Com protagonismo total de Shophie Charlotte e brilho de Grazzi Massafera “Três Graças” estreia com pé direito
Assim
que olhei, pensei: essa sim é uma protagonista! Logo no primeiro capítulo, “Três Graças”, tudo me conquistou —
roteiro, diálogos, fotografia e direção. Aguinaldo Silva, Luiz Henrique Rios e sua equipe
conseguiram dar um ar moderno ao clássico close televisivo, aproximando a
estética da narrativa do universo dos vídeos contemporâneos da internet. Ainda
assim, nada mais impressionante do
que a entrega de Sophie Charlotte.
Atriz
experiente, Sophie soube aproveitar cada nuance da da Gerluce — uma apresentação sem pressa
(felizmente), que permitiu explorar bem as emoções. O carinho com a mãe Lígia
(Dira Paes), o receio diante da gravidez de Joélly (Alana Cabral), a
dificuldade de diálogo com a filha que repete padrões familiares, o flerte
divertido com Gilmar (Amaury Lorenzo), a surpresa ao descobrir que será avó, a
resistência a Paulinho (Romulo Estrela) e o mistério em torno da estátua de
Arminda (Grazi Massafera)... tudo isso formou uma verdadeira montanha-russa
emocional, que Sophie conduziu com maestria e naturalidade.
A química do trio de protagonistas promete – a sempre irrepreensível Dira Paes e a quase
estreante Alana Cabral enriqueceram cada cena.
GrazziMassafera é outro pilar
forte da trama - Arminda se impõe
como uma vilã complexa e magnética. Longe do estereótipo da “megera pura e
simples”, ela transita entre a sedução, a ambição e um toque de vulnerabilidade
que torna a personagem ainda mais instigante. Visualmente, a direção de Luiz
Henrique Rios contribui para essa
construção — cada aparição de Arminda é marcada por enquadramentos elegantes,
figurinos sofisticados e uma fotografia que reforça o poder e a vilania da personagem. A Dobradinha com Murilo Benício
vai proporcionar momentos bem
quentes a trama.
Vale
destacar a crítica social presente em dois momentos marcantes: quando mãe e
filha percebem que há apenas mulheres na sala de espera do consultório, e na
sequência em que Rivaldo (Augusto Madeira) se torna praticamente invisível para
Ferette (Murilo Benício), que o ignora por completo — um retrato sutil, mas
potente, das hierarquias sociais.
Foi
só um capítulo, mas que nos deixou vidrados na tv – Ou seja isso é um bom
sinal.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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