Em 2020, a trama de Pantanal, clássico do Benedito Ruy Barbosa produzida pela Rede Manchete em 1990 , completa 30
anos, e existe uma alta cúpula dentro da Globo
na torcida por um remake para comemorar esse aniversário. Já imaginaram a Juma atualizada? Quem Poderia fazê-la? A
Juma, vivida pela Cristiana Oliveira,
e que lhe deu total projeção nacional, é
aquele tipo de personagem que fica imortalizado na nossa mente como foram
a Tieta, que a Betty Faria
defendeu em Tieta (1989) ou a Gabriela, que a Sônia Braga Imortalizou em Gabriela (1975). Sendo que está última ganhou um remake e uma nova versão da personagem com a Juliana Paes.
Enfim, o fato é que curiosamente, Pantanal foi
apresentada inicialmente a Globo
antes de ser produzida pela Manchete. Na época a emissora não achou viabilidade em
gravar em pleno Pantanal, como o autor pretendia e o projeto foi engavetado.
Apresentado a Manchete, Jayme Monjardim, então diretor de
dramaturgia da emissora, comprou a ideia e apresentou para o telespectador um dos projetos mais ousados da nossa
teledramaturgia até então, e que chegou
abalar a hegemonia da audiência global.
O Sucesso da trama, elevou Benedito Ruy Barbosa ao casting de
autores do horário nobre global, até então ele só escrevia para as 6, e Renascer (1993), O Rei do Gado (1996)
e Terra Nostra (1999)
figuram como seus melhores trabalhos ao lado de Pantanal (1990).
Com os recursos de hoje certamente é
mais fácil viabilizar as gravações de uma nova versão da trama em pleno
Pantanal e claro que as comparações com a versão original será um fator que
deve contar, mas a história dos remakes mostra que essa comparação chega até
ser um parâmetro de medida, mas nem por isso fator determinante para o sucesso
ou fracasso.
A Globo
tem um histórico de sucessos e
fracassos nos remakes e embora bem
escritos, até mesmo pelo mesmo autor da original, a explicação do sucesso ou não , nunca teve muito haver com essas comparações
e sim com a recepção junto ao público, a atualidade dos entrechos e
história da trama.
Entre os que considero sucesso posso
citar Mulheresde Areia (Tupi/1973 e Globo/1993) e A Viagem (Tupi/1975
e Globo/1994) da Ivani Ribeiro e Éramos Seis (Tupi 1967 e 1977 e SBT/1994), do Silvio de Abreu e Rubens Edwald Filho,
que inclusive já está com sua quarta versão sendo produzida pela Globo também para ser apresentada em
2020.
Os fracassos, ou pelo menos aquelas que
não chegaram nem 1% das suas originais
vale citar IrmãosCoragem (Globo 1970 e 1995) e Pecado Capital (Globo 1975 e
1998), ambas originais da Janete Clair
reescritas por Marcílio Moraes e Glória Perez, respectivamente, e mais
recentemente o remake de Guerra dos Sexos, sucesso do Silvio de Abreu em 1983 e que flopou totalmente na versão de 2012.
Claro que só o projeto no ar vai nos
dizer se Pantanal é não uma trama atemporal e de qualidade, ou apenas
uma inovação na década de 90 que virou um escapismo para a mesmice global.
Veja Também :
Aberturas Inesquecíveis - Pantanal (1990) |
Novelas Inesquecíveis - Pantanal (1990) |
Meus Personagens Favoritos da Cristiana Oliveira |
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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