As primeiras semanas de Espelho da Vida,
trama da Elizabeth Jhin, que
terminou nesta segunda-feira (01.04), mostraram uma história lenta e sem muitos
acontecimentos.  O público começou a bocejar
e a audiência cair muito. Porém a autora sabia muito bem o que estava fazendo,
talvez a aceleração no roteiro da obra tivesse atrapalhado seu conjunto.  Enfim, Espelho da Vida ganhou
força da sua metade em diante quando a história dos anos 30 figurou com mais
força e o público começou a ser brindado com duas novelas  ao mesmo tempo ricas de um bom texto, roteiro
e atuações impecáveis. 
        Assim como em Além do Tempo (2015),   Espelho da Vida foi contada em dois tempos, e mesmo falando de
espiritismo e vidas passadas, a autora não foi didática e poupou o público de
doutrinação exagerada, o que descaracterizaria o bom folhetim, e apresentou uma
trama que precisou dessa lentidão inicial para apresentar um final eletrizante,
com direito a torcidas nas redes sociais e bolsas de apostas. 
        Sem dúvidas o grande trunfo de Espelho da Vida foram as viagens entre as dimensões que a autora
soube dosar de forma perfeita,   deixando o público curioso  para saber  quem seria 
no passado o personagem da vida atual de 
Cris (Vitória Strada), e passando a torcer por esses reencontros e  pelo bom desfecho da história. 
        Foi nessa duplicidade de
personagens  que o elenco de Espelho da Vida fez da trama um palco e nós fomos  brindados com grandes atuações em cenas
memoráveis de atores veteranos e iniciantes que só enriqueceram a produção. 
        Vitória Strada (Cris / Julia )
e Alinne Moraes, excelentes como
protagonista e antagonista, respectivamente; Rafael Cardoso  (Danilo
/ Daniel ), que logo que apareceu em cena ganhou o posto isolado de mocinho da
trama jogando para escanteio o Alain , do João Vicente de Castro,
até então muito engessado. Porém vale citar   que Alain cresceu muito
em cena e o João Vicente  conseguiu
fazê-lo com maior credibilidade da metade da trama em diante.
        O Elenco veterano foi 
um show à parte – Irene Ravache, Ana Lúcia Torre,
Patrycia Travassos, Suzana Faini, Julia Lemmertz, Felipe Camargo, Ângelo Antônio, Emiliano Queiroz  entre outros,  fizeram 
valer a pena cada cena nas duas vidas de seus personagens.
        Até
o núcleo de humor de Espelho da Vida, o que em outras tramas quase sempre destoa da trama por
completo, Elizbeth Jhin soube
apresentar de forma linear com a história central e nele brilharam nomes como
 Vera Fischer, Luciana Vendramini e Kéfera  
dando  um fôlego necessário quando
a novela  precisava dar uma desopilada do
espiritismo.
        O
Último capítulo ficou marcado pela emoção - 
A Redenção de Alain (João Vicente Castro), o final da Isabel (Alinne
Moraes),  o reencontro de Margô  (Irene Ravache) e Vicente), o amor de Cris
(Vitória Strada) e Daniel (Rafael Cardoso) e o lançamento do filme. Grandes
momentos para fechar a obra prima. 
           Espelho da Vida em
termos de audiência ficou  muito longe
das suas antecessoras Orgulho e Paixão (2018)
e Tempo de Amar (2017),
mas também  é de longe uma trama bem mais
interessante e complexa, que pediu  para
o telespectador pensar   para entender a história que se entrelaçou  entre  os dois tempos. Nessa contramão, o telespectador mais
preguiçoso desistiu  ,   porém aquele mais paciente  conseguiu se apegar aos entrechos e torcer
por eles, o que mostrou  que  Espelho da Vida foi  sem dúvidas um novelão em todos os aspectos –
do texto ao roteiro – da direção ao elenco.  
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Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa 










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