Atualmente falamos muito sobre a
inovação na teledramaturgia, que em muitos os casos nunca foi tão bem aceita
pelo seu público fiel. Bráulio Pedroso
foi aclamado pela crítica e pelo público quando resolveu inovar com a trama
realista e atual de Beto Rockfeller (1968),
porém viu esse mesmo público e crítica não entenderem seu novo desafio e
ousadia na trama de Super Plá, que há 47 anos era exibida pela extinta Rede Tupi, e a qual o post vai
relembrar hoje.
Super Plá trazia
uma proposta muito diferente e alguns
personagens lembravam outros imortalizados no cinema e nos quadrinhos, como o da Marília Pera,
Joana Martini, por exemplo, tinha
semelhança com Joan Crawford. O personagem de Jofre Soares era baseado no Tio
Patinhas, e Titina (Bete Mendes), uma cega que vendia flores, lembrava a
florista do filme Luzes da Cidade de Chaplin.
O protagonista Plácido, vivido pelo ator Rodrigo Santhiago, era uma criança inteligente, mas depois que
levou um tombo, perdeu esse dom e se transformou em um adulto medíocre. Seus poderes e inteligência
só voltavam quando ele tomava o refrigerante Super Plá, que para ele era como espinafre
era para o Popeye.
A novela também
conta a peculiar história de amor entre
Joana Martini e Baby Stompanato (Hélio
Souto). Ela é ex-vedete do teatro de revista da Praça Tiradentes que se tornou
dona da fábrica dos refrigerantes Super Plá, a partir do casamento com Inácio (Machadinho),
um velho que não se aguenta em pé. E Baby Stompanato é um marginal, traficante,
protótipo do gangster norte-americano, mas acima de tudo um
bonachão que venceu na vida. Apesar do pouco sucesso na trama, a dupla acabou
ganhando um espetáculo teatral A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato,
que foi marcado pelo sucesso nos palcos.
Diante do desinteresse do
público na trama tão inovadora, Bráulio
Pedroso foi afastado da autoria e Marcos
Rey assumiu fazendo algumas alterações na
história. Havia muito pouco a fazer, mesmo assim Marcos tirou alguns
personagens sem função dentro da trama, e apoiou a novela na comédia com destaque para Irene Ravache, a excêntrica milionária
Majô Prado cheia de conflitos, e Rodrigo
Santhiago. O que deu um novo fôlego à Super Plá.
Super Plá marcou
a estreia da atriz Kate Hansen, que
fez uma bonita carreira em novelas e
minissérie, e se afastou desde 1991
quando interpretou a delegada da minissérie O Portador.
Bráulio Pedroso reconheceu em entrevistas anos depois, que partiu
do 8 para o 80. Ou seja, da super
realista Beto
Rockfeller para o mundo imaginário de Super Plá. A Farsa com muito humor e
personagens com o perfil tão exacerbado que beiravam o absurdo, foi considerada
uma dosagem muita pesada para uma novela. A Experiência valeu como ensinamento
para o autor que depois voltou ao estilo
que o consagrara em Beto Rockfeller, à critica a sociedade
contemporânea mostrando sua dura realidade,
e ainda seria marcado pelo sucesso em tramas como O Cafona (1970), O Bofe (19872) e O Rebu (1974).
Esta última também com uma narrativa inovadora que seria aclamada anos mais
tarde.
Ficha Técnica:
Novela do Autor Bráulio
Pedroso
Direção Geral: Walter
Avancini, Antônio Abujamra e Benjamin Cattan
Elenco:
RODRIGO SANTHIAGO – Plácido
BETE MENDES – Titina
MARÍLIA PÊRA – Joana Martini
HÉLIO SOUTO – Baby Stompanato
IRENE RAVACHE – Majô Prado
JOFRE SOARES – Jonas Jazão
WÁLTER FORSTER – Dr. Werneck
KARIN RODRIGUES – Lucy
OTHON BASTOS – Thompson
ELÍSIO DE ALBUQUERQUE – Argemiro
MARGARIDA REY – Frau Guilhermina
ANA ROSA – Pepita
ANTÔNIO PEDRO – Arquibaldo
MACHADINHO (AUGUSTO MACHADO DE CAMPOS) – Inácio
JAYME BARCELLOS – Cabrão
MARIA STELA SPLENDORE – Silvana
CHICO MARTINS – Dr. Menezes
EUDÓXIA ACUÑA – Babete / Silvana (a falsa)
PAULO VILLAÇA – Cícero
OTÁVIO AUGUSTO – Silas
LÉA CAMARGO – Maria do Carmo
CARLOS DUVAL – Maitre
NELLO PINHEIRO – Mr. Zeca
ANTÔNIO GHIGONETTO – Guru
BEATRIZ BERG – Dona Tetê
CLEIDE KIARA – Dália
LUIZ D´AVILA – Monke
PATSY – Clarice
DIAS BARRETO – Manfredo
KATE HANSEN
PEDRO PAULO RANGEL
NEY LATORRACA
JONAS BLOCH
DEIVY ROSE
PATRÍCIA MAYO
DALVA DIAS
WÁLTER MARINS
JÚLIA MIRANDA
ALCEU NUNES
MARILDA PEDROSO
JOSÉ DE FREITAS
BETE MENDES – Titina
MARÍLIA PÊRA – Joana Martini
HÉLIO SOUTO – Baby Stompanato
IRENE RAVACHE – Majô Prado
JOFRE SOARES – Jonas Jazão
WÁLTER FORSTER – Dr. Werneck
KARIN RODRIGUES – Lucy
OTHON BASTOS – Thompson
ELÍSIO DE ALBUQUERQUE – Argemiro
MARGARIDA REY – Frau Guilhermina
ANA ROSA – Pepita
ANTÔNIO PEDRO – Arquibaldo
MACHADINHO (AUGUSTO MACHADO DE CAMPOS) – Inácio
JAYME BARCELLOS – Cabrão
MARIA STELA SPLENDORE – Silvana
CHICO MARTINS – Dr. Menezes
EUDÓXIA ACUÑA – Babete / Silvana (a falsa)
PAULO VILLAÇA – Cícero
OTÁVIO AUGUSTO – Silas
LÉA CAMARGO – Maria do Carmo
CARLOS DUVAL – Maitre
NELLO PINHEIRO – Mr. Zeca
ANTÔNIO GHIGONETTO – Guru
BEATRIZ BERG – Dona Tetê
CLEIDE KIARA – Dália
LUIZ D´AVILA – Monke
PATSY – Clarice
DIAS BARRETO – Manfredo
KATE HANSEN
PEDRO PAULO RANGEL
NEY LATORRACA
JONAS BLOCH
DEIVY ROSE
PATRÍCIA MAYO
DALVA DIAS
WÁLTER MARINS
JÚLIA MIRANDA
ALCEU NUNES
MARILDA PEDROSO
JOSÉ DE FREITAS
Exibição: 01 de Dezembro de 1969 à 16 de Maio de 1970
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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