Ela está de volta a Globo depois de 13 anos
de RecordTv, e não poderia ter sido melhor recebida do que pela Grace de Espelho da Vida. Claro que eu estou falando da
maravilhosa Patrícya Travassos, uma
das nossas grandes atrizes brasileiras,
além de apresentadora, roteiristas, escritora e compositora.
Patrícya
iniciou a carreira na década de 70 no famoso grupo de teatro Asdrúbal trouxe o Trombone, que além
dela revelou nomes como Regina Casé, Luiz
Fernando Guimarães, Evandro Mesquita entre outros. Criou e atuou em peças
como Trate-me
Leão e Aquela Coisa Toda. Nos anos 80, compôs canções e dirigiu
espetáculos para bandas de rock como Blitz
e Sempre Livre.
No Globo
entrou no meio da década de 80 escrevendo episódios para o seriado Armação Ilimitada (1985), além de ter sido roteirista dos programas Tv Pirata, Delegacia de Mulheres, Vida ao
Vivo Show, da minissérie Sex Appeal e da
novela Olho no
Olho.
Mas foi como atriz em telenovelas da Globo que a atriz ganhou notoriedade e
projeção se especializando em papéis
cômicos que a consagraram em
tramas como Brega
e Chique (1987), Bebê a Bordo
(1988) e Vamp (1991), quando foi aclamada
pelo público e crítica pela Mary Matoso.
Depois de quase 20 anos de Globo, em 2005 a atriz alçou um novo voo e fechou contrato
com a RecordTv. Foi na emissora que Patrícya Travassos pode mostrar um lado mais sério do seu trabalho na
teledramaturgia, com papéis mais serenos,
o que certamente lhe credenciou nesta volta à emissora carioca para viver um
papel mais dramática na trama da autora Elizabeth Jhin.
Na pele da Grace, a bruxa do bem de Espelho da Vida, Patrícya Travassos mostra mais uma faceta do seu talento, presenteando o telespectador com mais um importante trabalho do seu
currículo recheado de grandes personagens as quais vamos relembrar neste post.
Mercedes
de Brega e Chique (1987)
Brega e Chique, trama icônica do Cassiano Gabus Mendes, marcou a estreia
da Patrícya Travassos na tv. Interpretando a professora Mercedes,
sua personagem acaba se apaixonando pelo jovem Bruno, um aluno particular que
ela ensina a pedido do seu tio, Baltazar (Denis Carvalho). A história teve um ótimo destaque na trama. Bruno,
vivido pelo Cássio Gabus Mendes, com seu jeito ingênuo e atrapalhado proporcionou cenas hilárias ao lado da Patrícya, que como sua professora sempre corrigia seus grotescos erros de português.
Ester
de Bebê a Bordo (1988)
No ano seguinte, Patricya continuou dando show de humor na
teledramaturgia com a Ester de Bebê a Bordo,
do autor Carlos Lombardi. Na trama ,
Ester era a irmã descolada de Tonico, o
personagem do Tony Ramos, e melhor
amiga de Ângela, vivida pela Maria ZildaBethlem, que vivia tentando dar uma
chacoalhada na vida amorosa desta.
Mary
Matoso de Vamp (1991)
Em 1991, na trama trash de Vamp, do
Antônio Calmon, Patrícya Travassos foi alçada ao posto de grande estrela com a
inesquecível Mary Matoso, vampira e mulher – Uma das melhores personagens da
trama. Sua dobradinha com o vampirão Matoso, vivido pelo Otávio Augusto, rendeu cenas memoráveis à produção. Assim como
Natasha (Claudia Ohana) e o Conde Vlad (Ney Latorraca), a Mary Matoso entrou para
o hall dos ícones da teledramaturgia
nacional.
Duda
de Olho no Olho (1993)
Em 1993, Patrícya Travassos volta a viver uma personagem de Antônio Calmon no horário das sete.
Desta vez ela foi Duda, mãe da personagem Cacau, vivida pela Patrícia de Sabrit, uma das
protagonistas de Olho no Olho.
Penélope,
a Pê de Vira Lata (1996)
Em Vira Lata, do Carlos
Lombardi, a atriz deu vida a caminhoneira Penélope, a Pê. Determinada e corajosa, é louca por futebol e tem quatro filhos, cada
um com o nome de um ídolo do seu time. Na trama é casada com Esmeraldo Gigante
(Felipe Martins), cega de amor por ele, sem perceber que o marido é um
encrenqueiro daqueles.
Milagros
de As Filhas da Mãe (2001)
Na trama de As Filhas da Mãe, do Silvio de Abreu, Patrícya Travassos deu vida a hilária secretária executiva de Lulu
de Luxemburgo (Fernanda Montenegro), a Mexicana ex-atriz infantil Milagros. Na
história, depois de resolver voltar ao
Brasil, Lulu traz Milagros com ela, e ambas protagonizaram cenas com muita dose de humor, principalmente com
Lulu insistindo em corrigir o “mexicano” fake de Milagros.
Georgia
Bogari de A Lua me Disse (2005)
MiguelFalabella escreveu em 2005 a doidivanas Georgia Bogari especialmente para Patrícya Travassos. A personagem que
nasceu em berço de ouro e sempre foi rica, buscava desesperadamente a eterna
juventude. No meio dessa total inversão de valores, era cuidada pelos filhos,
Pedro (Rafael Paiva) e Silvia (Guilhermina Guinle). Porém apesar de viver fora
do eixo, não era uma vilã ou personagem do mal, como sua cunhada Ester Bogari
(Zezé Polessa). A Lua me Disse foi último
trabalho da Patricya Travassos na Globo antes de se mudar para a RecordTv, onde estreou em 2007.
Írma
Mayer de
Caminhos do Coração - Os Mutantes (2007 – 2008)
As duas temporadas de Os Mutantes – Caminhos
do Coração, do Tiago Santiago,
marcou a estreia da Patrícya na RecordTv. Na trama , deu vida a uma das componentes
da família Mayer, Írma.
Clóris
de Ribeirão do Tempo (2010)
Em Ribeirão do Tempo,
do Marcílio Moraes, a atriz deu vida a Clóris, que no decorrer da
novela é seduzida pelo Professor Flores, o personagem
vivido pelo Antônio
Grassi, e vira uma das peças no seu tabuleiro de vilanias cometidas na
trama.
Valéria
de Vitória (2014)
Na trama de Vitória, da autora Cristianne Fridmann, última novela da
atriz na RecordTv, Patrícya deu vida
a Valéria, mãe da neonazista Priscila, vivida pela Juliana Silveira. As atrizes protagonizaram cenas emocionantes e
fortes de mãe e filha, quando Valéria descobre os desmandos que a filha vinha
cometendo em nome de uma causa.
Veja Também :
Nossos Autores - Elizabeth Jhin |
Trilha Sonora Eterna - Brega e Chique (1987) |
Novelas Inesquecíveis - Bebe a Bordo (1988) |
Novelas Inesquecíveis -Os Mutantes (2007) |
Novelas Inesquecíveis - Ribeirão do Tempo (2010) |
Retrospectiva 2018 - Meus Personagens Favoritos |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br www.wikipédia.com.br
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