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Meus Personagens Favoritos do Emiliano Queiroz



        O post deste mês tem um gostinho a mais, vou falar de um conterrâneo que com muito trabalho e dedicação orgulha o povo cearense de tê-lo com filho do Estado.
        Emiliano Queiroz praticamente pulou do berço para as artes. Aos quatro anos, “ainda miúdo” o ator  “ficava fazendo teatro”  para os adultos na sua cidade natal, Aracati , no litoral do Ceará. A primeira peça que assistiu, ainda criança, foi O Mártir do Gólgota, peça de Henrique Perez Escrich,  que o despertou definitivamente a sua vocação.
        Entrou para o grupo de teatro da escola, e quando tinha 10 anos sua família mudou-se para Fortaleza. Decidido a seguir a carreira artística, entrou para o Teatro Experimental de Arte, uma importante companhia cearense, aos 14 anos. Pouco tempo depois começou a trabalhar na Rádio Clube, já como profissional aos 16 anos.
        Filho de um  ourives  e uma professora primária, aos 17 anos  pegou carona em um caminhão e foi para São Paulo onde chegou a fazer pequenos papéis  em peças de teatro no TBC, voltando para Fortaleza três anos depois onde trabalhou por mais dois anos como humorista e apresentador de programas.
        Nos anos 60 retornou de vez para São Paulo onde começou a carreira de ator , diretor e autor  e  ao todo trabalhou em mais de 60 filmes, 60 peças de teatro e cerca de 70 novelas, minisséries e especiais de Tv.
        Depois de estrear  na Globo como ator na primeira novela da emissora Ilusões Perdidas , em 1967 Emiliano Queiroz foi convidado por Gloria Magadan para escrever a novela Anastácia, a Mulher sem Destino.  A ator sem nenhuma experiência como novelista aceitou o desafio, porém se perdeu logo nos primeiros capítulos, não conseguiu dar conta da história e indicou Janete Clair para dar um jeito na trama. Foi a estreia de Janete na Globo, emissora  onde  autora apresentaria  grandes novelas para o público.
        Atualmente, Emiliano Queiroz, no auge dos seus 81 anos de vida e mais de 55 de carreira, é um dos veteranos vivendo papéis importantes na trama de Espelho da Vida, assim como Irene Ravache, Ana LuciaTorre e Suzana Faini. Na história da Elizabeth Jhin, o ator dá vida ao personagem André, o misterioso homem que apareceu para a Júlia (Vitória Strada), logo que ela chega em Rosa Branca, dando início a saga da personagem em busca do seu passado. André na verdade é revelado ser o filho de Danilo (Rafael Cardoso) e  Júlia , brindando o bom trabalho do ator na trama.


        Para homenagear Emiliano Queiroz,  que já nos emocionou com tantos personagens na história da teledramaturgia e fechar com chave de ouro sua participação em Espelho da Vida,  vamos relembrar alguns desses que o transformaram no grande profissional  das artes.

Carlos Peixoto de Ilusões Perdidas (1965)

        Emiliano Queiroz  estreou na Globo na primeira novela diária da emissora – Ilusões Perdidas , da autora Ênia Petri. Junto com Emiliano, Leila Diniz, Reginaldo Faria, Norma Blum, Osmar Prado também estreavam na emissora. Na trama, Emiliano deu vida ao personagem Carlos Peixoto.
       
Ariovaldo de Eu Compro Essa Mulher (1966)

        No ano seguinte ,  o ator estava no elenco de Eu Compro Essa Mulher, novela da autora GlóriaMagadan que  marcou a era Walther Clark nas produções da Globo.  Na trama Emiliano deu vida ao personagem Ariovaldo.

Hans Stauber de O Sheik de Agadir (1966)

        Emendando uma novela na outra,  Emiliano Queiroz integrou o elenco de O Sheik de Agadir na pele do tímido soldado Hans Stauben, o braço direito do terrível general Otto Von Lucken, vivido pelo Mário Lago, na trama  da Glória Magadan.

Juca Cipó de Irmãos Coragem (1970)

        Foi em 1970, que Emiliano Queiroz  ganhou seu primeiro personagem de grande projeção – Juca Cipó de Irmãos Coragem da Janete Clair. No início, Juca que tinha  problemas mentais era muito violento, chegando a estuprar Cema (Suzana Faini), ao invadir sua casa a mando de Pedro Afonso (Gilberto Martinho). Porém o público infantil começou a se interessar pelo personagem e a autora teve que dar uma atenuada em suas vilanias, transformando o Juca em um personagem mais engraçado do que violento.  A interpretação do ator foi muito elogiada pelo crítica, transformando Juca Cipó em um dos personagens mais lembrados da trama. No remake de Irmãos Coragem, produzido em 1995, o ator voltou a história, desta vez como o Dr. Maciel.

Dirceu Borboleta de O Bem Amado (1973)

        Em 1973, Emiliano Queiroz entrava de vez para a história da teledramaturgia nacional com a criação impecável  do Dirceu Borboleta da trama de O Bem Amado, do autor Dias Gomes. O personagem até hoje é um dos mais lembrados  do ator que voltou a vivê-lo em vários outras ocasiões, como na versão seriada de O Bem Amado, em 1980; no especial Expresso Brasil em 1987 e na Escolinha do Professor Raimundo em 1994. O Jeito nervoso e a gagueira compulsiva, marca registrada do personagem, rendeu momentos hilários a novela e depois no seriado, quando o sucesso levou os personagens para gravar até em Nova York. Sem dúvidas um marco para antologia das novelas brasileiras.

Padre Almerindo de Estúpido Cupido (1976)

        Em Estúpido Cupido, do Mário Prata, o ator veio no núcleo dos padres da trama – Seu personagem,  Padre Almerindo, era o professor de Latim e Espanhol e também o responsável pela disciplina no colégio. Conhecido por suas frases de efeito,  apesar de toda a rigidez e função, os alunos estão sempre lhe pregando peças e colando em suas provas.

Horário Brandão de Pai Herói (1979)

        Na trama de Pai Herói, da autora Janete Clair, Emiliano Queiroz foi Horário, um solteirão tímido e sempre apaixonado pela Cunhada Norah, vivida pela Beatriz Segall, viúva de seu irmão. Depois da morte do marido, Norah cede aos encantos do cunhado mais a matriarca da família, Dona Januária (Lélia Abramo), mãe de horário e do marido morto de Norah, não aceita a relação do filho com a viúva do irmão, o que o intimida e irrita Norah, por ver o quanto ele é fraco diante da mãe prepotente.  
       
Tio Biju de Cambalacho (1986)

        Em Cambalacho, do autor Silvio de Abreu, o ator ganhou mais um personagem inesquecível – O Tio Biju dos sobrinhos Athos (Flávio Galvão), Porthos (Maurício Mattar) e Aramis (Paulo César Grande). O Personagem era engraçadíssimo tratando os sobrinhos feito uma galinha, cobrindo-os e defendendo-os, apesar deles aprontarem muito dentro da novela.  O Ator contou em entrevistas na época da novela, que em todo lugar que ia alguém o chamava para dizer que tinha ou conhecia um Tio feito o Biju, o que deu ainda mais importância na interpretação.

Catulo de Era Uma Vez . . . (1998)

        Outro personagem interessante vivido pelo Emiliano Queiroz na tv foi o Catulo de Era Uma Vez, do autor WaltherNegrão. Na trama, seu personagem era o jardineiro de Xistus (CláudioMarzo), um profissional requintado e que conhece tudo na sua profissão. Mantém um estreita relação como o rígido patrão.

Tio Bernardo de Alma Gêmea (2005)

        Na trama do Walcyr Carrasco, na pele do Tio Bernardo,   o ator proporcionou ao grande  público cenas memoráveis ao lado de Fernanda Souza e Emílio Orciollo Neto, que viveram seus sobrinhos  no núcleo caipira, um dos melhores da trama de Alma Gêmea.

Nono Benedetto de Passione (2011)

        Em 2011, Emiliano Queiroz encantou o público com outro personagem do Silvio de Abreu,  o Nono Benedetto de Passione. Na trama, o personagem  disputava  o amor da personagem da saudosa CleydeYáconis com Leonardo Villar. Vale lembrar que o trio havia se encontrado muitos anos atrás quando dividiram papéis na peça O Pagador de Promessas (1960) no TBC.
       
Seu Rivaldo de Sob Pressão (2017 à 2018)

        Emiliano Queiroz emocionou o público em uma participação especial na primeira temporada de Sob Pressão. Rivaldo, seu personagem, era o paciente que “morava” no hospital, sobre uma maca no corredor, depois de ter sido abandonado pela família devido sua doença grave.

Veja Também: 
Novelas Inesquecíveis - Ilusões Perdidas (1965)

Novelas Inesquecíveis - Anastacia - A Mulher sem Destino (1967)
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Meus Personagens Favoritos 
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa

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