Flor do Caribe, trama
do autor Walther Negrão, exibida originalmente em 2013 é a melhor reprise no ar , um dos melhores
programas para a gente ver na tv nesta pandemia de reprises.
A Globo dava como certa o sucesso da reprise de A Força do Querer,
mais viu o público não se interessar de novo pela trama da Bibi Perigosa
(Juliana Paes) nos capítulos iniciais, o que só evidenciou ainda mais o sucesso
de Flor do Caribe
que só cresceu a cada capítulo na
audiência , se mantendo numa crescente.
Costumeiramente adjetivamos as tramas do autor Walther
Negrão como “tramas praianas e
solares” , um pano de fundo que o autor gosta de usar, como vimos em
clássicos como Tropicaliente (1994), Como Uma Onda (2003), Sol Nascente (2016), mas Flor do Caribe vai muito além de uma trama solar e praiana.
A novela tem bons entrechos
, uma história que prende o telespectador do início ao fim, com uma mocinha
nada chorosa, um mocinho lutador em busca de verdades e o clássico vilão
patológico, perfil que o autor sabe pintar com maestria , e já
vimos em várias outras novelas dele também marcadas por essas
características como a Dona Joana Flores
(Yara Amaral) de Fera Radical (1988);
o Sérgio Santarém (Marcos Paulo) de Despedida de Solteiro (1992) ou Henrique (Daniel de Oliveira) de Desejo Proibido (2007).
A trinca de protagonistas de Flor
do Caribe, embora como nomes ainda crus na época, tiveram um boa sintonia – Assim Grazzi
Massafera, Henri Castelli e o Igor Ricklli, mesmo bombardeado
de críticas, tiveram uma trajetória cênica crescente e condicente com o que os
personagens pediam , e nesta reprise , talvez
com mais tempo para analisar, ficou ainda mais nítido que o trabalho deles
foi crucial para esse sucesso.
Eu sou fã das tramas
do Negrão e fico muito chateado quando citam como características de suas
tramas apenas o clima solar e praiano, é uma grande injustiça a um autor que
tem muito mais que novelas desse tipo em seu currículo, um autor que escreveu clássicos como Pão Pão Beijo Beijo (1984),
Livre para Voar (1984)
e as outras acima já citadas merece mais respeito. Importante falar também de Direito de Amar (1987), a clássica adaptação do autor para a
radionovela da Janete Clair e sua parceria certeira com Antônio Calmon
em Top Model (1989), que ainda este mês está de volta no Globoplay.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
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