Com foco na busca pelo poder, Dupla
Identidade estreia mostrando um novo lado do trabalho de Glória Perez. Sem novas culturas, ou viagens
mirabolantes, o seriado vai tentar
mostrar a psicologia de um psicopata, um homem que em nome do poder é capaz de
fazer tudo, pelo simples fato de se sentir dono da situação.
As primeiras cenas do episódio foram chocantes na medida certa. Sem abusar de sangue, a violência
cometida contra as mulheres foi retratada em close.
O Primeiro episódio terminou com um
gancho para o próximo, e segundo a própria autora em entrevistas antes da
estreia, os 13 episódios foram concebidos assim, ou seja, não tem como não
querer ver o próximo.
Mas sem sombra de dúvidas , Dupla
Identidade vai
coroar de vez a carreira de Bruno
Gagliasso, que vive o serial killer Edu. O Primeiro episódio foi dele. Mas uma
vez a entrega do ator a um personagem complexo vai lhe garantir o sucesso. Com
riqueza de detalhes da personalidade e caracterização do Edu, Bruno Gagliasso chegou a amedrontar com
seu olhar de fera encerrando o episódio de estreia.
No elenco vale destacar também Luana Piovanni e Marcelo Novaes, que vivem os policiais encarregados na investigação
dos assassinatos. Aliás, a Luana
Piovanni nasceu para fazer personagens sérios.
Espero que Dupla Identidade não perca o
fôlego no decorrer dos episódios, com aconteceu com O Caçador, que prometeu
muito, mas decepcionou nos episódios
seguintes.
Sou fã incondicional desse tipo de
seriado, que é nitidamente inspirado nas séries americanas. Dupla
Identidade me fez relembrar do Arquivo X, seriado americano no ar na década de
90, que tinha como protagonistas dois policiais que a cada episódio caçavam um
novo serial killer. Se Dupla Identidade não perder sua “identidade” até o final, com certeza será um dos melhores produtos
apresentados este ano.
Fonte
:
Texto
: Evaldiano de Sousa
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