Primeira mulher a se destacar no humor brasileiro
Prestes a completar 100 anos de vida, no domingo dia 28.09,
perdemos a deusa do humor Berta Loran,
a primeira mulher a se destacar como
comediante no Brasil.
Nascida Basza Ajs em Varsóvia, Polônia, em 23 de março de
1926, Berta imigrou com sua família para o Brasil em 1937, fugindo do regime
nazista. Foi no Rio de Janeiro que iniciou sua carreira artística, incentivada
por seu pai, ator e alfaiate. Adotou o nome artístico Berta Loran e, ao
longo de mais de 80 anos de carreira, tornou-se uma referência no humor
brasileiro.
Berta Loran
participou de diversos programas de televisão, como "Escolinha do Professor Raimundo", "Zorra
Total", "Planeta dos Homens" e "Faça Humor, Não Faz Guerra".
Também atuou em novelas como "Amor com AmorSe Paga", "Cambalacho", "Ti-Ti-Ti" e "A Dona do
Pedaço".
Em 1991, se deu iniciou sua parceria mais
brilhante na tv, com o humorista Chico
Anysio. Primeiro, integrando o elenco de 'Estados
Anysios de Chico City' e, em
seguida, vivendo a personagem portuguesa Manuela D’Além-Mar, na primeira edição
da 'Escolinha do Professor Raimundo',
exibida entre 1990 e 1995. Em 1996, a atriz fez parte do
elenco fixo da segunda versão de 'Chico Total', outro programa estrelado
pelo humorista, que foi exibido até dezembro daquele ano. Na segunda versão da
‘Escolinha do Professor Raimundo’, em
2001, Berta deu vida à personagem Sara Rebeca, que arrancava risos ao explicar
à turma, de forma bem-humorada, as perguntas do professor.

Nas novelas, estreou, ao lado de Ary Fontoura em 'Amor com Amor se Paga' (1984) vivendo o inesquecível casal Seu Nonô e Frosina; participou de novelas marcantes como 'Cambalacho' (1986),
'Cama de Gato' (2010), a segunda versão de 'Ti-Ti-Ti'
(2011), 'Cordel Encantado' (2011). O seu último folhetim foi 'A Dona do Pedaço'
(2019), onde interpretou a divertida Dinorá, mãe dos gêmeos
interpretados por Marco Nanini. Sua última aparição na TV foi na série
"Comediantes que Amamos",
exibida em 2022, onde deu um bonito depoimento sobre sua trajetória.
Paralelamente
à televisão, Berta Loran atuou em diversas produções audiovisuais, no
teatro e no cinema, como "Sinfonia Carioca"
(1955), "A Ilha dos Paqueras"
(1970), "Como Matar uma Sogra"
(1982), "Polaroides Urbanas"
(2006), "Até que a Sorte nos Separe 2"
(2013) e "Juntos e Enrolados"
(2022).
Sua
habilidade em fazer o público rir e sua presença marcante nos palcos e telas
deixaram um legado inesquecível na cultura brasileira será lembrada como uma pioneira do humor
feminino na televisão, quebrando barreiras e conquistando o coração dos
brasileiros.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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