O poeta, escritor, teatrólogo e
dramaturgo Ferreira Gullar morreu na
manhã deste domingo (04.12), no Rio de
Janeiro, aos 86 anos. Ele estava internado no Hospital Copa D´or.
Nascido em São Luís do Maranhão, em 1930, lançou seu primeiro livro, Um Pouco Acima
do Chão, em 1949, e em 1956 participou da exposição concretista que
é considerada o marco oficial da poesia concreta.
Assim Gullar é considerado um dos
fundadores do neocroncretismo, e foi postulante da cadeira 37 na Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira, da qual tomou posse em dezembro de 2014.
Ativo, Ferreira Gullar se afiliou ao Partido
Comunista após a instauração da ditadura militar, em 1964. Neste Período, se exilou em
Buenos Aires, onde escreveu uma das suas principais obras “Poema Sujo, um marco na carreira
do poeta. O Escritor voltou ao Brasil em 1977, sendo preso e torturado pelo DOPS. Gullar foi
libertado dias depois, após forte pressão internacional.
Em 2002, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura. A indicação
foi endossada por nove especialistas de três países: Brasil, Portugal e Estados
Unidos.
Ferreira
Gullar também escreveu para o teatro
e tv. Foi um dos roteiristas que participou
da criação das séries brasileiras da Rede
Globo com Carga Pesada, em 1979. Na década de 80, foi um dos criadores de
outro seriado, o Obrigador Doutor com Francisco Cuoco, como protagonista.
Muito amigo do autor Dias Gomes, foi colaborador dele nas
novelas Araponga
(1990) e O Fim
do Mundo (1996), e nas minisséries As Noivas de
Copacabana (1992) e Dona Flor e Seus
Dois Maridos (1998). Em 1995,
colaborou com os autores Marcílio
Moraes, Margareth Boury e Antônio
Mercado, no remake de Irmãos Coragem, da original de Janete Clair.
Fonte:
Texto :
Evaldiano de Sousa
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