A
trama de Êta
Mundo Bom terminou nesta sexta-feira
(26.08) e vai deixar muitos órfãos do folhetim despretensioso que o Walcyr se
propôs a escrever na sua volta ao horário que lhe consagrou. Depois de marcar o
horário das sete, inovar e quebrar tabus no horário nobre e ousar no das onze,
o autor voltou para o horário das seis e revelou que não iria apresentar nada
de novo, mas foi exatamente esse “feijão com arroz” requentado que deliciamos
como  um manjar dos deuses.  
        A
audiência da trama só cresceu no decorrer dos capítulos e  nem mesmo os percalços da trama foram capazes
de tirar seu charme. 
        Por
falar nesses percalços o mais forte de todos foi sem dúvidas a  fraca  protagonista 
vivida pela Débora Nascimento.  A Filó  logo nos primeiros capítulos se apagou em cena,  o  autor viu isso e  teve que transformar a Maria personagem da Bianca Bin, que inicialmente era uma
coadjuvante, na protagonista que descobria todos os segredos da Sandra (Flávia
Alessandra). Além de detetive,  Maria
acabou se transformando na mocinha  e sua
história de amor,  que até transformou o
Celso (Raine Cadete), se tornou o grande trunfo romântica da novela. 
        Mas em
compensação outros personagens foram tão bons que se transformaram na alma da
trama. A vilã Sandra da Flávia Alessandra, que foi tão criticada inicialmente pela semelhança com a outra  vilã da atriz , a Cristina de Alma Gêmea (2005) outra trama do Walcyr. Mas a Sandra tinha vida e perfis próprios, e
mostrou mais uma vez o talento e a beleza da Flávia que esteve espetacular. 
        Elizabeth Savalla  foi outro destaque. A atriz soube transformar
a maior crítica à sua personagem, o tom muito acima, no maior charme da Boca de
Fogo, digo Cunegundes! 
        E o Sérgio
Guizé sem dúvidas será eternamente o nosso Candinho. O Ator entrou no personagem
de tal forma que com certeza Mazaroppi
, que imortalizou o personagem nos cinemas se sentiria orgulhoso. 
        Apesar
de não mostrar nada de novo, e encher a trama com casamentos que não aconteceram,
planos  sempre falíveis dos vilões e
muita torta na cara, além das tramas que andavam em círculos,  Êta Mundo Bom criou
outro sentido para a palavra “Cegonho”. A personagem Mafalda, interpretada
magistralmente pela Camila Queiroz,
apelidou o órgão genital dos seus pretendentes de Cegonho e essa busca “pela
ave”  foi um dos destaques da história.
Uma pena que no final a Mafalda tenha ficado com Zé dos Porcos (Anderson di
Rizzi). 
        Walcyr
na reta final nos surpreendeu com alguns desfechos como a  cena emocionante do casamento da Gerusa (Giovanna
Grigio) e Osório (Arthur Aguiar) ou a ousada cena entre o Dr. Lauro (Marcelo
Argenta) e Tobias (Cleiton Morais) que insinuava uma relação entre eles.  
        Êta Mundo Bom nos remeteu aquelas clássicas novelas do horário da
década de 80 em que nos tornávamos público cativo, sentadinhos à frente da tv
naquele horário certinho. Mesmo com a possibilidade de vermos a trama em várias
outras plataformas, com o próprio Globo.play
da emissora, o gostinho de vê-la na tela da tv tinha  um sabor  mais do que especial. 
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Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa








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