaldo Silva,
baseada na obra de Jorge Amado. Betty Faria deu vida a esfuziante
protagonista. Uma mulher linda, passional e irresistivelmente sedutora. Betty
estava no auge da beleza dos seus quase 50 anos e fez de Tieta o
seu grande momento na teledramaturgia. Arlete
Salles deu vida a solteirona Carmosina, amiga fiel de Tieta, e conforme a própria Arlete faz questão de
dizer em suas entrevistas, sua melhor personagem.
Djanira
e Rita de América (2005)
Em 2005, Arlete fez uma pequena
participação no início da trama de América, da GlóriaPerez. Rita , sua personagem, era
Tia de Drica (Thainá Menezes), que a leva para os Estados Unidos no início da
novela. Betty Faria teve uma
personagem fixa na trama, a bela e sedutora Djanira Pimenta. Vive em Miami
vendendo documentos falsos para os imigrantes
e revendendo carros usados. Frequenta a Miami rica, onde não se suspeita
da natureza de seus negócios. É a chefe de uma quadrilha que a atravessa
ilegais pela fronteira do México, para a qual trabalham o “atravessador” Alex
(Thiago Lacerda) e o coiote Ramiro (Luís Mello).
Laura
e Dona Gioconda de Pé na Jaca (2006)
O último encontro da dupla até então,
foi na trama de Pé
na Jaca, do autor CarlosLombardi. Encontro mesmo entre elas
em cena não houve, a Arlete aparecia em flashes como a Gioconda na fase jovem,
que na fase atual da trama era vivida pela saudosa Nair Bello. Betty Faria era Laura, mãe de Eliza Beth (Déborah Secco),
Leila (Fernanda de Freitas) e Barrão (Rodrigo Hilbert), cada um de um pai
diferente. Costureira de mão cheia, era mal vista na cidade, especialmente pelas mulheres.
Não tem dinheiro, mas vira e mexe ganha presentes de seus antigos amantes.
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br
www.wikipedia.com.br
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