Torre de Babel, sucesso do Silvio de Abreu, exibida originalmente em 1998 é a próximo título a
entrar para a plataforma de streaming da Globo.
A trama entra no ar dia 03.08 próximo e substitui Laços de Família (2000), do Manoel
Carlos, que foi remanejada pra o Vale a Pena Ver de Novo.
A novela
é uma das primeiras da Globo a serem rejeitadas pelo público
devido o estilo forte e realista. Ou seja, muito antes de Babilônia (2015) e ARegra do Jogo (2015), Torre
de Babel causou uma grande
dor de cabeça dentro da emissora que viu
com seu principal produto sendo rejeitado pelo seu tão cativo público que
preferiu mudar de canal.
Silvio deAbreu teve que mudar toda a espinha dorsal de Torre de Babel, atenuando as história que
envolviam o uso de drogas, violência doméstica e homossexualismo feminino
para ter seu público de volta. Assim a explosão do Shopping Tropical
Tower Center, que já estava programado na sinopse, serviu para dar um fim em
alguns personagens que encabeçavam esses temas fortes. Juca de
Oliveira (O Violento Agenor, que acabou voltando no final
da novela), Marcelo Antony (Que viveu o drogado Guilherme)
e Crhistiane
Torloni e Silvia
Pffeifer (que viveram as lésbicas Leia e Rafaela)
foram os atores que tiveram seus personagens mortos na explosão e que era uma
das principais grandes mudanças feitas na sinopse de Torre de Babel.
Enfim,
com todos esses “ajustes” feitos pelo autor, que incluiu também um núcleo de
humor com grande destaque, a novela acabou se firmando no horário e
terminou como um “novelão” marcado com a volta do público
afugentado com as tramas do início.
Torre de Babel inovou
na escalação de alguns atores que na trama viveram personagens totalmente
diferentes dos perfis os quais estávamos acostumados vê-los fazer. Tony Ramos abandonava
o perfil de mocinho/galã romântico para viver o ex-presidiário frio e sombrio
Clementino; Cláudia Raia,
sempre envolta em personagens sexy e sensuais, deu vida a vilã fria e
calculista Ângela Vidal, que tinha um visual masculinizado e
sem nada de sensualidade, que no final era revelada uma assassina psicopata ; e
Adriana Esteves impagável e
espetacular testando sua veia cômica com
a inesquecível Sandrinha.
Dois personagens de Torre de Babel foram
“ressuscitados” em outras novelas. O Jamanta, do Cacá Carvalho na trama de Belíssima (2005) e a Shirley
vivida pela Karina Barun, voltou em Haja Coração, trama do Daniel Ortiz, vivida pela Sabrina Petraglia.
Que venham Jamanta, Sandrinha, Bina, Clementino e os
vários outros personagens tão bem delineados por Silvio de Abreu em Torre de
Babel.
Veja Também:
Novelas Inesquecíveis - Torre de Babel (1998) |
Aberturas Inesquecíveis - Laços de Família (2000) |
Texto: Evaldiano de Sousa
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