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Um espetáculo ! Foi o que assisti
na exibição do último capítulo de Sangue Bom.
Maria Adelaide Amaral e Vicente Villari estão de parabéns pela bela novela
apresentada.
O
Capítulo foi digno de clássicos da nossa teledramaturgia. Teve revelações de
segredos, o nome do misterioso sabotador, que
tal qual a imprensa divulgou dois antes, era o Tito ( Romulo Arantes
Neto). A trama do misterioso personagem foi um boa sacada dos autores na
finalização da trama, afinal a Maria
Adelaide Amaral que gosta tanto de fazer citações de outras novelas em suas tramas, nada mal inserir um mistério reformulado. Ao invés de perguntar “quem
matou” ela preferiu o “Quem Sabotou”. E Fechou com um reality show com direito
à Tina batendo panela e tudo.
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Casais felizes em um último capítulo de novela também não podem
faltar. E nos 45 do segundo tempo , Sangue Bom juntou Giane (Isabelle Drumond) e Fabinho (Humberto Carrão) , Malu (Fernanda
Vasconcellos) e Maurício (Jayme Matarazzo) e o final que torci desde o primeiro
capítulo: Amora (Sophie Charlotte) e Bento (Marco Pigossi) juntos !
A trama que trazia como mote principal
o “ser e parecer” apresentou um leque de situações ligadas ao mundo das
subcelebridades em todos os seus patamares. Atrizes decadentes, artistas em
início de carreira, e a exposição da
vida particular deles da maneira mas tosca possível. Na reta final
da novela os autores ainda deram uma tapa na cara dos programas que
focam apenas no sensacionalismo em torno de pessoas da mídia. Sueli Pedrosa
(Tuna Dwek) repórter que fazia suas
pauts em cima das desgraças alheia,
provou do próprio veneno tendo a traição da mulher que amava jogada na cara ao
vivo e a cores para todo o Brasil ver. Já pensou se isso na vida real acontecesse
?
Mesmo com texto, roteiro, direção e trilha sonora impecáveis, Sangue Bom se
destacou pelo primoroso elenco mesclado
com atores jovens e veteranos vivendo
seus melhores personagens.
Marisa Orth , Letícia Sabatella, Malu Mader
, Ingrid Guimaraes e Déborah Evelyn interpretaram seus melhores personagens na tv até então.
Suas personagens eram muito ricas dramaturgicamente. Nenhuma delas ficou
perdida dentro da novela, praticamente se renovavam a cada capítulo. Com
esquecer as loucuras da Damaris e Gladys, ou “A Vida é bela” da Tina ?
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Mas, Giulia
Gamm, diferentemente da decadente Barbara Ellen, foi a estrela maior da
trama. A atriz há anos não tinha um personagem tão bom na tv. Barbara era uma das
vilãs da trama , mas ganhou o Brasil com suas adoráveis loucuras. A Giulia fez uma das melhores caracterizações
de personagens, magistralmente no tom
certo.
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Os
protagonistas jovens de Sangue Bom foram
sem dúvidas o grande acerto da trama. Fernanda Vasconcellos fez da Malu
sua melhor personagem desde a Nanda de Páginas da Vida (2006). Isabelle
Drumond também esteve perfeita interpretando a Geane que cresceu a cada
capítulo.
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Porém a
grande revelação desse grupo de protagonistas jovens foi Sophie Charlotte. Sua interpretação da It Girl Amora Campana foi execrada
pela imprensa nas primeiras semanas de Sangue Bom, mas a atriz mostrou profissionalismo ,
manteve seu perfil de interpretação e
mostrou que sabia o que estava fazendo, e fez da Amora uma grande personagem. Esse jogo de mocinha e
vilã que girou em torno da personagem deu o charme que ela precisava, e ver no
final a tão aguardada redenção e seu final com Bento foi um grande presente.
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Falando
desse elenco jovem de Sangue Bom , acho
que o único personagem que não evoluiu na trama foi o Bento do Marco Pigossi. Muito pelo contrário , o
personagem que começou até interessante foi regredindo no decorrer da trama e
terminou como uma marionete nas mãos das
tramas dos outros que o cercavam. (Amora, Malu, Geane).
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Não
posso deixar de citar também Joaquim
Lopes como uma grande revelação da novela. No humor o ator deu um show de interpretação na pele do
Lucindo.
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Sangue Bom pode ser
resumida como um crítica social dosada de humor. Talvez exatamente esse junção
crítica/humor tenha transformado a trama de Maria Adelaide Amaral na melhor novel de 2013. A autora tocou em assuntos polêmicos de uma
maneira cirúrgica. Falou de homossexualismo sem chocar o tradicional público do
horário, e juntou dois casais gay´s no final da trama. Quando no auge da
revelação da homossexualidade do Felipinho (Josafá Filho) , ele resolveu viajar
para os EUA, imaginei logo que ela havia sido podada, por está falando de um
assunto tão delicada. Mas a Maria
Adelaide apenas guardou a história estrategicamente para fechar com chave de
ouro.
Sangue Bom foi aquele tipo de novela que não conseguia perder um capítulo sequer, os pouquíssimos que
eu perdi me fizeram muita falta. Apesar da maratona que era vencer o trânsito
para chegar a tempo de ver novela desde o início, valia a pena acompanhar cada desenrolar da
história e se sentir também um morador
da casa verde. Se audiência não foi boa
, paciência, isso não abalou nem um pouco a qualidade da trama.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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