Êta Mundo Bom,
trama das seis do Walcyr Carrasco
está chegando a sua reta final
colecionando recordes de audiência. A trama já alcançou a marca de 42
pontos, marca atingida pela última vez em 2007 no último capítulo de O Profeta,
remake da trama de Ivani Ribeiro,
que teve supervisão do Walcyr.
Mas independente
de números do IBOPE, a trama das
seis conquistou um público cativo que não ficou com vergonha de dizer que
voltou a assistir novela ao se identificar com a beleza do texto da trama. O
Engraçado é que Êta
Mundo Bom é apenas mais um pouco de
tudo que o Walcyr já havia apresentado com maestria no horário das seis em
tramas como O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com
Pimenta (2003) e Alma Gêmea (2005).
Porém Êta Mundo Bom vai deixar como marca registrada seus grandes
personagens interpretados com maestria por atores que deram de tudo para que a trama
vingasse.
Escolhi
10 personagens que foram a alma da trama
para homenagear Êta
Mundo Bom:
Candinho do
Sérgio Guizé
A
trama de Êta
Mundo Bom se divide nitidamente em
dois mundos: Os personagens matutos e os
personagens da cidade grande. Entre os
matutos o Candinho, protagonista da trama vivido pelo Sérgio Guizé é sem dúvidas o mais crível apresentado na novela.
Desde o início, logo em suas primeiras cenas o ator entrou de tal forma no
personagem que chega ser impossível imaginar que o Candinho não exista
realmente. O Ator não fica devendo em nada ao Mazaroppi que imortalizou o personagem do filósofo Francês Voltaire nos cinemas, e que também inspirou a trama do Walcyr. Nem
mesmo o fato do Candinho ter ficado sem sua grande parceira em cena, visto que
a Debora Nascimento não conseguiu se
firmar como protagonista e par romântico, abalou o sucesso e a credibilidade do
personagem.
Pancrácio e Pandolfo do Marco Nanini
O Marco Nanini tinha um trabalho difícil
em Êta Mundo Bom.
Depois de 13 anos vivendo um só personagem (O Lineu de A Grande Família), ganhou os gêmeos
e um leque de personagens com os disfarces do Pancrácio durante todo o decorrer
da trama. Eu confesso que inicialmente não via futuro naquele trama dos
disfarces que cansaram logo na primeira semana, mas a inserção do irmão gêmeo
Pandolfo, deu um novo fôlego a trama do personagem. E Claro que aplaudo de pé a
atuação do Nanini que sem dúvidas provou, apesar de não ser mais preciso, que está em ótima forma
dramatúrgica e que ainda tem muito o que mostrar.
Sandra da Flávia Alessandra
Logo
que a Flávia Alessandra foi
anunciada como a vilã da trama e seu visual loura blond divulgado pela imprensa
não faltaram vozes para dizer que a Sandra de Êta Mundo Bom seria nada mais que uma cópia da Regina de Alma Gêmea (2005),
personagem que marcou a carreira da atriz e que também é do autor Walcyr Carrasco. Porém logo vimos que a
Sandra em nada tinha a ver com a Regina, a personagem tem vida e perfil
próprios. Mas sensata do que a Regina, a Sandra é má por puro interesse
financeiro, diferentemente da Regina que era passional ao extremo. Mesmo sem um
comparsa a altura da personagem, O Ernesto vivido pelo Eriberto Leão, não passou de figuração de luxo, a vilã entra para o
hall das grandes vilãs da teledramaturgia nacional consagrando novamente Flávia Alessandra vivendo um vilã do
autor.
Dona Boca de Fumo, digo Cunegundes da Elizabeth Savalla
Outra
atriz que foi muito criticada inicialmente por sua atuação muito, muito acima
do tom foi a Elizabeth Savalla, na
pele da Boca de Fumo, digo Cunegundes. Mas uma atriz do quilate da Elizabeth
sabe como poucas driblar críticas e se
manter digna a um trabalho. Hoje o tom acima da Cunegundes acabou virando a
marca registrada da personagem e lhe deu um charme peculiar, o que lhe
transforma em uma das mais queridas da
novela, mesmo sendo uma espécie de vilã e mulher interesseira.
Maria da
Bianca Bin
O que
seria dos personagens bons de Êta Mundo Bom se
não fosse as investigações da Maria, personagem da Bianca Bin, que desconfia até do ar que respira. Praticamente todos
os planos infalíveis da Sandra foram de água abaixo graças a perícia na arte de
investigar da personagem. Confesso que até cansou ver tanta desconfiança em uma
só personagem. Mas a Bianca Bin é
tão boa atriz que um papel de coadjuvante
era um espaço muito pequeno para o seu talento. A personagem acabou se
transformando em uma das protagonistas do Walcyr e ainda
conquistou o público com sua relação com
Celso, do Rainer Cadete, que
de um inescrupuloso cumplice da Sandra se transformou em um apaixonado e apaixonante personagem.
Mafalda da
Camila Queiroz
Fazer
uma personagem marcante na tv e logo no trabalho seguinte conseguir destaque
são para poucos. Mel Lisboa e Larissa Maciel amargaram papéis sem
expressão depois de Presença de Anita (2001)
e Maysa
(2009), mas felizmente esse estigma não pegou a Camila Queiroz. Depois do sucesso arrebatador da Angel de Verdades Secretas (2015) a atriz
ganhou uma personagem que inicialmente não tinha grandes expectativas,
principalmente se comparada a Angel. Mas o carisma e talento da atriz, somado a
ajuda do “cegonho” que ela teima em conhecer, transformaram a Mafalda em uma
grande e importante personagem dentro de Êta Mundo Bom, isso sem falar na veia cômica que a
Camila mostrou que tem. A Atriz vem provando que tem a trinca perfeita para uma boa atriz:
beleza/talento/versatilidade.
Celso do
Rainer Cadete
Rainer Cadete é outro exemplo de ator
que se não tivesse cuidado poderia ficar preso a um personagem de grande
destaque. Ele tinha acabado de sair do Visky de Verdades Secretas, quando incorporou o almofadinha Celso na trama de Êta Mundo Bom.
Inicialmente o personagem não despertava interesse, mas logo que sua história ganhou um novo entrecho e Celso transforma a implicância que sentia por
Maria (Bianca Bin) em amor, acabou virando o mocinho romântico da trama e mais
um dos pilates da novela contra a vilã
Sandra. Vale ressaltar que não acho que o Rainer
Cadete pegou carona no destaque da personagem da Bianca Bin. Se ele não tivesse o jogo de cintura e o talento necessários para crescer dentro da
trama, de nada adiantaria seu par
romântico crescer, pelo contrário, ele acabaria
apagado pelo brilho da Maria.
Eponina da Rosi Campos
Quem
não gostaria de ter uma tia tão graciosa como Eponina, personagem da Rosi Campos? Outro destaque do núcleo caipira da
trama que na verdade não chega ser uma
grande surpresa, pois afinal de contas a Rosi já tem uma boa bagagem de bons
personagens. Mas a simplicidade da personagem é tão bem interpretada que tal
qual o Candinho do Sérgio Guizé
podemos jurar que a Eponina existe de verdade sim. E a Rosi
Campos estava merecendo essa personagem depois do papel sem expressão que a
atriz viveu no trabalho anterior, a Zélia de Babilônia (2015).
Dona Paulina da Suely Franco
Suely Franco é nome consagrado no teatro, mas na tv a
impressão que se tem é que ela só aceita fazer o que gosta. A Dona Paulina com
certeza é um desses casos. A personagem foi um grande “achado” dentro da trama
de Êta Mundo Bom.
Horas ajudando outras atrapalhando alguns personagens, acima de tudo Dona
Paulina sempre via uma maneira de tirar vantagem
de alguma situação. Isso sem falar em
seus números de música no “Dancing”, sempre um show à parte. Na reta final a
personagem ainda ganhou mais destaque ao juntar-se o núcleo da fazenda de
Cunegundes, nos proporcionando cenas hilárias em parceria com a Elizabeth Savalla.
Pirulito do JP Rufino
Depois
dos destaques em Além do Horizonte (2013) e Alto Astral(2014),
JP Rufino se firmou de vez como um
bom ator com o serelepe Pirulito da trama do Walcyr. Sua dobradinha com Sérgio Guizé, brilhando de igual para
igual com o protagonista da trama, foi um dos pontos fortes de Êta Mundo Bom.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Foram tantos tão bem, que nem sei como escolheu, kkk Ernesto esteve maravilhoso como Cafetão, assim como o dono do bar. Diana, Severo e a boa amiga Clarice. Assim como O POLICARPO.
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