Imortalizada pela grande vilã
da tv, a Odete Roitmann,
personagem que ela viveu na trama de Vale Tudo (1988),
do Gilberto Braga,, Beatriz Segall ganhou o reconhecimento popular com a vilã que odiava o Brasil e os Brasileiros e
passou a trama inteira jorrando frases preconceituosas até ser assassinada em
grande estilo na reta final da novela, protagonizando um dos mais famosos “Quem
Matou?” da história da
teledramaturgia nacional.
Beatriz Segall nos deixou em 05 de Setembro de 2018, aos 92 anos, com uma carreira brilhante que foi muito além
da Odete Roitmann.
Odete Roitmann foi
um divisor de águas na carreira da atriz, que começou lá em meados de 1950, quando estreou nos palcos, lhe apresentando para um público muito maior e talvez por isso , por muitos anos a própria Beatriz
evitou falar sobre a personagem, que não lhe abandonou mesmo depois de outros trabalhos.
Beatriz de Toledo Segall estreou nos cinemas em
1941 no filme 24 horas
de Sonho e em 1956 na televisão, na telenovela infantil Pollyana. Passou por várias emissoras
sempre vivendo personagens , em sua maioria, com um pefil sofisticado.
Antes da Odete Roitmann, Lourdes Mesquita de Água Viva (1980), do Gilberto Braga, foi a
primeira grande vilã na tv da atriz. Beatriz Segall ganhou o
papel depois que o diretor Daniel Filho resolveu
tirá-lo da Tônia Carrero. A troca foi um grande acerto, a
Lourdes Mesquita tinha que ser da Beatriz. Uma das piores maldades da
personagem na trama foi chantagear Janete, personagem da Lucélia Santos,
com fotos que incriminavam seu pai em um caso de suborno. Ela não queria a moça
pobre com seu filho Marcos, personagem do Fábio Jr. Sem
dúvidas a Lourdes Mesquita foi um avant premier da Odete Roitmann
de Vale Tudo, e um prêmio do autor para a
atriz, depois dele ter matado precocemente sua personagem em Dancin´Days (1978).
A
Eunice de Champagne (1983), do autor Cassiano Gabus Mendes, mostrou uma
nova faceta do talento da atriz. Acostumada a viver mulheres ricas e
sofisticadas, a Eunice era exatamente o contrário. Uma mulher simples, pobre,
do povão
A Miss Brow de Barriga de Aluguel (1992),
da Glória Perez, foi a personagem da atriz seguinte a Odete Roitmann.
Era um outro perfil de
personagem mas nem por isso menos interessante. A Dobradinha com o
saudoso Mario Lago, rendeu momentos incríveis dentro da trama e essa
parceria foi repetida quase 10 anos depois quando a dupla voltou na trama
de O Clone (2001).
Também gostei muito da sensualíssima professora Stella, que a Beatriz viveu em De Corpo e Alma, da Glória Perez. O que foram aquelas cenas em que ela despe o personagem do Victor Fasano na boate de stripper masculino da trama?
A Doce Paula Candeias de Sá
de Sonho Meu (1993) ,
atualmente uma das reprises do Canal Viva e a Clô de Anjo Mau (1997) foram outras personagens da atriz que
mesmo timidamente, sem grande apelo popular, mostraram novas facetas do seu
talento e interpretação.
Depois do remake de Anjo Mau a atriz declarou que não queria mais fazer
novelas completas, o processo era muito cansativo, porém mesmo assim em 2006,
aceitou o convite do autor Bosco Brasil, seu afilhado, e entrou no
elenco de Bicho do Mato, na RecordTv. A trama acabou sendo a
última novela completa da atriz, que depois fez participação no seriado Lara com Z (2011), na novela Lado a Lado (2012) e estrelou um dos episódios da série Os Experientes (2015).
Para sanar a saudade dessa grande atriz , não tem como não relembrar a cena clássica que entrou para os anais da
teledramaturgia e que não tem brasileiro
que não tenha apostado ou visto. A cena da morte da vilã Odete Roitamnn em Vale Tudo (1988).
Veja Também:
Beatriz Segall - Muito além da Odete Roitmann
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
Vídeo : You Tube
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