Flávio
Migliaccio vem roubando a cena, como era de
esperar, na pele do Mamede em Órfãos da Terra. Inicialmente protagonizando cenas cômicas que só
engrandeciam a história de Thelma Guedes e Duca Rachid, em parceria com outro grande nome da nossa Tv , Osmar Prado, seu personagem vem entrando agora na abordagem
do Mal de Alzmeimer, através da doença
que o personagem começa apresentar, e novamente o ator vem dando show em
cenas emocionantes do Mamede diante do drama dos sintomas da doença.
Porém vendendo saúde, o intérprete do
Mamede, com mais de 60 anos de carreira, mesclados entre as funções de ator,
diretor e produtor, empresta seu talento e trabalho impecável vivendo os mais
vários tipos na tv, cinema e teatro.
Flávio
Migliaccio, nasceu em São Paulo no Bairro do Brás, filho de uma família de
17 irmãos, entre eles a também atriz e comediante, Dirce Miggliaccio, já falecida.
O Ator iniciou a carreira atuando em peças de teatro na periferia de São
Paulo, onde logo descobriu sua veia para a comédia, no qual está centrado
a maioria de seus personagens.
A Carreira profissional se iniciou em
1954, depois de fazer um curso de teatro do diretor italiano Ruggero Jacobbi, no Teatro de Arena. Seu primeiro papel como profissional foi de um
cadáver na peça Julgue
Você.
Na tv estreou em 1958, no Grande Teatro Tupi, e no ano seguinte
viveu o personagem que marcaria definitivamente sua carreira na televisão, o
Xerife da novela O Primeiro Amor e da Série Shazan, Xerife e Cia no ano de 1972,
ao lado do colega e amigo Paulo
José.
No decorrer dos anos o ator foi galgando
uma carreira de tipos inesquecíveis que entraram para a história da
teledramaturgia em produções como As Aventuras do Tio Maneco
(1978), da Tv Cultura e nas novelas Rainha da Sucata (1990), Perigosas Peruas (1992),
A Próxima Vítima
(1995), Senhorado Destino (2004), Passione(2010)
entre outros trabalhos.
Para comemorar mais um trabalho marcante do ator na trama
de Órfãos da
Terra, o e10blog vai
relembrar os melhores personagens do ator, numa homenagem mais que merecida a
um dos nomes que escreveram a história da dramaturgia nacional.
Xerife de O Primeiro Amor (1972) e Shazan, Xerife e Cia (1972)
Xerife foi um dos personagens de
destaque da trama de O Primeiro Amor, do autor Walther Negrão, que tinham dois pilares distintos - a comédia e o drama. Em parceria com Paulo José, o Shazan, conquistaram o
público adulto e infantil, e a dupla foi sem dúvidas o maior destaque da novela. Os personagens fizeram tanto sucesso que
ganharam um seriado próprio ao fim da
novela. O seriado Shazan, Xerife e Cia, que contava as aventuras da
dupla, entrou no ar uma semana depois do término da novela, com 66 episódios
apresentados entre os anos de 1972 e 1974. Na verdade a ideia do seriado já existia antes mesmo de O Primeiro Amor,
a novela foi um veículo de teste de popularidade da dupla. Shazan, Xerife e Cia foi a primeira spin-off da história da
teledramaturgia. O primeiro nome
pensado para viver o Xerife, foi Armando
Bógus, com quem Walther havia trabalhado em A Próxima Atração (1970), mas seguindo a ideia de Daniel Filho, decidiu por Flávio
Migliaccio que já tinha uma experiência de teatro ao lado de Paulo José (o Shazan). A Química da
dupla foi perfeita e eles mesmo opinaram em muitos pontos sobre os personagens,
como figurino, interpretação, prosódia.
Em 1998, em comemoração aos 25 anos de
criação dos personagens, o autor trouxe de volta a dupla em sua novela Era Uma Vez . . . (trama que se passava também numa cidade fictícia chamada
de Nova Esperança).
Por seu trabalho à frente do Xerife, Flávio Migliaccio foi agraciado com o Troféu Imprensa de revelação masculina
de 1972.
Neco de O Astro (1977)
Em 1977,
Flávio apareceu no horário nobre vivendo o malandro Neco na trama de O Astro,
da autora Janete Clair. Na história, seu personagem era dono de uma barbearia e
havia sido o parceiro de golpes do Herculano (Francisco Cuoco), e com medo
deste vivia fugindo.
Genésio de Pai Herói (1979)
Em Pai Herói, outro trabalho de Janete Clair em que Flávio participou, o ator voltou a apresentar
sua veia cômica como o desconfiado Genésio Pereira, braço direito de
Baldaracci, o personagem do Paulo Autran.
Um tipo engraçado, morre de ciúmes da exuberante e provadora esposa, a Mirtes, vivida pela Maria Helena Velasco.
Seu Moreiras de Rainha da Sucata (1990)
Na trama de Rainha da Sucata, do Sílvio de Abreu, Flávio Migliaccio deu
mais um show de comédia como o hilário e desleixado verdureiro Seus Moreiras.
Na trama, o personagem é o pai de Nicinha, personagem da Marisa Orth, que não se conforma
por a filha ter ficado “falada”
na vizinhança, e é eternamente
apaixonado por Dona Armênia (Aracy Balabanian). Vive dando em cima dela,
mas sem resultados.
Venâncio Falcão de Perigosas Peruas (1992)
Na anárquica trama de Perigosas Peruas,
do Carlos Lombardi, Flávio deu vida
ao delegado Venâncio, pai da Cidinha, uma das peruas vividas pela deusa Vera Fischer. Ex-militar, muito
honesto, um pouco inconformado com a situação do país. É delegado de polícia,
do tipo implacável, que não livra a cara de ninguém. Sua relação com o filho João Maluco (Felipe Martins) foi
interrompida quando o menino tinha apenas 10 anos e fugiu de casa, sob a
acusação de ter acidentalmente matado a mãe. O Assunto é um tabu dentro da
família.
Tio Vitinho de A Próxima Vítima (1995)
Na trama
de A
Próxima Vítima, do Silvio do
Abreu, Flávio Migliaccio veio na
pele do Tio Vitinho, que trabalha com Juca (Tony Ramos) no mercado.
Seu Jacinto de Quem é Você (1996)
Em Quem é Você,
trama da Ivani Ribeiro e Solange
Castro Neves, o ator deu vida ao motorista Jacinto, o sedutor das domésticas da casa de Maria
Luisa, a protagonista vivida pela Elizabeth Savalla. Na trama o ator protagonizou cenas hilárias no triângulo amoroso
formado por Fafy Siqueira e Beth Beck.
Ângelo de Vila Madalena (1999)
Na trama de Vila Madalena, do autor Walther Negrão, Flávio Migliaccio viveu um
personagem mais dosado no drama. Ângelo era o pai de Solano, o protagonista
vivido pelo Edson Celulari. Na
história o ator viveu uma rica
parceria cênica com Laura Cardoso, que deu vida a Deolinda, sua esposa na novela.
Seu Jacques de Senhora do Destino (2004) e Duas Caras (2007)
Flávio
Migliaccio voltou a viver o mesmo personagem em duas tramas nos anos 2000.
Em 2004, foi o seu Jacques, um dos vizinhos
da vilã Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), na trama de Senhora do Destino. Em 2007, na
trama de DuasCaras, novela também do AguinaldoSilva, o ator viveu um personagem com o mesmo nome em participação
especial.
Karan Ananda de Caminho das Índias (2009)
Na trama de Caminho das Índias, da Glória Perez, Migliaccio deu vida ao
tio-avô do personagem Opash, vivido pelo Tony
Ramos. Cunhado de Laksmi (Laura
Cardoso) é cheio de ideias mais modernas, defende a modernização da Índia,
apesar de algumas opiniões mais conservadoras. É o único que sabe do segredo
sobre um romance do passado de Laksmi, e desconfia sobre a real paternidade de
Opash.
Tio Fortunato de Passione (2010)
Em Passione, mas um trabalho do Migliaccio em tramas
do Silvio de Abreu, deu vida ao Tio
Fortunato, irmão da falecida irmã de Olavo (Francisco Cuoco). Um senhor de
espírito jovem, descolado e que não liga para pompas, vivia entrando em
conflitos com a exuberante e nova rica Clô,
vivida pela Irene Ravache.
Seu Chalita de Tapas e Beijos (2011 à 2015)
A Partir de 2011, o ator voltou aos seriados na pele do Seu
Chalita em Tapas e Beijos, série do Claudio
Paiva. Quatro anos no ar como o personagem, seu Chalita virou uma das
marcas registrados da série sempre
protagonizando as histórias ao lado de Suelí e Fátima, as protagonistas
vividas pela Andrea Beltrão e FernandaTorres. Mais um grande momento com
interpretação irrepreensível e um tempo
perito para humor desse grande astros.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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