Com texto da Manuela Dias elogiadíssimo, e atuações impecáveis, Amor de Mãe é de longe uma
novela acima da média, porém a
autora e a direção vem pecando em um ponto – overdose de sofrimento de seus
personagens sem nenhum alívio cômico - o
que vem deixando o folhetim muito obscuro e despertando desinteresse do público,
principalmente a partir desta semana com a estreia de Amor sem Igual na RecordTv,
que apesar de ter uma prostituta com uma vida dura como protagonista, que
sofreu um atentado violento logo no
primeiro capítulo , é solar e leve. E nem basta ir muito longe, Bom Sucesso mesmo, a trama das sete do canal, tem como um dos
principais protagonistas um homem moribundo fadado a morte, mas nem por isso perdeu sua luz e leveza.
A trama da Cristiane Fridmann pega em sua parte final a
primeira parte de Amor de Mãe, e eu confesso que fico indeciso a mudar de canal. Imagino que muitos outros
telespectadores também estejam deixando
de trocar o canal no início da trama da Manuela
Dias, e isso seja o reflexo da
audiência que vem baixando a cada
semana.
Sem discutir as tramas, os ótimos ganchos e os entrechos de Amor de Mãe, e apesar do jeito
despachado da Lurdes (Regina Casé) e algumas tiradas cômicas da Érica, a
personagem da Nanda Costa, a trama
ainda é muito sufocante, com todos os
personagens sempre em estado de sofrimento, choro, descobertas
bombásticas . . . enfim eu que reclamava do clima circense exagerado e
pincelado em cor de rosa de A Dona do Pedaço, acho pesadas as tramas escuras
de Amor de Mãe.
Ou seja nem 8 nem 80, o meio termo tem que ser encontrado.
Para uma autora que sabe escrever como a
Manuela Dias, isso não é nada difícil, e eu entendo que acostumada
as minisséries e seriados, obras menores, ela precisa de um tempo para
adaptação, mas em uma trama de horário nobre da Globo se essa adaptação demorar muito pode ser fatal.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
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