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Meus Personagens Favoritos do Marco Nanini



        Na semana passada o Brasil teve que se despedir do Seu Lineu, personagem que o Marco Nanini interpretou por quatorze anos no seriado A Grande Família.

        O elogiadíssimo seriado encerrou as atividades depois de quatorze anos, e ter marcado para sempre a vida dos brasileiros e o currículo dos artistas que interpretaram os inesquecíveis, Nenê (Marieta Severo),   Turco (Lúcio Mauro Filho), Bebel (Guta Strasser), Gustinho (Pedro Cardoso) e tantos outros que passaram pelo seriado em todas as temporadas.

        Marco Nanini que já vinha de uma carreira  conceituada e premiada na Tv, teatro e Cinema, e que além de ator, é humorista, diretor de teatro, dramaturgo e produtor musical, viu o  Lineu dar um novo “up” em sua carreira e com certeza vai ser difícil esquecê-lo.

        O post de hoje  vai homenagear o seriado  e esse grande ator que nos acostumamos a ter todas as quintas-feiras em nossas casas.


Julinho de O Cafona (1971)
O cafona


        Marco Nanini estreou na Tv  em alguns programas da  Cultura, mas foi em 1971 que ele ganhou seu primeiro papel em novelas.   Na Trama de O Cafona, do autor Bráulio Pedroso, Marco Nanini deu vida ao personagem Julinho, uma espécie de caricatura do diretor Júlio Bressane, do filme  Matou a Família e foi ao Cinema, de 1967. Nanini, junto com Osmar Prado e Carlos Vereza que viviam personagens inspirados em Cacá Diegues e Rogério Sgancerla, foram responsáveis por  grandes cenas cômicas na trama.



Mosca e a Florisbela Freire de Um Sonho a Mais (1985)
Um sonho a mais

Nanini com Antonio Pedro e Ney Latorraca 

        Em 1985, Marco Nanini ao lado do seu parceiro de anos, Ney Latorraca, estrelou a novela Um Sonho a Mais, do autor Daniel Más. A Novela foi a primeira a apresentar personagens masculinos travestidos de mulher, e Nanini foi espetacular na pele de Florisbela Freire, personagem que o Mosca fingia ser. Foi depois dessa parceria na trama que a dupla Nanini e Latorraca estrelou a peça O Mistério de Irmã Vap. A Peça é a  que ficou mais tempo em cartaz  na história do teatro brasileiro.


Teodoro de Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998)
Dona Flor e seus dois maridos

com Giulia Gam e Edson Celulari 

        Em 1998, Dias Gomes  adaptou para a Tv  o romance Dona Flor e Seus Dois Maridos, do autor Jorge Amado. Coube ao Marco Nanini o personagem Teodoro, um dos maridos de Dona Flor (Giulia Gam). Tal qual no filme, o Teodoro era apenas um mero coadjuvante para a história de amor de Flor e Vadinho (Edson Celulari), porém a magnitude do Marco Nanini é tamanha que ele conseguiu dar uma importância maior ao personagem na minissérie.


Odorico Paraguaçu de O Bem Amado (2011)



        Em 2011 coube a Marco Nanini reviver o Odorico Paraguaçu, personagem imortalizado por Paulo Gracindo na novela O Bem Amado de 1973, e no seriado de mesmo nome que ficou no ar entre 1980 a 1984. A Minissérie que a Globo apresentou em 2011,  na verdade era o filme sob roteiro de Guel Arraes e Claúdio Paiva. Nanini que já havia feito o personagem no teatro aceitou o desafio e imprimiu seu jeito ao personagem. Nós telespectadores  fomos presenteados com um novo Odorico.



Lineu de A Grande Família (2001 – 2014)



        Viver um personagem por 14 anos sem deixa-lo cair na mesmice e se renovar sempre é para poucos. Nanini recebeu esse presente em 2001 quando aceitou fazer o Lineu na nova versão de A Grande Família que encerrou sua produção na semana passada. Lineu era veterinário, marido dedicado da Dona Nenê (Marieta Severo) e o pai dessa grande família, que rendeu histórias inimagináveis. O Personagem levantou várias bandeiras, pegando carona na temática do programa que sempre usava um assunto em “voga” na sociedade  em tom de crítica ou merchandising social  para alertar  os telespectadores. O Personagem é imortal e vai ser difícil aparecer outro Lineu em seu currículo.  Foi quatorze anos dando o seu melhor para o seriado e foi mais do que merecido o término da minissérie ainda no auge do seu sucesso.


       
Montenegro de Brega e Chique (1987)
Brega e chique

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        Claro que desde A Grande Família é impossível não citar o Lineu como o melhor personagem do Marco Nanini, porém eu não posso esquecer o Montenegro de Brega e Chique , novela do autor Cassiano Gabus Mendes. Mais uma vez, Nanini transformava um personagem em fenômeno ao lado de uma grande parceira. Na trama, a sortuda da vez  foi Marília Pera, que deu vida a Rafaela Alvaray, a eterna paixão de Montenegro. A Dupla tomou  a novela de assalto com cenas impecáveis e impagáveis, as melhores  da novela. O sucesso foi tão grande que Glória Menezes acabou sendo apagada dentro da trama.   A novela foi ao ar em 1987, e antes do Lineu, o Montenegro sem dúvidas  foi o melhor momento do Nanini na Tv.

Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa


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