Aguinaldo Silva sempre foi um exepert em criar beatas, que mesmo sempre de joelhos ao pé do altar,
movimentavam as tramas que praticamente protagonizaram, sendo as condutoras da
maioria dos acontecimentos, quando não de todos.
A Mirtes da Elizabeth Savalla é um grande exemplo
desse tipo de personagem. Mesmo sem ser a protagonista ou a antagonista oficial, o talento da atriz
e o perfil do personagem roubaram a
trama de O
Sétimo Guardião, e se tornou,
junto com a Judith da Isabela Garcia,
as únicas personagens que se salvaram dentro da história da fonte.
Relembre outras beatas
criadas pelo autor que marcaram a teledramaturgia.
Perpétua (Joana Fomm em Tieta/1989)
Joana Fomm ganhou todos os aplausos pela traiçoeira beata Perpétua,
que se tornou uma das personagens preferidas do público que acompanhou a trama
de Tieta.
Sempre fazendo tudo em nome de Deus, foi
capaz de jogar o próprio filho seminarista para cima da irmã Tieta
(Betty Faria) de olho em sua fortuna, além de ser a primeira a atirar pedra ao
descobrir a verdadeira fonte do dinheiro desta. Extremamente conservadora e
sempre de luto, guardava no armário uma misteriosa caixa branca cujo conteúdo
só foi revelado no final da trama: era o órgão genital de seu falecido marido. Joana Fomm rendeu a novela cenas
memoráveis em dobradinha com Betty Faria
(Tieta), Lília Cabral (Amorzinho), Rosanne Gofmann (Cinira) e o saudoso Cláudio Corrêa e Castro (Padre
Mariano).
Gioconda (Eloisa Mafalda em Pedra sobre Pedra/1992)
A Saudosa Eloisa Mafalda, já tinha ensaiado sua
veia de beata na trama de Roque Santeiro (1985),
com a Dona Pombinha, no qual Aguinaldo Silva havia colaborado com Dias Gomes. Mas foi a Gioconda de Pedra sobre Pedra (1992), que deu o status de beata do mal à atriz.
Sempre apontando os defeitos dos outros e com palavras desagradáveis para a
cunhada Hilda (Eva Wilma) e a filha Úrsula (Andreia Beltrão), a
personagem protagonizou cenas inesquecíveis e no final como prêmio por sua atuação, Gioconda foi revelada como a assassina
de Jorge Tadeu, personagem do Fábio Jr, o grande gancho e segredo da trama.
Maria Altiva Pedreira Mendonça de Albuquerque (Eva Wilma em A Indomada/1997)
Eva Wilma foi a estrela absoluta de A Indomada na
pele da beata fervorosa e falida de Grenville Maria Altiva Pedreira de Mendonça
e Albuquerque. A Grande vilã era mesquinha, avarenta, estúpida, soberba,
ambiciosa, invejosa, falsa, carola ... ufa,
oxente mai godi! A personagem centrou todos os acontecimentos da trama e
fez cada capítulo valer a pena no, sem
dúvidas, melhor momento dessa grande atriz na tv.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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