A manhã deste domingo ficou mais triste, Eva Wilma,
uma das nossas maiores atrizes nos deixou, foi brilhar no céu! Aos 87 anos, a
grande dama da teledramaturgia perdeu a luta para um câncer no ovário, no Hospital
Israelita Albert Ainsten, em São Paulo, onde estava internada desde o dia
15 de abril.
Eva Wilma deixa um legado de grandes personagens no teatro, cinema, teleteatro e na televisão,
onde se consagrou como grande profissional, uma das poucas que sabe passear
pelo drama e pela comédia com a mesma competência e talento. Seus trabalhos quase sempre foram assim, intercalando – Drama x Comédia.
Estou atualmente vendo
a estrela em Roda de Fogo(1986), novela
do Lauro César Muniz, penúltima a
entrar na Globoplay, onde ela vive a ex-guerrilheira Maura Garcez, uma personagem densa cheia de traumas
pós-regime militar; no ano seguinte encarou a hilária caçadora de homem rico
Penélope de Sassaricando (1987), do Silvio de Abreu, recém terminada a reprise no Viva e o
próximo título a entrar na plataforma de streaming. Depois, outra personagem dramática,
a sofredora Hilda Pontes de Pedra sobre Pedra (1992) e em 1997 incorporou a vilã cômica de
Grenville – Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque, na novela A Indomada, ambas
do Aguinaldo Silva e em seguida, em 1998 a Dra. Marta do seriado Mulher. Ou
seja , uma mudança brusca de um personagem pro outro que Eva sabia virar a
chave com tanta competência que encantava o público em quaisquer categorias da interpretação.
Sua estreia na tv foi no seriado Alô Doçura , em 1953, do autor Cassiano Gabus Mendes, que
Eva Wilma fez por 10 anos, ao lado do seu então marido John Herbert,
na Tv Tupi.
Na Tupi foi estrela dos maiores sucessos da emissora,
entre eles Meu Pé de Laranja Lima (1970), Nossa Filha Gabriela (1971)
, e as primeiras versões de Mulheres de Areia (1973),
A Barba Azul (1974),
que no remake ganhou o título de A Gata Comeu (1985) e A Viagem (1975).
Estreou na Globo em 1980, quando a Tv Tupi
encerrou oficialmente suas atividades, como estrela de Plumas e Paetês, trama
do seu autor e amigo Cassiano Gabus Mendes e que repetia a dobradinha
Eva e John Herbert. Na emissora protagonizou outros grandes sucessos
como Ciranda de Pedra (1981), Elas por Elas (1982), Transas e Caretas (1984), De Quina Pra Lua
(1985), Mico Preto (1990), O Mapa da Mina (1993),
Pátria Minha (1994), História de Amor (1995) , a primeira fase de O Rei do Gado (1996),
Desejo Proibido (2007),
Fina Estampa (2011),
Verdades Secretas
(2015) e seu último trabalho na tv, a Dra. Petra de O Tempo Não Para (2018).
Aos 87 anos, Eva Wilma era uma incansável, ainda no
hospital continuou ensaiando a peça “Casos e Canções”
que ela iniciou antes da Pandemia e esperava voltar aos palcos. Na peça cantava várias canções que marcaram sua
carreira ao lado do filho mais velho, John Herbert.
É uma perda sem precedentes para a arte em todas as suas modalidades,
e para a história da tv, que ver sua grande estrela agora literalmente brilhar
no céu.
Saudades Eva Wilma!
Veja Também :
Meus Persoangens Favoritos da Eva Wilma
Novelas Inesquecíveis - A Barba Azul (1974)
Aberturas Inesquecíveis - A Indomada (1997)
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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