Um
especialista em viver tipos brasileiros
... Roberto Bomfim encerra mais um personagem
marcante na trama de Segundo Sol, que recheia sua brilhante carreira
alicerçada por mais de 40 trabalhos em novelas e minisséries na tv.
Integrante
do movimento estudantil secundarista pré e pós-1964, Roberto
Bomfim decidiu-se pela carreira
artística quando militava politicamente. Após o Golpe , participou da criação do Teatro Universitário Carioca, em 1965 e
no TUCA teve sua primeira
experiência nos palcos. A peça teatral,
ainda amadora, O
Coronel de Macambira (Bumba Meu Boi),
dirigida por Amir Haddad, em 1967,
foi seu primeiro trabalho.
No ano
seguinte passou a trabalhar profissionalmente e já gravava seu primeiro, dos mais de 30 filmes do seu currículo, entre eles A Dama da Lotação (1978), Chuvas de Verão (1979) e Lampião (2017).
Na Globo,
onde começou e fez a maioria de seus papéis, viveu personagens que ficaram na
memória nacional desde o Balalaika de Bandeira 2 (1971), a primeira.
Para
comemorar mais esse êxito como o covarde, preconceituoso e violento Agenor de Segundo Sol,
vamos relembrar 12 dos mais importantes personagens que Roberto Bomfim imortalizou na nossa teledramaturgia.
José
Ambrósio, O José do Estaleiro de Selva de Pedra (1972)
Depois
de algumas participações, Roberto Bomfim
ganha seu primeiro personagem fixo de maior destaque na trama da primeira
versão de Selva
de Pedra, da autora Janete Clair. Seu personagem entra no meio da novela, em um momento de ajustes,
por conta de uma história que não funcionava bem até então. Como José do
Estaleiro, aceitou casar-se com uma mulher grávida de outro homem, Jane
(Ângela Leal) grávida de
personagem do Carlos Vereza.
Gomes
de O Feijão e o Sonho (1976)
Em
1976, Roberto Bomfim ganhou seu
primeiro grande papel, um dos protagonistas da trama de O Feijão e o Sonho, do autor Benedito Ruy Barbosa, junto com Cláudio Cavalcanti, Nívea Maria e
Lúcia Alves. Gomes , seu
personagem na trama, é cunhado dos
Campos Lara, casado com Creuza (Lúcia
Alves). Homem bonachão, extrovertido e honesto, com um tino especial para os negócios. Roberto Bomfim faria dois papéis na trama, de pai e filho.
Infelizmente o ator ficou doente durante
as gravações e a Globo teve que escalar outro ator, Élcio Romar, para viver Ivan, o filho do personagem de Gomes.
Tobias
de Cabocla (1979)
Em Cabocla,
outra trama do autor Benedito Ruy
Barbosa, Roberto Bomfim, ganhou o
personagem Tobias, um dos protagonistas e que dividia no início da trama o amor
de Zuca (Glória Pires) com Luis Jerônimo (Fábio Jr). Com uma caracterização
perfeita do boiadeiro valente e briguento, Roberto
Bomfim brilhou com um personagem que tinha uma luz própria, mesmo
estando entre dois astros em ascensão
daquele fim de década – Fábio Jr e Glória Pires.
Sargento
Libório de Lampião e Maria Bonita (1982)
Em 1982, Roberto
Bomfim participou do projeto da primeira minissérie brasileira apresentada
pela Rede Globo, Lampião e Maria Bonita, minissérie do Aguinaldo Silva e Doc Comparato, que
contava a história do lendário casal do sertão nordestino. O ator deu vida ao
Sargento Libório, autoridade política de Joremoabo, o responsável por passar a
noticio para o governo do estado sobre o
sequestro que o bando de Lampião (Nelson Xavier) cometera nos arredores da cidade. Sequestro
esse que resultaria no extermínio de Lampião, Maria Bonita (Tania Alves) e seu
grupo.
Terêncio
de Paraíso (1982)
O
Terêncio de Paraíso foi outro peão de boiadeiro criado por Benedito Ruy Barbosa para o Roberto Bomfim. Terêncio é o grande
amigo de José Eleutério, o Zeca, protagonista da trama vivido pelo Kadu Moliterno. No decorrer da trama
ele se apaixona por Rosinha (Zaíra Zambelli), que julga ser irmã verdadeira de
Zeca, mas não tem coragem de assumir a paixão.
Wanderley
de Cambalacho (1986)
Em Cambalacho,
do Silvio de Abreu, seu personagem Wanderley discute a
fidelidade e o ciúme na relação conturbada e hilária com a
ciumentíssima e neurótica Cecília, personagem da Rosamaria Murtinho. Ela, insegura, desconfia de todos os passos do
marido, enquanto ele é o mais fiel dos homens.
Amintas
de Tieta (1989)
Na
trama de Tieta,
clássica novela do Aguinaldo Silva,
baseada no romance homônimo de Jorge
Amado, Roberto Bomfim veio na pele do galante Amintas, um solteirão cheio
de graças para as mulheres. Dona da única loja de construção de Santana do
Agreste, o personagem era um dos integrantes dos ditos “Cavaleiros do
Apocalipse”. Além dele, Osnar (JoséMayer), Timóteo (Paulo Betti) e Ascânio (Reginaldo Faria) integram os
cavaleiros. No decorrer da trama, Amintas se encanta pela beata Amorzinho, vivida pela Lília Cabral, e as cenas deles acabam
rendendo momentos hilários à trama – Como o dia em que ele chega à casa de
Amorzinho e a mesma o recebe com um
rádio nas mãos e só de calçola vermelha.
Diocleciano
de Renascer (1993)
Outra caracterização incrível
feito pelo Roberto Bomfim foi
o Diocleciano, braço direito do Coronel José Inocêncio (Antônio Fagundes) na trama de Renascer. Mais um personagem
inesquecível que o Benedito Ruy Barbosa
escreveu para o ator. Na trama, o personagem foi vivido na primeira fase por Leonardo Brício, quando se apaixona por
Morena (Cyria Coentro/Regina Maria Dourado), uma das meninas da casa de
Jacutinga (Fernanda Montenegro). Apesar de viverem há anos juntos, nunca foram felizes como
casal.
Natário
da Fonseca de Tocaia Grande (1995)
O Sucesso de Renascer rendeu ao Roberto Bomfim o convite para
protagonizar a trama de Tocaia Grande, dos autores Mário Teixeira, Marcos Lazarini e Duca Rachid, baseado no romance
homônimo do Jorge Amado, apresentada
na Rede Manchete em 1995. A novela
não chegou a ser o sucesso que a Manchete
prometeu, mas Roberto protagonizou cenas inesquecíveis ao lado do saudoso Carlos Alberto e das atrizes Tânia
e Gabriela Alves, os outros protagonistas da trama.
Pajé
de Uga Uga (2000)
Em
2000, de volta à Globo, depois de
participações em Hilda Furacão (1998), Pecado Capital (1998) e Terra Nostra (1999),
o ator deu vida ao índio Pajé na trama de Uga Uga, do autor Carlos Lombardi. O Pajé era o único índio da tribo que viveu entre
os brancos e conhece todos os truques do homem civilizado. Finge que não
entende português, mas até gíria ele
conhece muito bem. Apesar de amoral, gosta de Tatuapú (Claudio Heinrich), que
salvou quando tinha três anos de idade.
Edvaldo
de O Clone (2001)
Na
trama de O Clone,
da Glória Perez, Roberto Bomfim era
o literal “Pé de Valsa” Edvaldo, frequentador assíduo da gafieira, uma das
principais locações da novela. Namorado
de Deusa (Adriana Lessa), a quem abandona quando ela resolve fazer a inseminação
artificial que gera o clone da história.
Casa-se com Odete (Mara Manzan), uma engolidora de fogo que ele conhece no circo. Versado em
profecias sobre o fim do mundo, através
do personagem, Glória Perez abordou as curiosidades a respeito dessas expectativas
sobre o advento dos novos tempos.
Salvador
de Celebridade (2003)
Um pai
e vozão! Essas eram as principais
características do Salvador,
o personagem que Roberto Bomfim defendeu na trama de Celebridade, do autor Gilberto Braga. Pai de Fernando Amorim (Marcos Palmeira) e
avô de Inácio (Bruno Gagliasso), com quem mantem uma ótima relação. É dono de
um simples salão de barbeiro no Andaraí, onde trabalham as musas Darlene e
Jaqueline Joy, as personagens vividas pela Déborah Secco e Juliana Paes. No passado, foi campeão de remo de equipe junto com
Lineu Vasconcellos (Hugo Carvana), Ubaldo Quintela (Gracindo Jr) e o já
falecido Hélio Diniz, marido de Corina (Nívea Maria), e pai da Maria Clara (Malu Mader) e Ana Paula
(Ana Beatriz Nogueira).
Veja Também:
Novelas Inesquecíveis - Paraíso (1982) |
Novelas Inesquecíveis - Cambalacho (1986) |
Novelas Inesquecíveis - Tieta (1989) |
Novelas Inesquecíveis - Renascer (1993) |
Novelas Inesquecíveis - Tocaia Grande (1995) |
Novelas Inesquecíveis - Uga Uga (2000) |
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Hola mi querido Roberto Bomfim. Soy su fan,soy Uruguaya, de la ciudad de Rivera frontera con la ciudad de Livramento( río grande do sul) . Me encanta ud como actor y siempre miraba la novela en que actuaba. Le escribí una vez y ud amablemente me contesto y me envio una fotografía,para ese entonces trabajaba ud el la telenovela Paraiso. Me quedé muy feliz y guardo con cariño sus fotos que son dos enviadas por ud.... Después por cosas de la vida perdida contacto y no pude seguir escribiéndole. Hoy lo hago,no se si ud leerá mi comentario, espero que lo haga. Un fuerte abrazo y todo mi cariño para ud. 🇺🇾🇺🇾🥰🥰🤩😍😍😘😘😘😘🙏👏👏💝💝
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