A partir desta segunda-feira, dia 14.01,
o mundo mágico de Cordel Encantado, trama da Autora Thelma Guedes e Duca Rachid, está de
volta à Tv nas tardes da Globo no Vale a Pena Ver de
Novo.
A trama contada em sabor de fábula em
seu conjunto da obra já é um show imperdível, e com certeza vai acrescentar
muito na audiência do horário. Foi uma boa escolha sem sombras dúvidas.
Para quem não lembra bem da novela,
exibida originalmente em 2011, segue abaixo 10 motivos para que você não perca por nada essa
reprise.
1
– A história contada ao sabor de fábula
A novela encantou e levantou consideravelmente a audiência do
horário das seis daquele ano. A
trama juntou em sua história dos mundos imaginários inspirados nos contos de
fadas e nas lendas heroicas do sertão brasileiro, mesclando contos como Bela
Adormecida, Cinderela, Rapunzel e Branca de Neve e histórias sobre o Rei do Cangaço , já contadas tantas vezes pela própria TV e Cinema, mas que essa mistura em Cordel Encantado deu um tom interessante a história que o público comprou logo em seus primeiros capítulos.
2
- Os protagonistas Jesuíno e Açucena
Cauã
Reymond e Bianca Bin estrearam em Cordel Encantado como protagonistas oficiais de
uma novela e a química entre eles foi fator importante para o sucesso dos
personagens. Totalmente entregues aos personagens brilharam na pele do mocinho
destemido num misto de príncipe e herdeiro do cangaço e uma mocinha nada
tradicional, apesar de ser a princesa
do conto de fadas.
3
- O vilão Timóteo do Bruno Gagliasso
O Bruno
Gagliasso era a terceira ponto do triângulo amoroso formado entre Açucena e
Jesuíno. O Vilão Timóteo Cabral foi mais um grande personagem do ator, que na
trama brilhou mesclando suas
vilanias com os vestígios de desiquilíbrio
numa linha tênue que só um ator do nível do Gagliasso poderia fazer sem cair no
caricato.
4
– Duquesa Úrsula, a vilã vivida pela Déborah Bloch
Outra vilã de destaque de Cordel Encantado é a Duquesa
Úrsula, vivida pela sempre magistral Déborah
Bloch. Ela é a culpada por todos os acontecimentos do início da trama, por
ter sido a responsável, por inveja do
trono de Seráfia , pelo rapto da princesa Açucena ainda bebê. Continuou no decorrer da trama fazendo
as maiores maldades para conseguir o trono porém tudo regado a muitas cenas
hilárias que davam um fôlego a história.
Sua dobradinha com Luiz Fernando
Guimaraes e o saudoso Domingos
Montagner acrescentaram muito para o sucesso da novela.
5
- O Saudoso Domingos Montagner
A volta de Cordel Encantado vai trazer
ainda o saudoso Domingos Montagner
em um dos seus primeiros papéis de maior destaque na tv. Na pele do capitão do
Cangaço Herculano, o ator mostrou muita competência e foi elogiadíssimo pela
crítica.
6
– A Geniosa Doralice
Doralice, a personagem vivida pela Nathália Dill foi um dos destaques da
trama. Filha do Prefeito de Brogodó, volta a cidade depois de anos de estudos.
Em seu retorno é escalada por seu pai para acompanhar o príncipe Felipe (Jaime
Matarazzo) em sua estada na cidade. No decorrer da trama ela apaixona-se por
Jesuíno e tenta fazer parte do bando de justiceiros do amado, porém por ser
mulher é rejeitada. É neste momento que ela se traveste de homem , o Fubá, para
então ser aceita. O entrecho lembrou um dos clássicos da nossa teledramaturgia,
a adaptação de Grandes
Sertão-Veredas, a minissérie do Walther George Durst, apresentada na Globo
em 1985, em que Bruna Lombardi passa
boa parte da produção travestida de homem, o Diadorim.
7
– Farid e seu Hárem
Farid, o personagem do Mohamed Harfouch, tinha um hárem na
trama. De tanto viajar, extraindo dentes e cortando cabelos, acabou
conquistando o coração de três belas mulheres. Dispensando igual intenção a
todas, consegue manter os relacionamentos em segredo por anos. As mulheres são:
a controladora Neusa (Heloísa Perissé), irmã do delegado Batoré (Osmar Prado); no
povoado de Vila da Luz, o turco se encantou pela sensual Bartira (Andreia Horta). Como se não bastasse ainda arrumou tempo para a sofisticada e moderna
Penélope (Paula Burlamaqui).
8
– As Citações Literárias
Cordel
Encantado citou de Guimarães Rosa e Graciliano Ramos a Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto e
Ariano Suassuna. Nossos autores se encontraram com os contos de fadas e os
“tesouros da juventude”, como Os Três
Mosqueteiros e O Homem da
Máscara de Ferro.
Algumas referências literárias e históricas em
personagens de Cordel Encantado:
- A perigosa Úrsula (Débora Bloch) lembrava a ardilosa Marquesa de Merteuil, personagem de Choderlos de Laclos em Ligações Perigosas.
- Herdeiro do rei do cangaço, Jesuíno (Cauã Reymond) era um justiceiro proscrito tal qual Robin Hood.
- Setembrino (Glicério Rosário) conquistava um amor por causa dos versos que assinava com pseudônimo, como fez Cyrano de Bergerac, personagem da peça de Edmond Rostand.
- A chegada dos monarcas de Seráfia a Brogodó era uma clara alusão à vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, de modo que um paralelo pode ser traçado entre a figura do Rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e D. Pedro I.
- O cangaceiro Herculano (Domingos Montagner) e o profeta Miguézim (Matheus Nachtergaele) remetiam aos próprios Lampião e Antonio Conselheiro.
- A destemida jornalista Penélope (Paula Burlamaqui) e seu empenho por uma reportagem sobre Herculano, era uma referência ao fotógrafo Benjamim Abrahão Botto, que registrou imagens de Lampião nos anos 20.
- O Príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) e a Princesa Aurora (Bianca Bin) – não por acaso – tinham os mesmos nomes dos príncipes de A Bela Adormecida. E não faltou à princesa o direito ao sono profundo do conto de fadas.
- Ao achar que Jesuíno estava morto, Açucena tomou uma poção não se importando se morresse junto com ele, o que fez lembrar Romeu e Julieta.
- A triste Antônia (Luísa Valdetaro), donzela mantida presa em seu quarto, lembrou Rapunzel na torre. Só faltou os longos cabelos.
- Maria Cesária (Lucy Ramos), por um momento lembrou Cinderela.
- O Duque Petrus (Felipe Camargo), desaparecido e dado como morto, na verdade havia sido vítima de uma intriga real e preso a uma máscara de ferro para que não fosse reconhecido – como o personagem de Alexandre Dumas em seu clássico romance.
- Mais tarde, este homem da máscara de ferro foi se refugiar nas coxias do cinema de Brogodó, pois era tido com uma figura misteriosa, quase um fantasma – uma alusão ao Fantasma da Ópera. Assim como na história original, ele desperta o amor de uma bela mulher, sensibilizada pela sua figura horrenda e inofensiva – o que não deixa de ser uma referência à outra obra: A Bela e a Fera.
- A perigosa Úrsula (Débora Bloch) lembrava a ardilosa Marquesa de Merteuil, personagem de Choderlos de Laclos em Ligações Perigosas.
- Herdeiro do rei do cangaço, Jesuíno (Cauã Reymond) era um justiceiro proscrito tal qual Robin Hood.
- Setembrino (Glicério Rosário) conquistava um amor por causa dos versos que assinava com pseudônimo, como fez Cyrano de Bergerac, personagem da peça de Edmond Rostand.
- A chegada dos monarcas de Seráfia a Brogodó era uma clara alusão à vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, de modo que um paralelo pode ser traçado entre a figura do Rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e D. Pedro I.
- O cangaceiro Herculano (Domingos Montagner) e o profeta Miguézim (Matheus Nachtergaele) remetiam aos próprios Lampião e Antonio Conselheiro.
- A destemida jornalista Penélope (Paula Burlamaqui) e seu empenho por uma reportagem sobre Herculano, era uma referência ao fotógrafo Benjamim Abrahão Botto, que registrou imagens de Lampião nos anos 20.
- O Príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) e a Princesa Aurora (Bianca Bin) – não por acaso – tinham os mesmos nomes dos príncipes de A Bela Adormecida. E não faltou à princesa o direito ao sono profundo do conto de fadas.
- Ao achar que Jesuíno estava morto, Açucena tomou uma poção não se importando se morresse junto com ele, o que fez lembrar Romeu e Julieta.
- A triste Antônia (Luísa Valdetaro), donzela mantida presa em seu quarto, lembrou Rapunzel na torre. Só faltou os longos cabelos.
- Maria Cesária (Lucy Ramos), por um momento lembrou Cinderela.
- O Duque Petrus (Felipe Camargo), desaparecido e dado como morto, na verdade havia sido vítima de uma intriga real e preso a uma máscara de ferro para que não fosse reconhecido – como o personagem de Alexandre Dumas em seu clássico romance.
- Mais tarde, este homem da máscara de ferro foi se refugiar nas coxias do cinema de Brogodó, pois era tido com uma figura misteriosa, quase um fantasma – uma alusão ao Fantasma da Ópera. Assim como na história original, ele desperta o amor de uma bela mulher, sensibilizada pela sua figura horrenda e inofensiva – o que não deixa de ser uma referência à outra obra: A Bela e a Fera.
9
- A trilha Sonora
Assim como a trama, a trilha sonora
tinha que ter essa aura para conectar o
telespectador com o mundo de Cordel Encantado.
Eduardo
Queiroz e Mariozinho Rocha, produtor e diretor musical da trilha,
conseguiram um compilado de músicas que fizeram do CD comercial
da novela um dos melhores da década
com clássicos de nomes como Luiz Gonzaga, Vila Lobos, Alceu Valença, Zé
Ramalho, Gilberto Gil entre outros.
10
- Os prêmios
Cordel Encantado foi premiada pela APCA
(Associação Paulista de Críticos de Arte) e pelo Troféu Imprensa como a melhor novela de 2011.
Veja Também:
Aberturas Inesquecíveis - Cordel Encantado (2011) |
Novelas Inesquecíveis - Cordel Encantado (2011) |
Nossos Autores - Thelma Guedes e Duca Rachid |
Meus Personagens Favoritos da Bianca Bin |
Meus Personagens Favoritos do Bruno Gagliasso |
Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
Pesquisa : www.memoriaglobo.com.br www.wikipédia.com.br
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