O que dizer de um ator que com pouco
mais de 14 anos de carreira na Tv ,
contando com sua primeira aparição nas novelas com um personagem maior, na
novela Chiquititas em 2000 no SBT, e que já tem status de grande
astro com sucesso junto ao grande público e aos críticos.
Bruno
Gagliasso vem fazendo uma carreira linear crescendo a cada personagem e
mostrando uma nova faceta do seu talento. Aliás, o ator
é um expert em viver tipos diferentes, personagens complexos que ele faz
com uma maestria dos grandes.
Na semana passada ele voltou a tv no
seriado Dupla Identidade, depois
da autora ter ganho a preferência do rapaz que era disputado pelos autores de Império e Alto Astral (Próxima trama das sete). Antes mesmo da estreia do seriado o ator foi anunciado como escalado
para Babilônia, próxima novela das nove de autoria do Gilberto
Braga.
A Preferência por Dupla
Identidade conforme
entrevista do ator, foi exatamente pela complexidade que o personagem pede. Um psicopata escondido
num corpo de um homem normal. E pelo
primeiro episódio, com certeza vem aí mais um sucesso pro currículo desse Tarcísio Meira dos anos 2000.
Claro que os personagens do ator que
mais gostei são exatamente aqueles que se destacaram pela complexidade.
Personagens que pediam um diferencial que só o Gagliasso saberia imprimir.
Inácio de Celebridade (2003)
O Inácio foi o primeiro personagem do Bruno Gagliasso a chamar minha atenção.
O Ator dava indícios de deixar de ser o
galãzinho teen e começava a mostrar que
era bem mais que um rosto bonito. Na
trama do autor Gilberto Braga, o
ator deu vida ao complicado personagem que sofria com a rejeição da própria mãe
que o acusava da morte de seu irmão em um acidente. A Crítica começava se
render ao talento do rapaz e glorificou o Inácio.
Junior de América (2005)
com Eron Cordeiro |
Em 2005, Bruno Gagliasso quase protagonizou o primeiro beijo gay da história
da teledramaturgia. O Júnior, personagem que o ator viveu na trama de América da autora Glória Perez, era homossexual e se envolvia com um dos empregados
da fazenda da mãe, personagem vivido pelo ator Eron Cordeiro. O Romance dos dois foi velado e o beijo que
inclusive foi gravado acabou não indo para o ar. Mas vale destacar o sensível
trabalho feito pelo Bruno na interpretação do personagem deixando o Júnior numa
linha tênue entre o real e o caricato.
Ricardo de Sinhá Moça (2006)
com a Isis Valverde |
Em 2006, Bruno Gagliasso ganhou o papel de Ricardo no remake da novela Sinhá Moça, do autor Benedito
Ruy Barbosa. O personagem conquistou
o público com a pegada cômica e as confusões amorosas em que se metia. Primeiro
foi um dos pretendentes da Ana do Véu (Ísis Valverde), e depois caiu de amores
pela Baronesa Cândida (Patricia Pillar) a esposa do vilão Barão de Araruna
(Osmar Prado).
Ivan de Paraíso
Tropical (2007)
O Ivan de Paraíso Tropical foi outro personagem marcante do Gagliasso.
Mesmo fazendo o irmão do grande vilão da
trama, o Olavo, vivido pelo Wagner Moura, que aliás foi o grande destaque da
trama do Gilberto Braga, o Ivan
também teve seus bons momentos e até
ganhou um lugar na trama central ao se envolver com a gêmea má
Tais (Alessandra Negrini).
Berilo de Passione (2010)
Com Gabriela Duarte e Leandra Leal |
Bruno
Gagliasso provou por a + b na trama de Passione que também estava pronto pra viver personagens
cômicos na tv. O Berilo de Passione, do autor Silvio
de Abreu, em parceria com Leandra
Leal e Gabriela Duarte foi o ponto forte da novela. As peripécias do safado
para fazer com que as suas duas mulheres não se encontrassem eram hilárias.
Muito bom ver um ator tão bom no drama e na comédia como o Bruno.
Timóteo Cabral de Cordel
Encantado (2011)
Mesmo já com um currículo invejável, foi
apenas em 2011 que Bruno Gagliasso
ganhou o seu primeiro antagonista oficial, o vilão Timóteo Cabral de Cordel
Encantado, trama das autoras Duca Rachid e Thelma Guedes. O
Personagem ganhou vida própria dentro da trama e centralizou todos os acontecimentos na eterna luta entre o bem e o mal com
Jesuíno, vivido pelo Cauã Reymond,
que era o verdadeiro protagonista da novela. Inclusive a imprensa divulgou
várias notinhas sobre supostos desentendimento entre os atores, que claro a Globo e os próprios desmentiram tudo.
Mas ficou claríssimo que o Gagliasso
apagou o Cauã em cena. Tudo bem, o
Jesuíno como protagonista foi sucesso também, mas muito aquém do vilão vivido
pelo Bruno.
Tarso Cadore de Caminho das Índias
(2009)
Acho que um ator nunca se entregou tanto
a um personagem como o Gagliasso fez com o Tarso Cadore de Caminho das
Índias, da autora Glória Perez. Na época do lançamento da trama , a autora citou em entrevistas
que os esquizofrênicos eram os intocáveis brasileiros, comparando-os as divisões por casta da Índia, locação da
trama. O personagem que era um jovem de
classe média alta começava a trama perfeitamente sã, mas ia dando sinais da
doença no decorrer dos capítulos. Bruno Gagliasso foi irrepreensível vivendo
o personagem e foi bombardeado com críticas positivas. Era a primeira vez que a esquizofrenia era
tratada de maneira tão clara em uma novela prestando um serviço social de preço incalculável.
Fonte :
Texto
:Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: wikipedia.com , memóriaglobo.com
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