Orgulho e Paixão, trama do horário das seis, do autor Marcos
Bernstein, inspirada na obra da escritora inglesa Jane Austen, inicialmente me pareceu uma trama muito “água com açúcar”
e infantilóide, e algumas cenas
inspiradas em comicidade a lá Walcyr Carrasco contribuíram muito para isso.
Mas o decorrer dos capítulos mostrou que
a trama tinha uma essência que bem desenvolvida, vem transformando Orgulho e Paixão em um novelão digno do horário das seis, apagando de
vez a má impressão deixada pelo trabalho
anterior do autor, Além do Horizonte (2013).
A novela é uma mescla de tudo que o
horário das seis pede atualmente – comédia, romances e ação, isso interpretado
magistralmente por um elenco feminino que , apoderamentos à parte, vem dando um
show em cena, desde as grandes estrelas como Gabriela Duarte, Alessandra Negrini, Vera Holtz e Grace Giannoukas, passando pela protagonista Nathália Dill, sem dúvidas a melhor escalação
do elenco, além das outras irmãs
Beneditos, cada uma com seu dilema e num trabalho de interpretação ótimo como Chandelly Braz (Mariana) e as
praticamente estreantes Bruna Ghripão
(Lídia), Anaju Dorigon (Cecilia) e a
Pamela Tomé (Jane).
Claro que não posso esquecer da Ágatha Moreira e sua Ema. Com um perfil
inicial de futilidades, nesta fase em
que a família da personagem perde os bens, a Ema ganhou uma outra aura que a
aproximou e agradou ainda mais o
público.
Não posso ser injusto como o elenco masculino de Orgulho e Paixão. Nesta fase da
novela nomes como Rodrigo Simas
(Ernesto), Marcelo Faria (Aurélio), Malvino Salvador (Coronel Brandão), Joaquim Lopes (Olegário) , Maurício Destri (Camilo) e o veterano Tato Gabus (Felisberto) são ótimos destaques e que também enriquecem
muito a trama.
Com isso Orgulho e Paíxão, cheia de bom perfis de personagens, entrechos
interessantes e um elenco afinadíssimo , vem seguindo a trilha das tramas de
sucesso do horário das seis, aplaudidas pelo público e aclamadas pela crítica,
que ocorre desde Sete Vidas (2015), seguida por Além do Tempo (2016)
e Êta Mundo Bom (2016). Teve um parêntese com Sol Nascente
(2016), e voltou a estrada de
sucesso com Novo Mundo e Tempo de Amar, em 2017.
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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