“Belaventura” termina vendo sua interessante história se perder dentro da falta de planejamento da RecordTv
A Trama medieval de Belaventura, do autor Gustavo Reiz, na RecorTv, chegou ao fim nesta sexta-feira (26.01). A novela que iniciou
com uma novidade, afinal de contas nem há tempos a RecordTv e nenhuma das outras emissoras investiam em tramas
medievais, e essa temática moda no mundo a fora por causa da série Games Of
Thrones, prometia ser bem recebida aqui no Brasil. Não à toa que a Globo no início de 2018 também vem
investindo no tema com a trama de Deus Salve o Rei, do Daniel Adjafre.
Infelizmente Belaventura terminou
minguando na audiência e praticamente sem repercussão alguma. Uma pena para uma
trama que mostrou uma produção tão primorosa e uma vontade do autor, elenco e
direção de fazer dar certo.
Mais uma vez a falta de planejamento da RecordTv em divulgar e estrear suas
tramas pode ter prejudicado em muito a
audiência da novela. Belaventura estreou
no período de férias, coincidiu com o desentendimento da RecorTv com as operadoras de Tv, a reprise recente (que também fracassou) de Os Dez Mandamentos e a estreia de Apocalipse que também vem amargando baixa audiência e
aceitação, foram fatores importantes
para esse desinteresse pela trama.
No
capítulo final muitas revelações, mortes e finais felizes, claro. Porém Gustavo Reiz deixou um segredo sem ser
revelado, seria um sinal de quem sabe uma Belaventura2?
Apesar
dos protagonistas sem muita experiência, uma característica das tramas da
emissora, alguns atores fizeram um bom trabalho e só enriqueceram o ótimo texto
e fizeram jus a impecável produção – o caso de Esther Góes (Leocádia), Floriano Peixoto (Severo), Paulo Gorgulho (Bartolion), Giussepe Oristânio (Cedric), Helena Fernandes (Marion) e Larissa Maciel (Lucy) que, infelizmente
só participou do início e da reta final da novela.
Fico
triste ao ver um trabalho feito com tanto capricho em seu início, ter que terminar, devido a fatores que fogem
do controle dos envolvidos em sua criação dramaturga, de forma tão grotesco e
sem a devida importância.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Comentários
Postar um comentário