A Teledramaturgia sempre retratou a
mulher em suas várias camadas – sua força, sua beleza sua
importância para as mudanças em todos os âmbitos da sociedade.
Porém além de criar mulheres fictícias
que marcaram novelas e minisséries, algumas vezes mulheres reais foram
retratadas enaltecendo mais um vez a importância delas para o mundo.
Vamos relembrar 10 que marcaram nossa
teledramaturgia:
Anita
Garibaldi – Giovanna Antonelli em A Casa das Sete
Mulheres (2003)
Nascida em 1821, em Laguna, onde é hoje
é Morrinhos, Tubarão, foi uma
revolucionária, conhecida por seu envolvimento direto na Revolução Farroupilha,
passagem essa da sua vida retratada na minissérie A Casa das Sete Mulheres, da autora Maria Adelaide Amaral, onde Giovanna Antonelli viveu a personagem
com maestria. Anita também integrou o
processo de unificação da Itália, junto com o marido Giuseppe Garibaldi, por esse motivo ficou conhecida como a “Heroína
dos Dois Mundos”.
Yolanda
Penteado – Ana Paula Arósio em Um Só Coração (2004)
Yolanda
Penteado foi uma socialite e “princesinha do café”, pertencentes a uma das
famílias mais tradicionais da burguesia brasileira. Uma mulher à frente do seu tempo, sempre chocou a sociedade com
as reviravoltas na sua vida particular e amorosa. Foi Yolanda uma das engajadas
para a realização da primeira Bienal de São Paulo, em 08 de outubro de 1951,
com 1800 obras de 21 países e, na
segunda Bienal, em dezembro de 1953, trouxe de Nova York a obra Guernica de
Pablo Picasso, como presente de
400 anos à cidade de São Paulo. Teve
papel importante no estabelecimento do Museu
de Arte Moderna de São Paulo, inclusive doando sua coleção particular e
generosos recursos ao Museu de Arte
Contemporânea da USP. No aniversário de 450 anos de São Paulo, a Globo produziu a minissérie Um Só Coração,
escrita por Maria Adelaide Amaral
que teve Yolanda Penteado, vivida
pela Ana Paula Arósio, como
protagonista.
Tarsila
do Amaral – Eliane Giardini em Um Só Coração (2004)
Também de Um Só Coração, Tarsila
do Amaral, aqui vivida por Eliane
Giardini, mostrou ao grande público a importância da artista para o mundo
das artes. Nascida em Capivara, São Paulo em 1886, foi uma pintora, desenhista
e tradutora brasileira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do movimento
modernista no Brasil, ao lado de Anita
Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes
plásticas.
Patrícia
Galvão , a Pagu – Miriam Freeland em Um Só Coração (2004)
Outra personalidade marcante retratada
em Um Só Coração foi Pagu, Patrícia Galvão, interpretada pela atriz Míriam Freeland. Escritora , poeta, diretora teatral, desenhista,
cartunista, jornalista e militante política. Teve grande destaque no movimento
modernista iniciado em 1922, embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna, tendo na época
apenas 12 anos de idade. Militante comunista,
Pagu foi presa por motivações
políticas.
Princesa
Leopoldina, Letícia Colin em Novo Mundo (2017)
Maria
Leopoldina de Áustria – Carolina
Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo – Lorena – Este era o
pequeno nome da nossa Princesa Leopoldina,
primeira esposa do Imperador Dom Pedro I
e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte. Seu casamento
com Dom Pedro I e sequente
independência do Brasil fizeram com que se tornasse a primeira imperatriz do
país e a primeira do Novo Mundo. É considerada por muitos historiadores como a
principal articuladora do processo de Independência do Brasil ocorrido entre
1821 e 1822, passagem essa muita bem retratada na novela Novo Mundo, exibida em 2017, da
dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson,
com a atriz Letícia Colin vivendo a
personagem com maestria.
Marquesa
de Santos – Maitê Proença em Marquesa de Santos (1984)
Em 1984, Maitê Proença viveu na minissérie homônima , escrita por Wilson Aguiar Filho, exibida pela
Rede Manchete – Domitila de Castro do Canto e Mello, a Marquesa de Santos, a mais
famosa amante de Dom Pedro I. Inclusive
foi ele que lhe conferira o título de
Marquesa.
Carlota
Joaquina – Betty Lago em O Quinto dos
Infernos (2002)
Outra personalidade polêmica da história
do Brasil retratada na nossa teledramaturgia foi Carlota
Joaquina, vivida pela atriz Betty
Lago, na minissérie O Quinto dos Infernos, do autor Carlos Lombardi. Joaquina foi esposa do
Rei D. João VI e Rainha Consorte do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Após sua morte, Carlota Joaquina, principalmente no
Brasil, tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante,
sendo o assunto de vários livros, filmes e outras mídias. Alguns estudiosos acreditam
que ela tinha um comportamento rude e
calculista, atribuindo-lhe o fato de odiar o Brasil.
Hilda
Furacão – Ana Paula Arósio em Hilda Furacão (1998)
Ana
Paula Arósio estreou na Globo em
1998 vivendo a polêmica e emblemática prostituta mais desejada da zona boêmia
de Belo Horizonte na minissérie
homônima escrita por Glória Perez – Hilda Furacão.
Escandalizando a sociedade mineira ao romper com a família e com as convenções
fugindo no dia de seu casamento e indo se refugiar entre as prostitutas da
zona, Hilda se tornou um ícone da vontade e desejos de libertação das mulheres.
Maria
de Nazaré – Cláudia Mauro em Jesus (2018)
Maria
de Nazaré é chamada pelos católicos e ortodoxos de Virgem Maria, de Santíssima
Virgem e de Nossa Senhora,
mulher israelita identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de Jesus através da intervenção divina. Em
2018, a RecordTv apresentou na trama
de Jesus,
novela da autora Paula Richard, uma
versão diferente da Maria retratada em algumas
interpretações da bíblica e chocou alguns telespectadores com uma Maria (Cláudia Mauro) afrontando os
dogmas católicos pondo em dúvidas sua
suposta virgindade. Algumas arquidioceses católicas chegaram a recomendar o
boicote à trama.
Anita
Manfalti – Betty Gofmann em “Um Só Coração”
Outra personalidade do mundo das
artes retratada em Um Só Coração, foi Anita Manfalti, vivida pela Betty Gofmann. Pintora, desenhista, gravadora
e ilustradora. Terminou sua carreira como professora de ítalo-brasileira.
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Fonte:
10 Atrizes que representam a dignidade da mulher brasileira |
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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