Com uma semana cheia de revelações e
reviravoltas na trama de Duda/Elizabeth,
Glória Pires finalmente teve
a chance de mostrar a que veio na trama fazendo de suas cenas grandes momentos
de O Outro Lado do Paraíso.
Ter uma atriz em seu elenco do quilate
da Glória Pires e deixa-la numa
trama que não anda é no mínimo um grande desperdício, mas a Glória parece ser perseguida por esse estigma de
personagens que se perdem dentro de uma trama, às vezes até mesmo como
protagonista, o que não é o caso da Duda.
Nem sempre a atriz teve uma Maria de
Fátima (ValeTudo/1988), Ruth e Raquel (Mulheres de Areia/1993) ou Nice (Anjo Mau/1997) nas mãos, e embora muitas vezes
tenha conseguido dar a volta por cima quando viu em suas mãos uma personagem que
não crescia, ficou marcada por umas , digamos, apagadas que pontuaram sua carreira.
Depois de vários sucessos seguidos, em
1996 a atriz ganhou o papel da Rafaela
Berdinazzi em um dos grandes sucessos do
Benedito Ruy Barbosa, O Rei do Gado. A novela foi um sucesso
incontestável, mas a personagem da Glória não crescia em cena e amargou
essa fraqueza aparecendo praticamente
sem função e em apenas um dos cenários da trama, a casa do Tio Berdinazzi, o personagem do Raul Cortez.
Estão nesta lista ainda a Inês, que se passava por Lavínia em Suave Veneno (1999); a
Júlia Moreno de Desejosde Mulher (2002), que prometia um dobradinha da Glória com a Regina Duarte, que não vingou e a Lúcia de Paraíso Tropical (2007). Detalhe: As três eram
protagonistas das tramas.
A Norma, coadjuvante principal de Insensato Coração,
começou também fraca, e nem de longe lembrava as grandes mulheres do Gilberto Braga defendidas por Glória.
No final ganhou destaque e acabou sendo assassinado no “Quem
Matou?” criado para o final da novela.
Ou seja, até mesmo uma atriz como a Glória Pires, sem um bom texto ou a chance para fazer um
bom trabalho, pode flambar em um personagem ou outro. Espero que a
Duda/Elizabeth possa se recuperar de vez dentro da trama e não entre para essa
lista.
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
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