A pioneira e uma das grandes atrizes
brasileiras, Nathalia Timberg está
de volta a tv na pele da milionária Gladys na trama de A Dona do Pedaço, do autor Walcyr Carrasco.
Mesmo com mais de 50 anos de carreira na tv, teatro e
cinema, Nathalia a cada novo trabalho
inova e surpreende o telespectador com um personagem que enriquece cada cena que
participa, como se tivesse fazendo a coisa mais simples do mundo. É o talento
que corre nas veias, talvez até mais do
que sangue.
Reconhecida e aclamada por uma vasta
carreira no teatro e televisão, foi no cinema que teve sua primeira experiência
artística. Aos seis anos , fez uma participação no filme O Grito da Mocidade, de 1937.
Nathalia participou de muitos programas
do ciclo Grande Teatro Tupi, da
extinta Tv Tupi São Paulo, dirigida
por Fernando Torres, Sérgio Britto e
Flávio Rangel. Na Tv integrou o elenco de diversos teleteatros e
telenovelas, com personagens de destaque, assim como participou de um dos
primeiros telejornais da Rede Globo,
o Tele Globo.
Com mais de 40 peças em seus currículo, Nathalia Timberg também é uma das damas
do teatro nacional, visto todo o talento e trabalho emprestado em prol da
artes. Trabalho esse reconhecido e coroado em 2016, tendo o teatro fundado por Wolf Maia batizado com seu nome.
Foi a teledramaturgia que deu a
popularidade ao talento de Nathalia
Timberg desde quando estreou em 1964, na trama de O Desconhecido na RecordTv.
Alguns de seus trabalhos são considerados clássicos da teledramaturgia
nacional, com a primeira versão de O Direito de Nascer (1964),
a versão do romance A Muralha (1968),
escrita pela Ivani Ribeiro para a Tv
Excelsior , assim como as novelas A Sucessora (1978), Elas Por Elas (1982),
Ti Ti Ti
(1985), Vale
Tudo (1988), Pantanal (1990), O Dono do Mundo (1991) entre outros.
Homenagens à Nathalia Timberg nunca são o suficiente, o e10blog que já havia feito uma homenagem a ela há alguns anos, quepode ser conferida neste link, apresenta agora Os Personagens Favoritos do
blog imortalizados por ela. E como estamos falando de uma grande estrela, um só
post não foi o suficiente. Dividi a
homenagem em 2 post´s , iniciando o
primeiro com a Maria Helena Juncal de O Direito de Nascer (1964)
indo até a Túlia da minissérie Desejo (1990).
Maria
Helena Juncal de O Direito de Nascer (1964)
Nathalia
Timberg estava em seu segundo trabalho e viu Maria Helena Juncal se
transformar em um fenômeno entre o público quanto a novela O Direito de Nascer arrebatou esse público como nunca uma novela havia feito
antes. Um grande sucesso popular, era
uma versão brasileira do texto cubano original escrito por Félix Gaignet, em 1946, para o rádio – tendo inclusive já sido
adaptado para várias rádios e redes de
televisões pelo mundo. O Direito de Nascer teve
dois remakes no Brasil – o primeiro produzido pela Tupi mesmo, com Eva Wilma como Maria Helena e em 1997, que foi apresentado em 2001 pelo SBT com a Guilhermina Guinle como a protagonista. A química entre Nathália Timberg e Amilton
Fernandes como mãe e filho, foi tão grande que atrapalharia o trabalho seguinte dos atores
como veremos a seguir.
Carlota/Aurora
de A Rainha Louca (1967)
Em 1967, Nathália Timberg protagonizou outro dramalhão inspirado em um
clássico mexicano, dando vida as personagens Carlota e Aurora na trama de A Rainha Louca, adaptada por Glória Magadan. Na trama, Carlota , a personagem da Nathália vivia um
romance com o oficial Xavier Montenegro, personagem do Amilton Fernandes, que deveria conduzir a história, porém a falta de química entre eles enfraqueceu o
entrecho e a autora deu mais destaque na relação da personagem com seu
marido, Maximiliano o personagem do Rubens de Falco. A Falta de química que explodiu entre Nathália e Amilton, em O Direito de Nascer,
faltou como casal em A Rainha Louca.
O público certamente não havia se desvencilhado da trama anterior.
Diana,
o anjo da morte de O Terceiro Pecado (1968)
Em 1968, a atriz foi Diana, o anjo da
morte na trama O
Terceiro Pecado, da Ivani Ribeiro. A novela era a primeira e tímida incursão da autora no tema que
envolvia vida pós-morte e outra
vidas, e a trama foi muito bem recebida pelo grande público
que além da atuação da Nathália, aclamou a intepretação de Gianfrancesco Guarnieri (Alexandre), Stênio Garcia (Tomás) e Regina Duarte (Carolina). Em 1988, Ivani escreveu o remake da trama com o título de O Sexo dos Anjos, com a Bia Seidl vivendo a personagem Diana.
Sara
de Sangue do Meu Sangue (1969)
Na clássica trama de Sangue do Meu Sangue , do autor VicenteSesso, Nathalia Timberg fez uma participação especialíssima como Sara Bernhardt.
Eleonora
de Rosa dos Ventos (1973)
Em
1973, mais uma antagonista de peso na carreira de Nathalia Timberg, a poderosa Eleonora de Rosa dos Ventos, do autor Teixeira Filho.
Fernanda
de Escalada (1975)
De volta à Globo em 1975, depois dos vários sucessos na Tv Tupi, Nathália Timberg integrou o elenco da novela Escalada,
um dos grandes sucessos do autor LauroCésar Muniz. Na trama, Nathália deu vida a Fernanda Soares uma professora
que chega a pequena cidade de Rio Pardo para dar aulas trazendo consigo a filha
Marieta (Tessy Calado). No decorrer da trama, Felipe (Ney Latorraca) o filho mais novo dos Magalhães, a poderosa família da cidade, se apaixona por ela e ela por ele. Porém sem saber
do romance da mãe com Felipe, Marieta também se apaixona pelo rapaz
causando vários conflitos entre elas. Em
2006, Lauro César escreveu Cidadão Brasileiro na RecordTv, um remake de Escalada,
e Luiza Tomé deu vida a
personagem Tereza Castro, que
correspondia a Fernanda da novela original.
Juliana
de A Sucessora (1979)
Em A Sucessora, novela do autor Manoel Carlos, baseado no romance homônimo de Carolina Nabuco, Nathália Timberg dava mais uma vez um show em cena
na pele da governanta que aterrorizava a vida da nova patroa cultivando a
memória da falecida. Juliana foi construída de uma forma impecável e o telespectador ficava fascinado com as
cenas bem ao estilo Hitchcock. Aliás o trio de protagonista Nathália, Susana Vieira (Marina) e o saudoso Rubens de Falco (Roberto Steen) em uma química perfeita foram as molas que
levaram a trama ao sucesso e que a transformaram em uma novela inesquecível,
sempre citada entre as melhores
produzidas para o horário das seis.
Cecilia
Spina de Ti Ti Ti (1985)
Na trama de Ti Ti Ti, a clássica novela do Cassiano Gabus Mendes, Nathália Timberg
deu vida a louca Cecília, verdadeira mãe de Jacques L´aclair (Reginaldo Faria) ,
que todos pensavam está morta. Em seu mundinho particular, Cecília vive
desenhando belos vestidos para bonecas e
Ariclenes/Victor Valentin (LuizGustavo), ao conhece-la passa a usar seus croquis para começar sua linha de
roupas. A atriz mais uma vez apresentava um novo perfil de personagem com perícia em interpretar com visceral credibilidade
e composição.
Celina
Junqueira de Vale Tudo (1988)
Chegamos a Tia Celina de Vale Tudo (1988). Particularmente uma das minha “mais
preferidas” personagens da atriz. Embora
sempre citarmos Odete Roitmann (Beatriz Segall), Maria de Fátima (Glória Pires) e Raquel (Regina Duarte) com as
grandes personagens da trama do GilbertoBraga, a Celina também teve seu charme, e talvez por não ter nenhum momento
assim desafiador dentro da história, a não ser o dia da maionese ou ao noticiar
o assassinato da Odete, exatamente por
isso a personagem pedia ainda mais da sua intérprete, e a Nathalia soube lhe
dar na medida certa, transformando a Celina na tia rica que todos gostaríamos de
ter. A imprensa cita a Celina com a “personagem
apagada da Nathalia Timberg”, o
que acho uma grande injustiça. A simplicidade
e a bondade da Celina também requisitou
muito trabalho da sua intérprete. Sem dúvidas uma grande personagem sim.
Mariana
de Pantanal (1990)
Depois do sucesso de Vale Tudo,
Nathalia Timberg deixou a Globo e fechou contrato com a Rede Manchete para integrar o elenco de
Pantanal,
do BeneditoRuy Barbosa, um dos maiores sucessos
da emissora. Na trama, ela deu vida a Mariana, matriarca da abastada família
Novaes, que vive na Zona Sul do Rio de Janeiro. Detém o poder nas mãos, já que
o marido é viciado em jogo de pôquer e não esquenta a cabeça com as complicadas
questões financeiras da família.
Túlia
de Desejo (1990)
De volta a Globo ainda em 1990, a atriz foi uma das fortes personagens
femininas da minissérie Desejo, da autora Glória Perez. Nathália deu vida a Túlia, mãe de Saninha (Vera Fischer), Alcmena (Déborah Evelyn) e Adroaldo (Luís
Maças).
. . . continua no próximo post a partir da
Constância de O Dono do Mundo (1991). . .
Veja Também:
Novelas Inesquecíveis - O DIreito de Nascer (1964) |
Novelas Inesquecíveis - A Rainha Louca (1967) |
Novelas Inesquecíveis - A Sucessora (1978) |
Novelas Inesquecíveis - Ti Ti Ti (1985) |
Novelas Inesquecíveis - Vale Tudo (1988) |
Novelas Inesquecíveis - Pantanal (1990) |
Fonte:
Texto :Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br www.wikipédia.com.br
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