A Frida e Catarina de “Família é Tudo”
Com 60 anos de carreira , Arlete Salles marcou
seu currículo com
a interpretação de personagens engraçadas e extravagantes, além de
grandes mulheres que se destacaram nas novelas, minisséries e especiais as quais participou.
Arlete Salles é considerada uma das grandes atrizes brasileiras e
no auge dos seus 86 anos continua mais atuante do que nunca como uma das
protagonistas de Família é Tudo – vivendo duas personagens – as gêmeas Frida e
Catarina.
Muito conhecida por se destacar entre os pioneiros da teledramaturgia
nacional, iniciou sua prolífica carreira ainda na década de 50 ,
tornando-se, ao longo dos anos, consagrada em sua profissão. Ganhadora de
vários prêmios, com destaque para um Grande Otelo, um APCA
e dois Prêmios Qualidade Brasil, além de ter sido laureada
com o prestigiado Troféu Mário Lago por sua contribuição artística.
Em outubro de 2013 o e10blog fez uma homenagem a atriz
reverenciando 10 dos seus principais personagens, que você pode rever AQUI
– Foram citadas nesse post personagens como a Laura da primeira versão de Selva de Pedra (1972);
a Delegada Francisquinha de Pedra sobre Pedra(1992);
a Augusta Eugênia de Porto dos Milagres (2001); a
Carmosina de Tieta(1989); a Copélia de Toma Lá, Dá Cá(2007) ; a Kika Jordão de Lua Cheia de Amor (1990)
entre outras.
Porém ficaram muitas outras de fora, afinal são 60 anos de muitos trabalhados, e agora para
comemorar seu sucesso em Família é Tudo ,
vamos para a parte 2 desse post
relembrando mais inesquecíveis outras personagens da atriz na tv.
Lídia Braga de O Rebu (1974)
Na primeira versão de O Rebu,
do autor Bráulio Pedroso, Arlete Salles, deu vida a fútil Lídia,
esposa do empresário Carlos Braga, vivido pelo saudoso José Lewgoy,
sócio do protagonista Mahler (Ziembinks), que foi a festa para
tentar recuperar documentos importantes.
Gilda de Duas Vidas (1976)
Em Duas Vidas, da
autora Janete Clair, Arlete Salles, foi a vulgar, interesseira e
oportunista Naná, amante de Tomás (Cécil Thiré), que o convence a fugir com o
dinheiro do pai.
Pepa de Cabocla (1979)
As mulheres extravagante foi o principal perfil vivido pela
Arlete na década de 70, e em 1979 foi a Pepa na primeira versão de Cabocla , do BeneditoRuy Barbosa. A personagem fora amante de Luís Jerônimo (Fábio Jr), no Rio
de Janeiro, e vem para Vila da Mata atrás do rapaz, mas acaba arrebatada por Justino (Gilberto
Martinho), com quem se casa.
Celeste de ÁguaViva (1980)
Em Água Viva, do Gilberto Braga,
Arlete Salles foi Celeste, ex-mulher do Sérgio (Milton Moraes),
que agora era casado com Lígia, a
personagem defendia pela Betty Faria. Ela sempre criticou Lígia por sua
sede de ambição. As duas se detestavam até a morte de Sérgio, o que fez com que
se unissem. Acabam grandes amigas. No decorrer da trama Celeste vai trabalhar como secretária de Miguel Fragonard
(Raul Cortez), atual marido de Lígia.
Dolores de Baila Comigo (1981)
Em Baila Comigo, do
autor Manoel Carlos, a atriz deu
vida a Dolores, uma personagem muito
complexa, que sofreu várias mudanças no decorrer da novela. Dolores foi
namorada de Saulo (Reginaldo Faria) em Porto Alegre. Inconstante, tem altos e
baixos. Vive às turras com Dona Cândida (Miriam Pires), a mãe de Saulo, que não a suporta. Não aceita
ser trocada por Lia (Christiane Torloni), quando Saulo vem para o Rio de
Janeiro. Descobre-se grávida de Saulo e decide morar no Rio de Janeiro para
ficar perto dele. Logo muda de personalidade, tornando-se uma mulher mais dócil
e tolerante. O sentimento de maternidade a faz aceitar que Saulo não a ama mais.
Tem uma relação complicada com a filha, que ficara aos cuidados do pai. No
final da trama, eles passam a morar juntas e
se dar muito bem.
Silvia de Amor com Amor se Paga (1984)
A Silvia de Amor com Amor se Paga foi outra personagem esfuziante vivida pela Arlete em
nossa tv. Mulher vivida , moderna e
dinâmica, causa um alvoroço na pequena cidade da trama quando vem passar uma
temporada na casa da amiga Grace, vivida pela saudosa Yoná Magalhães.
Margarida Weber de Fera Ferida (1993)
Em 1993, Arlete Salles voltava ao mundo fantástico do
realismo de Aguinaldo Silva, que já havia lhe dado grandes momentos em Tieta (1989), Pedra sobre Pedra (1992) e ainda lhe daria em Porto dos
Milagres (2001). Desta fez foi a
simplória Margarida Weber na trama de Fera Ferida.
Trabalhando como costureira para sustentar suas duas filhas, Zigfrida (DéborahEvelyn) e Isoldinha (Anna de Aguiar), ela
é a única na cidade que conhece o mistério sobre a origem de Flamel (EdsonCelulari), seu sobrinho, que intriga toda a população.
Tonha da Pamonha de Meu Bem Querer (1998)
Na trama de Meu Bem Querer, do Ricardo Linhares, Arlete
Salles foi a autêntica Tonha da Pamonha, mulher batalhadora que ganhou esse
apelido por vender pamonhas na praça principal da cidade. Seu chamamento ao
megafone incomoda as casas religiosas e a toda poderosa Custódia (MaríliaPera), cuja mansão fica no alvo do barulho.
Zenilda de Sabor daPaixão (2002)
Em 2002, depois da grande vilã Augusta Eugênia de Porto dos Milagres, Arlete Salles viveu outra vilã
na trama das seis Sabor da Paixão, novela
da autora Ana Maria Moretzsonh. Zenilda
é mãe de Alexandre Paixão (Luigi Baricelli), e não aceita sua relação
com a simplória e cheia de personalidade
Diana, vivida pela Letícia Spiller.
Ademilde de ALua me Disse (2005)
Em 2005, foi a vez de entrar em cena a extravagante dona do Frango com Tudo Dentro, Ademilde, vivida pela Arlete Salles com maestria na trama de A Lua Me Disse,
do autor Miguel Falabella. Patroa e amiga de Heloísa (Adriana
Esteves) é uma mulher justa, honesta, de pulso firme, que vive para o trabalho.
Gosta de se arrumar exageradamente. Nunca se casou, mas não desistiu de
encontrar um amor. Marca encontros pela internet com pretendentes.
Consuelo Pimenta de Babilônia (2015)
Na complexa trama de Babilônia,
do Gilberto Braga, ela deu vida a vilã religiosa cômica Consuelo Pimenta.
Mãe de Aderbal (Marcos Palmeira), dominadora, vive dando puxão de orelha no
filho. Acha que tem o direito de mandar em todos e ser obedecida.
Preconceituosa, intolerante, deslumbrada, cafona e casca-grossa. Com cenas divertidas envolvendo ela e o filho
, fez-se crítica aos governos populistas
e à intolerância. Escândalos políticos da época foram abordados, bem como a
hipocrisia e ignorância do que se faz em nome da religião para alcançar poder e
dinheiro. Aproveitando o gancho, vários diálogos soaram como uma resposta dos
autores ao público representante da “tradicional família brasileira” que
rejeitou a novela inicialmente, por causa do
beijo lésbico no primeiro capítulo protagonizado pelas personagens da FernandaMontenegro e Nathália Timberg.
Susana Vieira apareceu em Babilônia para
relembrar uma dupla do passado. Como ela
mesma, Susana encontrou Consuelo, sua fã
ardorosa. A situação remete às personagens das atrizes na novela Lua Cheia de Amor (de
1991, escrita por Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem
Barbosa, sendo Linhares um dos autores de Babilônia):
Kika Jordão (Arlete), a fã de Laís Souto Maia (Susana). Arlete Salles
até repetiu o bordão de Kika Jordão: “Translumbrante!”.
Santa de Além da Ilusão (2022)
Em 2022, Arlete participou do núcleo de alívio cômico da
trama de Além da Ilusão, da autora Alessandra
Poggi. Ela deu vida a personagem Santa, mãe da Julinha (Alexandra Richter)
que depois que perdeu o marido resolveu
aproveitar a vida com a fortuna deixada por ele. Envolve-se com homens mais
novos e vive se intrometendo nas contas do cassino do genro, o personagem do Paulo Betti, com quem tem uma relação de
gato e rato.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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