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10 Destaques de “Família é Tudo”



        Quarta trama no horário das sete  do  autor Daniel Ortiz  em parceria com Fred Mayrink na direção, está chegando em sua reta final. As anteriores foram Alto Astral (2014), Haja Coração (2016) e Salve-se Quem Puder (2020), diferentemente das anteriores que tiveram altos e baixos na audiência e da crítica, Família é Tudo é aquele tipo de novela que parece que vai ser esquecida no horário.  Nem grandes nomes do elenco como Arlete Salles, Nathália Dill e Renato Góes, conseguiram brilhar em cena, o roteiro  ás vezes equivocado ou  exagerado, limaram alguns personagens.

        Claro que alguns atores em  certos momentos, com perícia conseguiram driblar a história e salvaram algumas sequências, e são eles que vamos destacar no post – Os 10 melhores da trama.

 

Arlete Salles  - Frida e Catarina  



        O Título provisório da trama era A Vovó Sumiu, e certamente seria bem mais condizente, levando em conta que o autor simplesmente sumiu em cena com a atriz. O  Anuncio da Arlete   Salles como a grande protagonista de Família é Tudo foi sem dúvidas um dos grandes chamarizes da novela, porém no decorrer dos capítulos a atriz  sumiu.  Na reta final da história  foi revelado que a  Frida realmente não morreu e,  que se passava  por Catarina (Arlete Sales), na verdade tudo planejado desde o começo com a  ajuda da irmã  e do sobrinho Hans (Raphael Logam).  O Sobrinho forjou sua morte e esse tempo todo na verdade, Katarina ficou em Miami e Frida é que se passa pela irmã, com intuito de vigiar os netos. Foi uma  boa  sacada do autor  e, o público já torcia por essa versão, mas  o fato é que a trama precisava  da  Arlete   Salles em cena,  num viés  cômico, que a atriz tira de letra, talvez isso tivesse  atraído muito o  interesse do  público. Sem dúvidas foi uma bola fora.

 

Juliana Paiva – Electra



         Juliana Paiva  sem dúvidas é uma das melhores  da sua geração,  e sempre entrega muito em suas personagens. A Electra  é outro grande momento em sua carreira, apesar  do viés engessado, culpa do roteiro, ela conseguiu a empatia do público, e nesta reta final brilhou no embate entre sua arqui-inimiga Jéssica (Rafa Kalimann), uma sequência intensa e eletrizante.

 

Daphne Bozaski – Lupita



        A Lupita conquistou o público logo nas primeiras cenas, e claro que  o talento e carisma da Daphne Bozaski foi  o diferencial para a personagem. Como aconteceu com a Benê de Malhação –Viva a Diferença (2017) e As Five (2020 e  2024) e a Dolores de Nos Tempos do Imperador (2021).   Lupita  passou por uma transformação de visual intensa na trama , mas não ficará 100% satisfeita com o resultado. Nos últimos capítulos, a mocinha vai querer retomar sua origem guatemalteca.  Na verdade o autor vai usar esse retorno da personagem a sua origem para mostrar ao telespectador   que esse  padrão de beleza feminino está ultrapassado, e  as pessoas podem ser como   se sentirem bem.   Outro ponto forte do entrecho da  Lupita  é seu par romântico – Afinal com quem ela fica – Guto (Daniel Rangel)  ou Júpiter  (Thiago Martins)?

 

Daniel Rangel – Guto



        Sabe aquele ditado “Faça do limão uma limonada”!  Foi o que exatamente aconteceu com o personagem.  Revelado que ele é demissexual  e levado para um viés cômico, sua jornada para conquistar Lupita(Daphne Bozaski) com o auxílio do Júpiter (Thiago Martins), que  acabou se apaixonando por ela também, foi um dos destaques da história, e elevou o talentoso Daniel Rangel a outro patamar.  

 

Gabriel Godoy   - Chicão



        Gabriel Godoy foi sem dúvidas a grande revelação de Família é Tudo. Apesar  de já ter alguns trabalhos, inclusive em tramas do Daniel Ortiz, como  Alto Astral (2014) e Haja Coração (2016), o Chicão foi o  grande bum do ator, que apesar do viés cômico, deu ao Gabriel o status de galã e símbolo sexual, que ele soube dosar com maestria. Me lembrou o Mário Gomes da época das tramas do Sílviode Abreu e o Carlos Lombardi, nas décadas de 80 e 90.

 

Alexandra Richter  - Brenda



         O Talento de Alexandra  Richter finalmente  foi  bem utilizado nesta reta final  da trama do Daniel Ortiz. Transformada em grande vilã da história , ela deu o tom  em uma linha tênue entre perversidade e manipulação, e a sequência que culminou em sua prisão   foi  a cereja do bolo.

 

Nathália Dill Vênus



        Nathália Dill tinha uma tarefa difícil em Família  é Tudo, por que dar credibilidade a uma protagonista do  horário das sete é sempre complexo, principalmente uma atriz como ela. Quase todo papel é um estereótipo que ainda surge com pitadas de caricatura. Atores normalmente preferem e são treinados a viver no naturalismo, daí a dificuldade da faixa em produzir boas e, principalmente, arriscadas composições.  Nathalia é conhecida justamente pelo seu tom natural em quase todos os papéis. Desde mocinhas sofridas, como Escrito nas Estrelas (2010), até as vilãs mais sórdidas, como em A Donado Pedaço (2019), o estilo está sempre lá. Por isso a Vênus seria  uma faca de 2 gumes.  Mas a atriz tirou de  letra e deu uma dignidade a personagem, apesar de algumas situações esdrúxulas que teve que protagonizar.  Uma pena que a falta de química com seu 2 pares românticos – Tom (Renato Góes) e Netuno (Paulo Lessa) também não tenha ajudado a personagem.

 

Grace Gionoukas  - Leda



        Interpretar Leda em Família É Tudo tem sido um desafio de várias faces para Grace Gianoukas, o  humor a atriz tira de letra, mas  a personagem precisou além disso. Começou a novela como uma mulher moralista, brava, que vivia dando broncas no filho. Depois ,   liberou geral e se jogou aos  efervescentes hormônios da leoa.  

 

Thiago Martins    - Júpiter



        Thiago Martins  como Júpiter foi outra boa surpresa de Família é Tudo. O Ator saiu de sua zona de conforto e brilhou no  humor, num tom perfeito e ganhou a grande empatia do público, mesmo sendo a terceira ponta do triângulo amoroso com Guto e Lupita.  Conhecido por seus personagens de mocinho coadjuvante ou pelos papéis que exploram sua aparência física, o artista assumiu um novo degrau em sua carreira. O personagem começou de uma forma rasa e superficial, mas o talento do ator e sua versatilidade garantiu esse lugar de destaque.

       

Luci Ramos  - Paulina  



O potencial de Paulina, ex-vilã que Luci Ramos  vive em Família é Tudo,  era nítido logo nas primeiras cenas. Uma grande personagem, ao mesmo  tempo que,   nas mãos  de uma atriz que não soubesse dosar a intepretação talvez fosse catastrófico. Na história, a personagem não só armou os mais cruéis planos para separar Vênus (Nathália Dill) do ex-marido, Tom (Renato Góes), como também foi responsável pelo sequestro do próprio filho, Pudim (Antônio Caramelo).   Um dos temas abordados na história é o uso de anfetamina e calmantes por Paulina, que é obcecada pelo ex. A Paulina é uma mulher que, no fundo, busca aceitação depois de tantas rejeições que ela sofreu: familiares, afetivas e sociais. Na busca desesperada pela aceitação, ela comete atos duvidosos e muito influenciada pelo vício.  Muitas outras Paulina´s se reconheceram na personagem, e só por isso já foi um acerto do Daniel Ortiz.

 

Veja Também:

Nathalia Dill

Familia e tudo 

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Arlete Salles 


Juliana Paiva 


Nathalia Dill 

Fonte:

Texto: Evaldiano de Sousa

 

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