Autor das séries “Sob Pressão” , “Nada Será Como Antes” e “Doce de Mãe” entre outras
Curiosamente,
o autor homenageado este mês ainda não escreveu nenhuma novela, afinal ele é cineasta e roteirista, mas em
compensação apresentou séries e seriados que entraram para história da
teledramaturgia nacional, tendo como base Sob Pressão, seu atual trabalho.
Jorge Furtado é considerado um
autodidata, cursou medicina, psicologia, jornalismo e artes plásticas, porém
sem concluir nenhum dos cursos. A Carreira profissional se iniciou no início
dos anos 80, na TVE RS, onde foi
repórter, apresentador, editor, roteirista e produtor. Em 1982 foi um dos
criadores do programa Quizumba, que misturava ficção e documentário,
considerado ousado para a tv aberta na época.
De
1984 e 1986 foi diretor do Museu de
Comunicação Social de Porto Alegre, e no mesmo período criou a empresa Luz Produções, em
parceria com José Pedro Goulart e
Ana Luiza Azevedo, com a qual produziu seus primeiros curtas. No final da
década de 80 para início de 90 se dedicou à publicidade e produziu dezenas de
comerciais para à Tv.
Um dos
fundadores da Casa de Cinema de Porto
Alegre desde 1987, e durante a Lei
do Curta alcançou grande sucesso de público e crítica nos filmes O dia em que
Dorival encarou a Guarda (1986); Barbosa
(1988) e Ilha
das Flores (1989), com os quais recebeu vários prêmios nacionais
e internacionais, inclusive no Festival
Berlim.
Festivais
de vários países já realizaram retrospectivas e homenagens à obra de Jorge Furtado, comprovando a
importância do autor para a arte cinematográfica e televisiva.
Para a
Tv, Jorge Furtado foi roteirista
dos programas como Dóris para Maiores, Programa Legal, A Vida ao
Vivo Show e Brava Gente.
Para a
teledramaturgia adaptou doze obras literárias brasileiras na série Brasil Especial,
mas foi com a adaptação de Agosto (1993), do romance de Rubem Fonseca , em parceria com Giba Assis Brasil, que Jorge
Furtado, ganhou projeção e notoriedade dentro da Tv Globo. A minissérie que contou os últimos dias de vida do
Presidente Getúlio Vargas, foi
aclamada pelo público e crítica e considerada um dos melhores produtos da Globo naquela década.
Em
1994, outra clássica adaptação comandada por Furtado chega a tela da Globo,
Memorial de
Maria Moura, baseada no romance homônimo da Rachel de Queiroz, protagonizada pela Glória Pires, em parceria com Carlos
Gerbase. Um trabalho de equipe
fantástico, um faroeste brasileiro, com todos os ingredientes de um bom
folhetim.
Ainda
na década de 90 participou dos projetos A Comédia da Vida Privada (1997), com Guel Arraes e a minissérie Luna Caliente (1999), com Carlos
Gerbase e Giba Assis Brasil.
Nos anos
2000, A Invenção
do Brasil, mais uma parceria do Furtado com Guel Arraes, comemorou os 500 anos de Descobrimento do Brasil. Os
autores basearam-se em obras de Jose de
Alencar e Mário de Andrade, e num poema de Santa Rita Durão (O Uraguai).
Outro
projeto de muito destaque dentro da teledramaturgia nos anos 2000, a série Cidade dos Homens (2002
– 2003 – 2005), escrita por Furtado e uma turma de peso, se transformou em um diferencial dentro da emissora e marcou a carreira
de Douglas Silva e Darlan Cunha, o
Laranjinha e Acerola, protagonistas da série. Foi roteiristas também dos
projetos Cena
Aberta (2003) e do seriado Antônia (2006).
Depois
de alguns anos, dedicados ao cinema, em 2008 o roteirista volta à tv
transformando o filme Ó Pai Ó (2008 e
2009), da Monique Gardenberg, em
serie apresentada no horário de show da Globo
às sextas-feiras.
Ainda
em 2008, em outra parceria com Guel
Arraes, apresentou a série em 4 episódios – Decamerão – A Comédia do Sexo – A Séria foi totalmente gravada no Rio Grande do Sul
e com a parceria da produtora Casa de Cinema de Porto Alegre. Todos
os diálogos dos personagens foram escritos em versos.
Em
2010, em parceria com Guel Arraes e João Falcão, Furtado
apresentou Clandestinos
– O Sonho Começou – uma série com
proposta interessante, que aproxima a realidade da ficção apresentando atores
desconhecidos do grande público em busca do grande sonho de se firmar na
profissão. A série revelou nomes como Chandelly
Braz e Emiliano D´avila.
Livremente
inspirada no filme homônimo, Furtado roteirizou a série A Mulher Invisível (2011), protagonizada por Selton Mello, Luana Piovanni e Déborah Falabella, a partir de uma ideia
original de Guel Arraes e Cláudio Torres.
Em
2012, viu sua personagem Picucha, imortalizada por Fernanda Montenegro, na série Doce de Mãe, ser indicada ao Emmy Internacional de melhor interpretação. Em 2015, viu a
despretensiosa Mister
Brau, protagonizada por TaisAraújo e Lázaro Ramos, ganhar a empatia do público e se estender por mais
três temporadas; e em 2016, Nada Será Como Antes, com Murilo Benício, Déborah Falabella e Bruna Marquezine, uma produção
requintada que trouxe de volta à tv a era glamorosa dos rádios, conquistou o
público pelo belo texto e as intepretações impecáveis do seu elenco.
No
momento o roteirista está envolvido com a
redação final da elogiadíssima série Sob Pressão que
está em sua segunda temporada e com
certeza já está com a terceira garantida. Com um texto ágil e direto, a série
é sem dúvidas um dos melhores projetos
apresentados este ano na Globo.
Entendo
que o Jorge Furtado não é um
novelista e sim um cineasta e roteirista, e acho que uma novela escrita ou “roteirizada” por ele é no momento inviável, mas fico imaginando o “bum” que
seria um novelão vindo das mãos dele. Quem sabe com esse novo estilo de tramas
menores, futuramente ele possa nos presentear com um projeto mais folhetinesco, e o desavio de tirar o Furtado do lugar comum crie um novo estilo para o futuro das
telenovelas.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br
www.memoriaglobo.com.br
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