Mário
Teixeira encerrou hoje sua viagem entre os séculos com os congelados de O Tempo não Para.
Com uma trama inovadora, um texto pertinente, simples e sem didatismo,
apresentou uma trama que prendeu o público apaixonado pelas histórias e
entrechos dos personagens que mais de 130 anos depois tinham que se adaptar a
um novo mundo.
Porém infelizmente, o autor usou todas
suas fichas na primeira metade da trama
e deixou a história sem sustentação, o
que prejudicou muito seu andamento junto a audiência. Prova disso foi essa
última semana. Nunca vi uma última semana de novela tão fraca e sem acontecimentos. Com exceção do
retorno da Eva Wilma, a inspiração ao BBB com o confinamento dos
congelados e Marocas (Juliana Paiva) na casa de vidro,
assim como as “gravidezes” da Carmem (Christiane
Torloni) e Augustina (Rosi Campos), nem
com gelo deu para engolir.
Nem os vilões – Mariacarla (Regiane
Alves), Bettina (Cléo) e Emílio (João Baldasserini) - conseguiram segurar a credibilidade de seus personagens. Apesar do
ótima atuação da Regiane Alves. Com
isso o autor numa nova tentativa de fazer brilhar o núcleo de vilões, mata o
Emílio, o vilão mais sem carisma da história da teledramaturgia, que não
funcionou em nada na trama, e traz para a história seu irmão gêmeo Lúcio, um
vilão mais declarado. Mas infelizmente o estrago estava feito.
O “esquecimento” de alguns personagens,
atores e entrechos também abalaram o andamento da novela. Ver atores como Marcos Pasquim (Marino), Luiz Fernando de Carvalho (Amadeu),
Carol Castro (Waleska) Alexandra Richter
(Monalisa) e Adriane Galisteu, que
como a Zelda Larocque chamou atenção nas primeiras semanas, fazendo apenas
figuração foi desestimulador.
Mas nem tudo foram espinhos em O Tempo não Para.
Como já disse o texto do Mário Teixeira,
principalmente revelando os contrastes entre os séculos rederam momentos pertinentes
à trama. Destaque para o racismo, quando Dom Sabino (Edson Celulari) , depois
de entender está em um novo século, se choca ao perceber que Eliseo, do Milton Gonçalves, ainda arrastava uma
carroça de material reciclável pela cidade.
Atores consagrados que não precisariam
mostrar mais nada fizeram da trama seu palco, o caso do Edson Celulari (Dom Sabino), Christiane Torloni (Carmem), Milton Gonçalves
(Eliseo) e Rosi Campos (Augustina).
Nicolas
Prattes e Juliana Paiva fizeram do Samuca e Marocas personagens
inesquecíveis. Seguros e dando tudo de si para o casal decolar, os atores
acertaram no tom e na química e mesmo com os entrechos que os separavam terem
sido resolvido desde a metade da trama, continuamos torcendo pelo #Samurocas mesmo com eles já juntos e
casados. E as emocionantes cenas no último capítulo com a Marocas envelhecendo foi a coração da dupla.
Outro casal que chamou atenção pela
química, humor e o talento de seus
intérpretes foi Elmo e Miss Celine, vividos pelo Felipe Simas e Maria Eduarda
Carvalho.
O Tempo não Para foi promissora, funcionou até um certo momento, mas parou da metade em diante. Não prejudicou o bom
andamento dos últimos anos das tramas das sete, mas também não acrescentou em
nada.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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