Pegando carona no documentário “O Canto Livre de Nara Leão”, lançado
há um mês na Globoplay e marcado de imediato pelo sucesso, o post deste
mês na seção “No Tema e Na Trilha” também vai homenagear essa grande
mulher e artista , Nara Leão, através de suas músicas nas trilhas das
novelas.
A Cantora que completaria 80 anos de vida no último dia 19 de
janeiro é considerada não só a musa da Bossa Nova como também uma das que
ajudaram a perpetuar o gênero aqui no Brasil.
Uma cantora e artista multifacetada passeou por vários
gêneros além da Bossa Nova, como o tropicalismo, samba, samba do morro entre
outros.
A Bossa Nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no
apartamento de seus pais, localizado no Edifício Champs-Elysées, em frente
ao posto 4, da Avenida Atlântida, em
Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como
Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
A estreia profissional de Nara se deu quando da participação,
ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia “Pobre Menina Rica” (1963). O Título de musa da
Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto, mas a
consagração efetiva só ocorre após o golpe militar de 1964, com apresentação do
espetáculo “Opinião”, ao lado de João do Vale e Zé Keti. Um
espetáculo de crítica social à dura repressão imposta ao regime militar.
De musa da Bossa Nova , passa a ser cantora de protestos e
simpatizante da atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Em 1966, interpretou a canção “A Banda”,
de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira na Tv RecordTv,
saindo como vencedora do festival.
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se “O
Barquinho”, “A Banda” e “Com Açúcar e com Afeto” – feita a seu pedido
por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco
homônimo, lançado em 1980.
Em 1989, fez sua última apresentação em show no Estado do Pará. Ao voltar para o
Rio de Janeiro, sua saúde piorou, com dores que não passavam nem com a medicação.
A Cantora nos deixou em 7 de junho de 1989, depois do rompimento precoce do
tumor que tinha na cabeça. Seu último
disco foi “My Follish Heart” , lançado naquele mesmo ano, onde
interpretava versões de clássicos
americanos.
Após sua morte, sua obra continuou sendo lançada e
reverenciada. Em 2002, seus discos lançados anteriormente apenas em LP´s foram
relançados em duas caixas separadas – dos períodos de 1964-195 e a outra de
1977 – 1989, com faixas bônus e um livro sobre sua biografia.
Antes do documentário na Globoplay, Nara Leão
já havia sido homenageada em 2007 no especial Por
Toda Minha Vida, na Globo.
Uma cantora magistral e uma mulher a frente do seu tempo, Nara
Leão escreveu com ouro seu nome na
história da música no Brasil e no mundo.
“Capricho” - (O Casarão / 1976)
“Capricho” foi a primeira música interpretada por Nara
Leão a figurar em uma trama de novela da Globo. A Música integrou a
trilha nacional da novela O Casarão, do
autor Lauro César Muniz.
“Diz que Eu Fui
Por Aí” - (Gina / 1978)
Gina, a protagonista da novela homônima vivida pela
Christiane Torloni, do autor Rubens Edwald Filho, ganhou como
tema essa faixa, um sambão apaixonante na voz da Nara.
“Odeon” - (A Sucessora / 1978)
Em 1978, Nara Leão interpretou “Odeon”,
clássico do chorinho composto por Vinícius
de Moraes e Ernesto Nazareth,
para a abertura de A Sucessora,
novela do autor Manoel Carlos, baseado no romance homônimo de Carolina
Nabuco.
“João e Maria” com Chico Buarque (Dancin´Days / 1978)
O Casal teen de Dancin´Days, novela do autor Gilberto Braga,
vividos pela Glória Pires e o saudoso Lauro Corona, ganharam como
tema essa faixa – “João e Maria”, num dueto da Nara com Chico Buarque.
“Sabia
Laranjeira” / “Andorinha Preta” – (Cabocla/1979)
Uma das faixas mais bonitas da trilha da primeira versão da
novela Cabocla, do autor Benedito RuyBarbosa, é essa na voz da Nara Leão.
“Trevo de Quatro
Folhas” – (Ciranda de Pedra/1981)
“Trevo de Quatro Folhas” foi o tema da protagonista
Virgínia, vivida pela Lucélia Santos na trama de Ciranda de Pedra (1981), do autor Teixeira
Filho.
“Questão de Tempo”
– (Sol de Verão /
1982)
A Doce menina Glorinha, a mascote da trama de Sol de Verão, do autor Manoel Carlos,
vivida pela Monique Curi, ganhou como tema das aventuras na novela essa faixa.
“14 anos” – (Eu Prometo / 1983)
Na trilha de Eu Prometo, da autora Janete Clair, Nara Leão
interpretou com maestria mais um samba que marcou o gênero aqui no Brasil – “14
Anos” , composição do Paulinho da Viola.
“Este Seu Olhar”
– (Livre para Voar / 1984)
“Esse Seu Olhar” , clássico composto por Tom Jobim,
foi gravada pela Nara Leão e entrou na trilha da novela Livre para Voar, do autor Walther Negrão.
“Telefone”
– (Torre de Babel
/ 1998)
Em Torre de Babel, do Sílviode Abreu, Nara Leão entrou com a faixa “Telefone”, composição
do Ronaldo Bôscoli e Roberto
Menescal , que foi o tema do casal Ângela (Cláudia Raia) e Edmundo (Victor
Fasano).
“Meditação” – (Mulheres Apaixonadas
/ 2003)
“Meditação” foi tema geral da trama de Mulheres Apaixonadas, do autor Manoel Carlos.
“Até quem Sabe”
– (Caminho das Índias / 2009)
“Até quem Sabe” entrou na trilha de Caminho das Índias, da autora Glória Perez,
sendo o tema do Raul Cadore, personagem vivido pelo ator Alexandre Borges.
Veja Também:
No Tema e Na Trilha do Dick Farnei
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br
www.wikipedia.com.br
Vídeos: You Tube
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