Luís Mello está de volta às novelas na
pele do japonês Kazuo Tanaka, na trama de Sol Nascente, do autor Walther Negrão. O ator, que
na verdade é filho de uma índia com italiano, ganhou esse desafio na nova
novela das seis. Pode parecer forçado
transformá-lo em Japonês, mas com o talento peculiar do Luis, isso será apenas
um detalhe.
O ator
que só estreou na tv em 1995 aos 38 anos, atuou por muitos anos sob a batuta do
exigente encenador Antunes Filho,
tendo sido protagonista de vários espetáculos marcantes como “Vereda da
Salvação”, “Gilgamesh” e a peça “Trono de Sangue”, adaptação da
obra Macbeth
de Shakespeare, em 1992. Sua interpretação na peça é considerada a
melhor encenação de Macberth do teatro brasileiro.
Antunes Filho foi totalmente contra a
ida de Luís Mello à tv. Mas esse era
seu caminho natural. O ator precisava da visibilidade da tv para se sentir um
profissional completo. O Ator estreou na tv em 1995 na trama de Cara e Coroa,
do autor Antônio Calmon e o “bichinho”
da tv lhe pegou de jeito. De 1995 até agora foi um trabalho por ano, em novelas
, minisséries ou especiais.
São
esses personagens que o post de hoje vai relembrar. Personagens da tv
interpretados com talento e responsabilidade
de personagens de teatro, a essência do ator.
Rubinho de Cara e Coroa (1995)
O
Rubinho de Cara
e Coroa, novela do autor Antônio
Calmon, marcou o nome de Luis Mello na tv com diamantes. O personagem era muito complexo e apesar
de querido na cidade tinha um lado
sombrio e perturbado desde que foi abandonado
no altar pelo seu grande amor Fernanda, a personagem da Crhistiane Torloni. Logo em suas primeiras cenas, na primeira fase
da trama Rubinho se rasga e se despe no altar depois de abandonado. Esta cena
marcou a reviravolta do homem que tinha um futuro promissor. O personagem deu a
Luís Mello a notoriedade que seu
talento precisava e ainda lhe rendeu o prêmio de melhor ator pela APCA e revelação do ano pela Revista Contigo.
Alberto de O Amor está no Ar (1997)
Depois
do sucesso em Cara
e Coroa, Luis Mello foi
logo convidado para viver um dos principais papeis da trama de O Amor está no Ar,
do autor Alcides Nogueira. Luís deu
vida ao vilão Alberto, um homem que fora apaixonado no passado por Sofia (Betty Lago) mas depois de perde-la para Victor (Wolf Maia), resolve casar-se com
Milica (Susana Gonçalves) para continuar por perto com suas vilanias.
Diabo de O Auto da Compadecida (1999)
Em
1999, Luís Mello apareceu
irreconhecível na pele do Diabo do filme que virou minissérie O Auto da
Compadecida, do Guel Arraes,
João e Adriana Falcão. A Caracterização dos personagens da minissérie foi
incrível e o Diabo do Luís Mello
aterrorizou muita gente viu!
Nicanor Batista de O Cravo e a Rosa (2000)
Nicanor
Batista de O
Cravo e a Rosa, novela do Walcyr
Carrasco, foi outro personagem de destaque do Luís Mello. Inicia a novela como um respeitado banqueiro e viúvo
que vive para cuidar das filhas, porém na realidade mantinha uma segunda
família com a lavadeira Joana, a personagem da Tássia Camargo. No decorrer da novela ainda se envolve com a vilã
Marcela, a personagem da Drica Moraes.
Mesmo com um drama complicado, o personagem era hilário com trejeitos e tiradas às turras com suas
filhas : Catarina e Bianca, vividas pela Adriana Esteves e Leandra Leal.
Bento Manuel de A Casa das Sete Mulheres (2003)
Outro personagem
digno de reverencias vivido pelo Luís
Mello foi o Bento Manoel de A Casa das Sete Mulheres, minissérie da autora Maria Adelaide Amaral. O personagem que realmente existiu na vida real,
era o grande inimigo de Bento Gonçalves (Werner Schurmemann) líder da revolução
Farroupílha, principal pano de fundo da minissérie.
Orã e Conchita de Cobras e Lagartos (2006)
Em
2006, na trama de Cobras e Lagartos, do autor João Emanuel Carneiro, Luís Mello interpretou o personagem Orã, um
homem sensível e que havia abandonado a família depois de ser descoberto pela
esposa vestido de mulher. Anos depois Orã decide voltar para visitar os filhos
e traz junto com ele Conchita, sua versão mulher. A Situação proporcionou cenas
hilárias do Luís Mello travestido e
mostrando toda a sua veia cômica.
Coronel Licurgo de JK (2007)
Na
trama da minissérie JK , da autora Maria Adelaide Amaral, o ator deu vida
ao asqueroso Coronel Licurgo. A história
do personagem era paralela a história de Juscelino
Kubitschek que contava a
trama da família do coronel , casado com Maria (Cássia Kiss) e pai de Zinque
(Marc Franken/Dan Stulbach). Personagem fictício, Licurgo representa um coronel
do interior, um homem autoritário e reacionário. É um falso cristão. Prega as
leis da Igreja, mas vive de acordo com seus valores pessoais. Não tem amor pela
esposa, nem pelo próprio filho. A Caracterização e intepretação do Luís
foi espetacular e a dobradinha vezes com
a Cássia Kiss Magro outra com o Dan Stulbach já valiam a minissérie.
Oseas de Morde
e Assopra (2011)
Em Morde e Assopra,
do autor Walcyr Carrasco, o ator deu
vida ao personagem Oseas, que era um
banqueiro com muita influência entre os agricultores. Na trama da novela, o personagem vive o drama de se envolver com
uma mulher mais nova, sendo ela apaixonada por um dos seus filhos. A convivência que já era difícil com esse
filho ficou ainda mais complicada depois dessa disputa.
Atílio ou Gentil de Amor à Vida (2013)
Em 2013,
na trama de Amor
à Vida, do autor Walcyr
Carrasco, Luís Mello viveu mais um personagem que pedia uma delicada
interpretação do tipo que só o Luís Mello saberia fazer. O personagem
era o Atílio, o administrador do
Hospital San Magno, que depois de descobrir algumas falcatruas de Félix (Mateus
Solano), acabou virando sua vítima. Depois de escapar de um ataque programado
pelo vilão, Atílio acorda desmemoriado nos braços de Márcia (Elizabeth Savalla)
e é batizado de Gentil. A Partir de então mesmo recuperando a memória, Atílio
assume algumas vezes a personalidade de Gentil ao descobrir essa nova paixão por Márcia. O Ator foi de
uma perícia incrível vivendo os dois personagens
que ao mesmo tempo eram um só.
Mássimo de Além do Tempo (2015)
A novela
Além do Tempo, da autora Elizabeth Savalla teve sua história
contada em dois tempos e os atores viveram o mesmo personagem em duas épocas distintas da narrativa. No início do século, Mássimo era
o administrador das propriedades da família Castelinni em Campobello,
casado com a doce e excêntrica Salomé (Inês Peixoto). Quando a trama passa para os dias atuais ele dá vida ao
solteirão mais famoso da cidade, mas acaba sendo fisgado de novo por Salomé que
volta a trama como sua empregada.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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