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Gustavo Reiz conseguiu em “Fuzuê” fazer da história, que não era a original, um bom trabalho.



        Nesta sexta-feira , a novela “Fuzuê”, que marcou a estreia do Gustavo Reiz na Globo, terminou marcada  por uma audiência nada agradável e praticamente esquecida no horário.   

        Apesar  de ter sido  muito bem recebida inicialmente, a  novela que  parecia ir explorar aquele viés das clássicas tramas do anos 80, foi se perdendo no decorrer dos capítulos, e o que vimos foi um autor  com uma  história totalmente  diferente  da que pretendia mostrar.



         Um dos principais pontos negativos da trama e que deixou o público confuso foi a tal caça ao tesouro e  a espera   do aparecimento de Maria Navalha (Olívia Araujo). Com a baixa audiência a Globo pediu que trama fosse acelerada e esses 2 principais pontos da história acabaram acontecendo simultaneamente, perdendo todo o charme e fluidez – A Descoberta do tesouro e o retorno de Maria Navalha – Com isso a trama praticamente ficou sem sua essência.

        Foi muito veiculado na imprensa que Gustavo apresentou a  trama  antes mesmo da Pandemia, e no decorrer desses 3 anos entre  a aprovação e   a estreia, a trama passou pela troca de  direção de dramaturgia da Globo, que  resolveu seguir uma outra linha bem diferente da anterior, exigiu algumas   alterações  pontuais na história, e assim quando a novela estreou, o público, sempre exigente , também quis outra  trama no ar. Enfim Fuzuê ganhou apelido de “Frankenstein” e foi se moldando conforme os gostos- Sejam da alto cúpula da Globo ou do público.  E  ai cabe os merecidos parabéns ao Gustavo Reiz que,  mesmo dentro dessa colcha de retalhos, numa história que nem era mais a sua, conseguiu escrever uma trama linear e dentro da medida do possível coerente com alguns  pontos positivos.

        Sem dúvida um dos pontos positivos de Fuzuê  foi seu elenco, que queria fazer dar certo, e fez de alguns personagens grande estrelas da história.



        Foi muito bom ver a Marina Ruy Barbosa na pele da vilã Preciosa , bem  mais serena, livre de amarras e totalmente  entregue ao texto e entrechos da personagem.



        Giovanna Cordeiro brilhou como a Mocinha nada frágil. Mesmo com uma vilã de grande destaque como antagonista,  Luna em nenhum  momento foi suplantada ou esquecida dentro. Aqui vale destacar também a bela relação mãe  e filha – entre ela e Maria Navalha, vivida magistralmente pela Olívia Araújo, que foi um show a parte, apesar de achar que a ela merecia ainda muito mais destaque.

        Nicolas Prattes  foi  o  nome de 2023, ele este no ar   em 4  produções   - Além do Miguel de Fuzuê, ele foi  o Diego em Todas as Flores (2023), o Davi de Vick e a  Musa e  o Giovanni de Rio Connection, ambas na Globoplay. Mas isso em nenhum momento cansou sua imagem  e comprometeu o mocinho Miguel, que apesar de ter sido preciso dar uma repaginada, que inicialmente estava nerd demais para o posto, depois dos ajustes vimos um Nicolas seguro em mais um personagem mostrando que ele é um dos melhores e mais bem sucedidos da sua geração, 



        Nesse elenco vale ainda citar  Felipe Simas (Heitor), Fernanda Rodrigues (Alícia), LeopoldoPacheco (César Montebello), Juliano Cazarré (Pascoal), Ary Fontoura (Seu Lampião), Ana Lúcia Torre (Mercedes) entre outros.

        É  claro  que não tem como perdoar o Ortiz em não ter aproveitado uma Lília Cabral  e Edson Celulari em seu elenco,  foi decepcionante vê-los em personagens  tão apáticos.



         Ruan Aguiar foi a grande surpresa de Fuzuê – O Merreca, seu personagem, tinha uma pequena participação na trama, e certamente não passaria da metade, porém o trabalho e dedicação do ator deu um brilho ao personagem  que nem o próprio autor considerava, como Gustavo Reiz declarou em entrevistas. O Ruan comeu pelas beiradas, e acabou se tornando além de vilão, a terceira  ponta do segundo principal triângulo amoroso  da novela , e no final ainda ganhou a redenção, um filho e o amor da Terremoto  (Heslaine Vieira).



        A Novela termina fazendo jus ao titulo   foi um “Fuzuê”sim, uma pena que mais devido as grandes reviravoltas  impostas do que a essência propriamente dita. Uma novela que teve a responsabilidade de substituir um  “sucessão”  como foi Vai na Fé, tinha todos os ingredientes para se firmar – casal principal com química, vilã odiável e um ótimo elenco, pena ter sido tão alterada e mutilado que não conseguiu mas acontecer no ar.

 

Veja Também:

10 Destaques de Fuzuê


Marina Ruy Barbosa 



Gustavo Reiz



Ricardo Linhares 

Ary  Fontoura 



Fernanda Rodrigues 

Juliano Cazarré

Fuzuê



Fonte:

Texto:   Evaldiano de Sousa

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