Quem
de vocês não está completamente apaixonado pela Sandrinha (Cecília
Dassi) de PorAmor? E a Bia de Felicidade, que não se encantou? E a Salete (Bruna
Marquezine) de Mulheres Apaixonadas?
Sabe o que, além do encanto e talento,
esses meninas tem em comum? São todas personagens criadas pelo autor Manoel Carlos, o que é outra marca
registrada em suas tramas, meninas sofredoras mas ao mesmo tempo encantadoras,
interpretadas por atrizes mirins de um talento já desde muito cedo aparente.
Vamos
relembrar essas gracinhas!?
Bia (Tatyane Goulart em Felicidade/1991)
Ela foi o grande destaque de Felicidade.
Filha da Helena (Maitê Proença), esbanjaram química
vivendo mãe e filha, que na época era impossível não imaginar que elas
não fossem de verdade mãe e filha na vida real . Tatyane Goulart foi alçada ao posto de grande estrela infantil e na
trama protagonizou cenas inesquecíveis -
como as em parceria com Alvinho (Eduardo Caldas) ou a antológica do penúltimo capítulo, quando
Bia finalmente descobre a verdadeira identidade do seu pai - Um show de emoção
em parceria com o Tony Ramos. Aos 7
anos quando viveu a personagem, a atriz foi agraciada com o Troféu Antena de Ouro. Depois do sucesso em Felicidade, a menina continuou na
Globo e se destacou em outras novelas como Perigosas Peruas (1992),
O Mapa da Mina (1993), Quatro por Quatro (1994),
Uga Uga (2000) , Kubanacan (2003) entre outros. Seu último trabalho
foi na RecordTv , como uma das
estrelas de Pecado Mortal (2013), novela do autor Carlos Lombardi, com quem a atriz mais trabalhou até então.
Sandrinha (Cecília Dassi em Por Amor/1997)
A Sandrinha, vivida pela Cecília Dassi, está de volta com a
reprise da trama de Por Amor no Vale a Pena Ver de Novo, e não tem como
não se apaixonar pela doçura da personagem. Brilhando entre astros como a Regina Braga e Paulo José que fazem
seus pais, parece que ela brinca de interpretar, de tão perfeita em cena. O
que são aquelas sequencias com o Paulo José,
duas gerações de talento que só enriqueceram a trama do autor. Com 17
anos de carreira, Cecília se destacou em outros
trabalhos como Patty de Suave Veneno (1999), a Zóe de A Padroeira (2000),
a Bia de O Beijodo Vampiro (2002), a Clarisse de Viver a Vida (2009) entre outros. Em 2012, Cecília Dassi anunciou que iria abandonar a interpretação para se dedicar a psicologia.
Hoje ela é psicóloga com vídeos em um
canal dedicados a autoestima e autoconfiança.
Salete (Bruna Marquezine em Mulheres Apaixonadas/2003)
Ela sem dúvidas é a atriz mais bem
sucedida das estrelas mirins reveladas
em tramas do Maneco – Bruna Marquezine
roubou a cena com apenas 8 anos de idade
ao dar vida a doce e sofredora Salete na trama de Mulheres Apaixonadas (2003). Mesmo com uma carga dramática pesada – a
menina não sabia quem era o pai, perdeu a mãe de forma trágica e teve que ficar
com uma avó malvada que não a queria – a personagem era solar e deu vazão para
que a menininha Bruna Marquezine
mostrasse o talento que se consolidaria
nos trabalhos posteriores – como
a Maria Flor de América (2005), Flor de Lys de Negócio da China (2008), a
Teresinha de Araguaia (2012), a
Belezinha de AqueleBeijo (2012) e a Lurdinha de Salve Jorge (2012). Em
2014, Bruna Marquezine deu um novo status a sua carreira ao viver a
Helena do autor Manoel Carlos na
primeira fase de Em Família, entrando de vez para o
hall de grandes estrelas da teledramaturgia
e símbolo sexual ao assumir o namoro com o jogador Neymar.
Clara (Joana Mocarzel em Páginas da Vida/2006)
Em Páginas da Vida, Manoel Carlos apresentou a personagem Clara, portadora de síndrome
de Down, interpretada também pela portadora da síndrome, Joana Mocarzel. A menina que
era uma das protagonistas das histórias da trama, era a filha de criação da Helena, a terceira
vivida pela Regina Duarte, deu um
show com uma interpretação incrível, além de seduzir também o público com sua
doçura. A atriz é filha do cineasta Evaldo Mocarzel, que fez o documentário Do Luto à Luta, sobre a Síndrome de
Down, na qual a própria Joana fez uma participação. Na época da trama, o sucesso da personagem
inspirou a confecção de bonecas com características de síndrome de Down feitas
no Brasil, as quais a Globo abriu
mão de todos os direitos em prol do Grupo
Síndrome de Down da Associação das Voluntárias do Hospital Infantil Darcy
Vargas em São Paulo. Em 2007, a atriz recebeu uma homenagem, no Senado
Federal do Brasil no Dia Internacional da Síndrome de Down. Ela participou do
lançamento da campanha Aprendendo com as
Diferenças. Uma pena que a atriz não
tenha mais feito nenhum outro trabalho
depois de Páginas
da Vida.
Rafaela (Klara Castanho em Viver a Vida/2009)
Em 2009, a Klara Castanho, que já tinha estreada na trama de Revelação no Sbt um
ano antes, foi a grande revelação de Viver a Vida, vivendo a Rafaela. Na sinopse
original da trama, a menina na verdade seria uma vilazinha, a primeira vilã
mirim do autor. Porém o ministério público implicou com um perfil tão dúbio dado para uma criança
interpretar, assim o autor deu uma atenuada na história da personagem e a Rafaela passou a ser uma “pimentinha” em cena,
sempre aprontando para loucura da sua mãe, vivida pela Giovanna Antonelli. Claro
que com as peraltices que a Klara aprontou em Viver a Vida, ficou
difícil falar da doçura da personagem, mas nem por isso foi menos
adorável.
Veja Também:
Novelas Inesquecíveis - Por Amor (1997) |
Novelas Inesquecíveis - Felicidade (1991) |
Novelas Inesquecíveis - Mulheres Apaixonadas (2003) |
Elas não foram as Helenas, mas marcaram suas carreiras em tramas do Maneco |
As filhas das Helenas do Maneco |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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