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10 Novelas das Seis que o Viva ainda está nos Devendo

 


        E com o anúncio de que Bambolê (1987), clássico do horário das seis da Globo vai voltar  em reprise pelo Canal Viva em novembro agora, será a terceira novela do horário das seis a ser reprisada nesse horário no canal   - Amor com Amor se Paga (1984) e Pão-Pão, Beijo-Beijo (1983), atualmente em reprise.

        Se a intenção do Viva é continuar explorando o Horário da Seis, títulos que o Canal ainda nos deve  não faltam, e neste post eu cito 10 que eu pretendo ver logo, logo !

        Por Favor Viva , nunca te pedi nada !

       

1 – EscravaIsaura (1976)



        Um dos primeiros fenômenos da teledramaturgia nacional.  Com certeza nem Gilberto Braga , Lucélia Santos ou   Rubens de Falco imaginaram que a história da escrava branca fosse se tornar esse fenômeno dentro da teledramaturgia brasileira, sendo capaz de parar até guerras nos países em que foi exibida.

         A novela é campeã de reprises na Globo. Foram 5 exibições. A Original em 1976, no ano seguinte no horário das 13:30h,  depois compactada em 30  capitulos em 1980, dentro do TV MULHER pelas manhãs  a partir de 1982;  no especial Festival 25 anos em 1990, e ainda só para o distrito federal em 1985,  no horário em que o resto do país assistia o horário eleitoral gratuito.

        Porém é uma trama tão boa, tão emblemática que mais uma reprise da mesma seria muito bem-vinda.

 

2 – Dona Xepa  (1977)



         A trama foi adaptada por Gilberto Braga que já vinha de outras adaptações de sucessos  no horário, como Helena (1975), Senhora (1975) e o fenômeno Escrava Isaura (1976). O sucesso de Dona Xepa abriu as portas do horário nobre para o autor, que no ano seguinte assinou  uma das principais novelas  da história da  teledramaturgia nacional, a inesquecível Dancin´Days (1977).

         A Globo teve uma preocupação principal  com o núcleo pobre da trama, na sua maior parte formado pelos feirantes amigos da Xepa. A Emissora fez uma minuciosa pesquisa sobre o dia a dia dos feirantes  e as tradições que envolvem as feiras livres.

        Yara Cortes se consagrou vivendo com maestria a feirante forte e apaixonante. Protagonizou cenas antológicas, tanto no drama como no humor.

         A peça de Pedro Bloch  que deu origem a Dona Xepa,  teve depois  mais  duas  outras adaptações. Em 1990, o próprio Gilberto Braga colaborou com Ana Maria Moretzsohn que escreveu Lua Cheia de Amor como um remake da sua trama de 1977. Marília Pera deu vida a camelô Genu, que correspondia a Xepa dessa versão. Em 2013, Gustavo Reiz escreveu mais um remake para a trama. Na Record a Dona Xepa foi interpretada por Ângela Leal.

          Dona Xepa foi a primeira novela a ser reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo. Antes  já haviam reprises, mas ainda sem a sessão batizada como  é  até hoje.  A reprise  foi ao ar em 05 de maio de 1980, quase 2 anos depois da  original.

 

3 A Sucessora  (1978)

       



        Uma impecável e detalhista reconstituição dos anos 20 e um show em cena de Suzana Vieira, a protagonista e Nathália Timberg sua antagonista, foram  os  pontos fortes de 
A Sucessoraadaptação do romance homônimo de Carolina Nabuco  por Manoel Carlos.

        Os diálogos, brigas e embates de Marina e Juliana,  foram o maior destaque da trama. As duas atrizes viveram grandes momentos na trama  Não assisti a trama , na época, mas acompanhando pela internet, dá um orgulho vê-la na pele da personagem, que começa como uma camponesa simples e passa por uma via cruzes na trama até se tornar no final da novela a atual senhora Stein selando a união com um filho.

        Arlete Salles também teve um grande destaque com sua personagem  Germana . Uma mulher muito a frente do seu tempo ela mantinha um relacionamento com um homem mais jovem vivido pelo ator Kadu Moliterno , e inclusive o sustentava.

        A novela já foi reprisada uma única vez no Vale a Pena Ver de Novo e acompanha-la na integra no Viva seria um grande presente.


4 – Voltei praVocê (1983)



           Em 1983, Benedito Ruy Barbosa , já consagrado como grande autor do horário das seis com sucessos como Cabocla (1979) e Paraíso (1982), nos apresentou a trama de Voltei pra Você, que tinha como principal atrativo seis personagens revividos de Meu Pedacinho de Chão (1971), outra trama de sucesso dele  da década de 70, apresentada simultaneamente pela Globo e a Tv Educativa.

         Os personagens eram: Pituca (Cristina Mullins), Serelepe (Paulo Castelli), Coronel Epaminondas (Castro Gonzaga), Padre Santos (Percy Aires), Zelão (Nelson Xavier) e Tuim (Cosme dos Santos). Castro Gonzaga e Percy Aires reviveram em Voltei Pra Você os mesmos personagens que interpretaram em 1971, O Coronel Epaminondas e Padre Santos , respectivamente. Na trama de 1971, Zelão foi vivido por Maurício do Valle,  e Patrícia Aires e Aires Pinto  deram vida a Pituca e Serelepe.

        A Abertura da novela popularizou o Tenis Kids, que virou moda na época. No vídeo eram mostradas as pernas de um homem e uma mulher calçados com o tênis   passeando pelas ruas históricas de São João Del Rey.

        Cristina Mullins no auge do sua beleza,  voltava a viver outra personagem do Benedito na trama, depois do grande sucesso da Santinha de Paraíso (1982).

        A novela tinha uma boa proposta, mais acabou se perdendo em seu decorrer e deixou muito a desejar tomando como base as  tramas anteriores do autor.  Claro que uma reprise de Voltei Pra Você seria muito bem vinda no Canal Viva,  quem sabe seria a chance da trama, que  vista sob o contexto de reprise   talvez fosse   melhor recebida.  O fato da “encomenda”  feita para divulgar a cidade turista de São João Del Rey e a temática em meio à discussões sobre posses de terras,  talvez  tenham descaracterizado o folhetim rural e interiorano que o Benedito sabe pincelar como poucos.

        Voltei pra Você , apesar de ser a cara do Vale a Pena Ver de Novo, nunca foi reprisada.

 

5 – Livre paraVoar (1984)



         Livre para Voar foi mais uma novela de sucesso no currículo do Walther Negrão,  que conquistou o público pela simplicidade  e as belas locações de Poços de Caldas .

        Livre para Voar  tem todos os ingredientes  constantes nas tramas do Walther Negrão. Elias Gleiser, marcado por vários personagens que viveu do autor,  estreou na Globo  como o maquinista Pedrão. O personagem foi uma homenagem do autor a seu pai, que também foi maquinista.

Tal qual  aconteceu em O Primeiro Amor (1972) com Shazan e Xerife  (Paulo José e Flávio Migliaccio) e  com Ciro  e Soró (Cláudio Marzo e Arnoud Rodrigues) em Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), o autor criou mais uma dupla que conquistou o coração do telespectador infantil.  A relação paternal e fraternal entre Pardal (Tony Ramos) e Gibí (Fernando Almeida) foi um dos pontos fortes e emocionantes da novela. O saudoso Fernando Almeida estreou em Livre para Voar e logo se transformou num menino prodígio depois do sucesso do personagem.

Em seu conjunto da obra Livre para Voar foi um sucesso. O Pardal do Tony Ramos é um dos personagens mais lembrados feito pelo ator, apesar de ser uma trama das seis.  O Apelido Pardal, abreviatura do verdadeiro nome do personagem, Paulo Alberto Ramos de Almeida Lima, fixou na memória do telespectador e por anos vários colegas e amigos foram apelidados assim também.

O Clima bucólico foi  o diferencial em Livre para Voar. A Cada cena  nas  locações da cidade, parecia que estava na calçada da casa  da minha cidade, que também é de um interior do Brasil, mostrando ainda mais a proximidade da genialidade inventiva do autor com a nossa realidade.

        Muito bom relembrar a novela, e fica mais uma ótima opção de reprise para o Canal Viva.

 

6 – Direito de Amar (1987)



        Um grande sucesso do Walther Negrão inspirado numa rádio novela da Janete Clair.

        Feliz 1901, 1902, 1903 , 1904 ...” com esta frase era selado o amor de Rasália  (Glória Pires) e Adriano (Lauro Corona) , casal que se encontrou na festa de réveillon de passagem para o novo milênio na novela  Direito de Amar.

        Um grande sucesso do horário das seis dos saudosos anos 80 (Os melhores em se tratando de teledramaturgia) que consagrou Glória Pires no papel da protagonista. A personagem de uma jovem menina do início do século cheia de ilusões e romantismo se transforma em uma mulher decidida , ao descobrir que já  é casada com um homem bem mais velho  e o mais terrível da cidade, se vendo obrigada a lutar por sua “liberdade” de amar.  Inesquecível a cena em que Rosália depois de casar-se com Montserrat ainda na igreja  abandona o altar ,  dizendo ter se emancipado e agora manda em sua vida. A Rosália teve uma grande importância na carreira da atriz que logo depois     estreou como protagonista no horário nobre na novela Vale Tudo (1988)  , vivendo a grande Vilã Maria de Fátima.

         O Saudoso Lauro Corona,  que viveu  o galã Adriano , segurou o personagem com maestria. Além de em boa parte da trama ter sido preterido ao grande vilão para ficar com o coração Rosália, o personagem passou por várias revelações bombásticas.  Depois de apaixonado por Rosália descobre que ela é casada com seu pai,  descobre que seu pai pode ser o responsável pela morte da mãe, descobrindo depois que a mesma está viva,  é Joana, sua tia desiquilibrada que mora na mansão e por final ainda fica sabendo que não é filho de Montserrat e sim de um relacionamento de sua mãe com seu grande amigo Ramos (Carlos Zara).

         Mas quem  foi feliz mesmo na trama foi Carlos Vereza,  que  fez do seu Senhor de Montserrat   um dos seus melhores  momentos na TV, se não o melhor. O Ator deu um ar tão sedutor ao personagem , que o público feminino torceu para que Rosália o perdoasse e eles finalmente se entendesse.

        Direito de Amar teve várias cenas  inesquecíveis : 

·        A Festa do réveillon de virada do século

·        O Casamento de Rosália e Montserrat

·        As  crises de Joana enclausurada em um dos quartos da mansão

·        E  duelo final entre Montserrat e Ramos

 

Um leque perfeito composto por um bom folhetim , aliados a uma direção e reconstituição de época impecáveis e um elenco bem escalado, fez de Direito de Amar essa novela inesquecível e que já merece um reprise imediata.

 

7 – Vida Nova (1988)



        Em Vida Nova (1988), trama até então nunca reprisada,   Benedito Ruy Barbosa teceu  uma rede de relacionamentos entre imigrantes, principalmente italianos, contando a saga da imigração até os anos 40.

        A Trama de Vida Nova se inicia exatamente nos anos 40, e é  uma espécie de continuação de Os Imigrantes (1981-1982), trama que o Benedito Ruy Barbosa escreveu na Rede Bandeirantes marcada pelo sucesso. O Autor deixara a trama exatamente na segunda fase no início dos anos 40. Porém a Rede Bandeirantes contratou novos autores (Renata Palottinni e Wilson Aguiar Filho) que escreveram Os Imigrantes – Terceira Geração.

        Vida Nova teve um lançamento forte e promissor mesmo para uma trama do horário das seis e uma brilhante reconstituição de época da São Paulo dos anos 40. Ao redor de um grupo de personagens,  em sua maioria imigrantes,  centralizados em um cortiço, foi traçado um perfil do desenvolvimento da cidade que se preparava para ser a grande metrópole brasileira. Tudo isso regado a muito folhetim. 

        Grandes interpretações marcaram a trama. Destaque para Yoná Magalhães em mais uma bela e sensual personagem. A atriz deu a Lalá todo o glamour e sobriedade que a ex-prostituta pedia, foi sem dúvidas um dos seus melhores momentos na tv. Nívea Maria com a exuberante Gema apresentou uma italiana crível numa interpretação visceral e sanguínea.

        Infelizmente Vida Nova ficou marcada por um episódio triste. Lauro Corona que  interpretou o português Manoel Vitor, por motivos de doença teve  que se afastar da novela. Ele veio a falecer em julho de 1989, após o término da novela vítima de problemas decorrentes da AIDS. A última aparição dele em cena foi marcante e emocionou equipe e telespectador. Na trama, Manoel Vitor partiu de volta para Portugal, em um carro escuro, noite de chuva, ao som de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo ator.

        Uma novela que tal qual Os Imigrantes mostrava todo o potencial do Benedito em escrever sobre imigração e suas vertentes. Depois de Vida Nova, Benedito se mudou para a Rede Manchete e ganhou status de autor de primeira linha com o sucesso de Pantanal (1990). De volta a Globo se dedicou as tramas mais regionais como Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), que apesar de terem  alguns núcleos de imigrantes, o autor só voltou a mergulhar nesse campo de imigração mesmo com Terra Nostra (1999), a novela que se transformou em fenômeno falando da importância da imigração para a formação da sociedade brasileira.

 

8 – O Sexo dos Anjos (1989)



        O Sexo dos Anjos, novela da Ivani Ribeiro, com a história do amor que vence a morte, também é outra trama das seis nunca reprisada.  

        Diana, o Anjo da Morte (Bia Seidl), designa um emissário (Felipe Camargo) para buscar Isabela (Isabela Garcia) na Terra. Ao conhecê-la, no entanto, ele se encanta pela moça e reluta em levá-la, achando mais justo que a irmã de Isabela, Ruth (Sílvia Buarque), morra. Cruel e ciumenta, Ruth rejeita o irmão surdo-mudo Tomás (Marcos Frota) e atribui ao rapaz a causa de todos os seus problemas.

        Essa era a trama principal de O Sexo dos Anjos , versão atualizada de um grande sucesso de Ivani Ribeiro  na extinta TV Excelsior em 1968,  O Terceiro Pecado.

        Lembro-me que a trama apesar de ter esse tema forte, a morte que vinha buscar Isabela, e tendo a própria personificada  na figura da personagem de Bia Seidl  era bem leve e interessante. Ivani mais uma vez escrevia sobre um tema que ela tanto gostava, que falava de vida após a morte e vidas passadas tal qual ela fizera em  A Viagem (1976)  e O Profeta (1978) ambas na TUPI. O Tema sempre foi tratado pela escritora  de uma maneira responsável mais tudo muito solar evitando o ar sombrio que  poderia ter  em si falando da morte.

        No elenco vários destaques  :  Isabela Garcia  que deu um show vivendo a frágil e sonhadora Isabela, se desvencilhando da imagem da irresponsável Ana de Bebê a Bordo , vivida por ela um ano antes. Silvia Buarque  na pele da irmã má abusou desse direito, e foi capaz das  mais adversas atitudes principalmente contra a própria família tendo como seu principal alvo o irmão surdo –mudo Tomás, outro grande momento do Marcos Frota na Tv.

         O Sexo dos Anjos também trouxe como uma de suas  estrelas a atriz Norma Bengell , famosa no cinema brasileiro mais que teve poucas participações em novelas . Na trama ela fazia a viúva possessiva Vera , que sufocava o fraco e dependente filho Zé Paulo ( O Saudoso Irving São Paulo).

        Nunca entendi a NÃO reprise de O Sexo dos Anjos. A trama é uma daquelas a cara do horário vespertino. Agora a esperança  e vê-la no Viva.

 

9 – Salomé (1991)



        Brasil, aí Salomé”

 Esta frase nunca saiu da minha memória desde 1991, quando  Patrícia Pillar no auge da sua beleza e incrivelmente loura  blonde  anunciou na trama da novela Salomé, quando foi obrigada pela mãe e pelo padrasto, sua volta ao  pais natal, depois de escandalizar a Paris dos anos 30 com uma dança dos véus sensualíssima. A cena é a  única na história da teledramaturgia   onde pudemos conferir a  “quase nudez”  da atriz.

Salomé,  primeira novela  do autor Sérgio Marques, baseada no romance homônimo de Menotti Del Picchia, foi ao ar em 1991, já com todos os seus capítulos gravados.

        A novela é uma das minhas preferidas, e tenho em minha memória muitos bons momentos da trama. A Bela reconstituição de época,  cenários e figurinos  dos anos 30 também saltavam a tela. Tratada como grande produção,  Salomé é um dos clássicos do horário das seis dos anos 90.

        Salomé   é outra novela até então nunca  reprisada no Vale a Pena Ver de Novo (nunca entendi o porquê) , mas é uma ótima sugestão de reprise para o Canal Viva.

 

 

10 – Força deUm Desejo (1999)



        Em 1999, a Globo resolveu apresentar no horário das seis uma trama de época com o intuito de alavancar a audiência do canal derrubada  pelo remake de Pecado Capital (1998), da GlóriaPerez,  Salomé de 1991,  havia sido a última. Assim Gilberto Braga desenvolveu uma sinopse do Alcides Nogueira e apresentou o literal novelão Força de Um Desejo. 

        A novela teve inacreditáveis 226 capítulos, numa época em que as novelas já começavam a ser mais condensadas, e apesar de não ter sido um grande sucesso, mesmo merecendo, Força de Um Desejo não foi o fracasso que muitos fazem questão de dizer. A trama  foi muito esticada,  mas nem por isso perdeu seu dinamismo  e manteve o interesse a cada novo gancho e capítulo.

        No elenco vários destaques como a trinca  de sucessos do autor Malu Mader / Fábio Assumpção / Claudia Abreu. Que voltariam a se juntar em 2003 na trama de Celebridade, também do autor.   Malu Mader ganhou e foi indicada a vários prêmios de melhor atriz graças a impecável atuação como a Cortesã Ester Delamare.

        Paulo Betti  na pele do vilão Higino Ventura apresentou um trabalho impecável. Sua relação senhor-escrava com Olívia, a personagem da Cláudia Abreu, chamava atenção pelos vários entrechos que deu vasão a relação entre eles. Apesar de ser uma escrava fugida, e passar por vários maus tratos, Olívia não se prendeu ao estigma da escrava protagonista sofredora.  Ambos os personagens eram dúbios, Olívia  era trapaceira e de caráter duvidoso, enquanto Higino mostrava momentos de sensibilidade e amor por ela.

        Nathália Timberg deu um show na pele da grande vilã da trama,  Idalina.  Isabel Fillardis, que viveu a inesquecível Luzia na trama, viu seu papel de Clarice em Suave Veneno (1999) ser dado  à Patrícia França. Sorte da atriz. A Clarice morreu no meio da trama do Aguinaldo Silva, enquanto a Luzia de Força de Um Desejo  é até então uma das suas personagens de maior destaque.

        Outros destaques do elenco: Lavínia Vlasak (Alice), Louise Cardoso (Guiomar), Daniel Dantas (Bartolomeu), Selton Mello (Aberlardo), Júlia Feldens (Juliana),  Otávio Augusto (Dr. Enrico Navarro), DiraPaes (Palmira), Marcelo Serrado (Dr. Mariano Xavier)  entre outros.  

        A trama trouxe de volta ao Brasil Sônia Braga, que fez os primeiros capítulos de Força de Um Desejo, na pele da Baronesa Sobral. A última novela do atriz no Brasil havia sido à 19 anos, a  trama de Chega Mais (1980), quando resolveu ir embora para tentar a carreira nos Estados Unidos.

Curiosamente Força de Um Desejo foi um fenômeno de audiência e crítica nos países em que foi apresentada como Portugal, Itália, Rússia entre outros.

Como uma trama do Gilberto Braga, sem um “Quem Matou?” não é do Gilberto, Força de  Um Desejo também teve o seu. O Barão Sobral , personagem do Reginaldo Faria é assassinado durante uma festa em sua casa no mesmo dia em que Inácio e Ester resolvem fugir para viverem juntos, se tornando assim os principais  suspeitos pelo assassinato. Os entrechos e a revelação do assassino do Barão foi um dos mais criativos da história da teledramaturgia na minha singela opinião. O Autor buscou explicações de acontecimentos desde  o primeiro capítulo, como a morte/assassinato da Baronesa Sobral (Sônia Braga) até chegar a identidade desde no  último capítulo.

Quando foi escolhida para ser reapresentada no horário do Vale a Pena Ver de Novo,  em 2005,  foi uma surpresa, visto que a trama não foi considerada um grande sucesso de público. Porém sua reprise foi muito satisfatória dando mais pontos de audiência que tramas de  sucesso, como Terra Nostra (1999), e em alguns capítulos deu mais audiência que a trama inédita do horário das sete apresentada na época, Bang Bang (2006). A trama foi a primeira a ser apresentada na sessão vespertina com o recurso de closed caption – Sistema de legendas que permite aos deficientes auditivos acompanharem o que  está sendo dito no programa.

A imprensa já divulgou que a trama  é a mais cotada para ser pode ser a substituta de Alma Gêmea (2005)  no  Viva. Assim espero!

 

Veja Também:

Bambolê Internacional (1986)


Escrava Isaura (1976)


Fonte:

Texto  :Evaldiano de Sousa

 

Comentários

  1. FORÇA DE UM DESEJO foi anunciada hoje como a sucessora de ALMA GÊMEA.

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Remake de “Pecado Capital” entra para a Globoplay nesta segunda

          Remake da clássica novela da Janete Clair , Pecado Capital (1998), reescrito pela Glória   Perez, entra a partir desta segunda (06.05), para a Globoplay pelo projeto   Resgate .         Protagonizada por Francisco Cuoco , Eduardo Moscovis e Carolina Ferraz, o remake não atingiu nem de   longe o êxito da sua original, e até então nunca foi reprisada.         Relembre a trama: Motorista de táxi, José Carlos Moreno, o Carlão   (Eduardo Moscovis), noivo da bela operária Lucinha(Carolina Ferraz), se vê diante de um dilema ético ao deparar com o dinheiro de um assalto que fora esquecido em uma mala em seu carro. A princípio, ele guarda o dinheiro, mas não resiste em usá-lo quando o pai, Raimundo (Roberto Bomfim), tem seus problemas de saúde agravados. Movido pela ambição, Carlão acaba se apossando da fortuna: abre sua própria frota de táxis e ascende socialmente. A ascensão social de Carlão acompanha o fim de sua relação com Lucinha, que, contra a vontade dele, torno

Uma Saudade - Elias Gleiser (1934 / 2015)

O Sr. Manel de “ Direito de Amar ”   e o   Frei José   de “ Sinha Moça ” ambas em reprise no Viva         Que saudades do nosso eterno   Bonachão! Elias Gleiser nos deixou há quase 10 anos, e cada nova trama   com a participação   dele que volta em reprise não tem como não se emocionar com   sua interpretação e quase incorporação do personagem.         Atualmente ele pode ser visto em 2 reprises   do Canal Viva - O Sr. Manel em Direito de Amar (1986)   e o   Frei José   de Sinhá Moça (2006).             O Ator tem um currículo recheado por mais de 50 personagens  em novelas minisséries e especiais, e os tipos bonachões sempre foram a característica principal de muito deles, assim com os    avôs de sangue ou postiços em várias novelas.               Tenho ótimas    lembranças do ator  em personagens que marcaram minha infância como  o Pedrão de Livre para Voar (1984),   o Donato Orsini de  Fera Radical  (1988) ambas     do  Walther Negrão ; O Jairo de  Tieta   (1989) do  Agu