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“Lado
a Lado” novela dos estreantes Cláudia Lage e João Ximenes Braga, foi a grande vencedora do Emmy
Internacional , abocanhando o prêmio de melhor novela que todos já tinha como certo que seria de Avenida Brasil do João Emanuel Carneiro, uma das concorrentes.
Esse prêmio soa como um grande reconhecimento para a trama, que apesar de ter sido
impecável sofreu com uma das piores audiências do horário.
Curioso é que as duas tramas brasileiras
concorrentes tinha um ponto incomum : a inovação em seu enredo. Ambas não
tinham com mote principal um galã e um mocinha que passavam por todas as dificuldades para serem felizes no final.
Uma tinha como elemento principal o
acerto de contas entre duas mulheres (Carminha
e Nina , vividas pela Adriana Esteves e Débora Falabella) , no caso de Avenida Brasil e a outra a história de amizade de duas mulheres de
raças e posições sociais diferentes, mas que lutavam por o mesmo ideal de
liberdade e igualdade perante a sociedade; a Isabel e a Laura , vividas pela Camila Pitanga e Morjorie Estiano
em Lado a Lado.
Sem levar em consideração o fenômeno de audiência de Avenida Brasil, e todo o clamor
popular que a trama causou, a escolha de
Lado a Lado como a
melhor novela foi justíssima. Lado a Lado que tinha como pano de fundo o Rio de Janeiro do
início do século XX, mostrou uma reconstituição de época perfeita, além da
fotografia espetacular e um time de protagonistas formados por Camila Pitanga, Marjorie Estiano, Lázaro
Ramos e Thiago Fragoso que dão orgulho a qualquer autor. Sem falar
em Patrícia Pillar , que viveu uma
das vilãs mais lindas da nossa teledramaturgia.
Em todos os post que escrevi sobre Lado
a Lado sempre citei
o fato da baixa audiência da trama não interferi em nada na sua qualidade , e o
Emmy provou por A mais B que isso
é a mais pura expressão da verdade.
“Liberdade, Liberdade . . . Abre as asas
sobre nós”
Fonte :
Texto :
Evaldiano de Sousa
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