Sem dúvidas a Record vive com o sucesso da
novela Os Dez
Mandamentos seu melhor momento na teledramaturgia nesses mais de 50
anos de existência. A Novela da Vivian
de Oliveira se tornou um fenômeno e em sua reta final derrubou audiência dos dois principais
produtos da Globo: O Jornal
Nacional e A
Regra do Jogo.
A abertura do Mar Vermelho exibida na
terça-feira (10.11) passada foi a cereja do bolo. Um show pirotécnico de
muita emoção de uma das passagens mais
emblemáticas da bíblia, coroando a novela e a emissora que vinha sofrendo com o fracasso de suas novelas
desde o naufrágio de Máscaras, novela do Lauro César Muniz, apresentada em 2012.
Agora a Record vive um impasse. Sem uma novela bíblica inédita para substituir Os Dez Mandamentos,
ela começou a reexibir nesta segunda-feira (16.11) a minissérie Rei Davi, com o intuito
e esperança de não perder o público cativado. Dificilmente Rei Davi conseguirá esse feito, principalmente por dois
fatores: o fato de não ser inédita e ter
uma narrativa bem diferente, mesmo sendo da mesma autora falando sobre o mesmo
tema.
A Terra Prometida, anunciada como a continuação de Os Dez Mandamentos, só começou a ser
produzida agora e será liberada para apresentação apenas em meados de março de 2016, a Record conseguiu ainda esticar o fim de
Os Dez
Mandamentos por mais uma semana. A
Novela terminaria nesta sexta-feira (20.11), porém ainda sem dar certeza, a
emissora confirma capítulos da trama para segunda e terça-feira (dias 23 e
24.11).
Sem querer dizer que isso irá se repetir
quando terminar Os Dez Mandamentos, mas a Record
já é calejada quanto aos sucessos
seguidos de fracassos em sua teledramaturgia.
No término da década de 90 e início dos anos 2000 a
Record começava a se firmar com
produção de teledramaturgia. Depois de um hiato de quase 20 anos, a Record
exibiu em 1977 a trama de O Espantalho, da Ivani Ribeiro, e só voltou a investir no gênero em 1997, com a novela Direito de Vencer, do autor Ronaldo Ciambrini. Porém foi em 1998, quando a emissora levou ao ar Estrela de Fogo (1998), Louca Paixão (1999),
Tiro e Queda (1999), Marcas da Paixão (2000),
Vidas Cruzadas (2000) e Roda da Vida (2001)
que a emissora viu suas tramas darem uma boa audiência. Porém em 2004 depois de
exibir Metamorphoses,
novela que teve uma literal dança das cadeiras de autores, o público se afastou da trama que fugia dos moldes do folhetim com a
inovação do transplante de rosto da protagonista, e virou sinônimo de fracasso da emissora.
Recuperada ainda no mesmo ano de 2004, em outubro, o remake de A Escrava Isaura,
sucesso do Gilberto Braga na Globo em 1976, baseado no romance Bernardo Guimarães, reescrito por Tiago Santiago e Anamaria Nunes, voltou
a dar a emissora bons índices e a novela foi seguida de outras que se mantiveram no páreo como Essas Mulheres (2005), Prova de Amor (2005),
Cidadão Brasileiro (2006), Vidas Opostas (2007),
Os Mutantes –
Caminhos do Coração (2008 e 2009), Chamas da Vida (2008), Poder Paralelo (2009),
Ribeirão do
Tempo (2010), Rebelde (2012) e Vidas em Jogo (2011).
Em 2012, Máscaras e suas
sucessoras Balacobaco (2012), Dona Xepa (2013), Pecado Mortal (2013)
e Vitória (2014) fizeram
com que a emissora apresentasse seus piores índices, e olhe que tivemos tramas
dos consagrados Lauro César Muniz e
Carlos Lombardi.
Claro que o Blog está na torcida para que Escrava Mãe e A
Terra Prometida sejam marcadas pelo
sucesso e quem sabem virem um fenômeno tal
qual Os Dez
Mandamentos.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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