Uma das maiores invenções do mundo completa aqui no Brasil 70
anos. Em 18 de setembro de 1950, a
Televisão do Brasil teve seu início comercial,
com os equipamentos trazidos por Assis Chateaubriand e a
inauguração da Tv Tupi em São Paulo, fundando assim o primeiro canal de
televisão do país.
Foi sem dúvidas algo experimental, e que com certeza, nem mesmo Chateaubriand, imaginou que se transformaria no que é e tivesse a importância para todos os ramos
que tem hoje.
A televisão e seus
programas de auditório, jornais, programas de entrevistas e a teledramaturgia,
conquistou o público de tal forma , que é impossível, mas impossível mesmo
imaginar o mundo sem a Tv, o Brasil sem aquela caixinha no centro da sala, que
no decorrer dos anos invadiu todos os cantos da casa e os corações brasileiros.
Falar de Tv sem falar
de teledramaturgia, novelas e minisséries, é impossível. O gênero é quase que
sinônimo do aparelho, uma das produções que virou carro chefe das
emissoras, como se uma não existisse sem
a outra .
Como imaginar a Tv sem o Senhorzinho Malta (Lima Duarte
em Roque Santeiro/1985) e como saberíamos quem matou Odete Roitmann
(Beatriz Segall) em Vale Tudo (1988)?
O Aparelho transmitiu para os quatro cantos do Brasil as
cenas inesquecíveis do Pantanal na novela homônima do Benedito RuyBarbosa e impregnou nossa sala com a era disco através das curvas da Sônia
Braga como a Júlia de Dancin`Days (1978).
Aliás foi através da tv e da teledramaturgia que acompanhamos
a evolução musical , desde o clássico da trama de Bravo (1975),
passando pelo samba e breakdance que se misturaram em Partido Alto (1984), a lambada que emoldurou Rainha da Sucata (1992), e o
funk e charme de Avenida Brasil (2012).
Aprender sobre ciência
e tecnologia ficou muito mais fácil através das novelas Barriga de Aluguel (1990),
De Corpo e Alma (1992) que nos apresentou
a complexidade dos transplantes de órgãos e O Clone (2001)
com a clonagem humana.
Tivemos um olhar ainda
mais humanos com imigrantes por causa de
tramas que mostraram essa realidade tão dura , como Os
Imigrantes (1981), Vida Nova (1988), Terra Nostra (1999), Esperança (2002) e Órfãos da Terra (2019).
Mulheres criadas nos livros foram imortalizadas nas adaptações feitas para a tv com a Tieta vivida pela Betty Faria em Tieta (1989); Salomé (1991), da
novela homônima vivida pela Patrícia
Pillar ou a Gabriela da SôniaBraga na trama homônima de Walter George Durst e a Juliana Paes na versão do Walcyr
Carrasco em 2012.
A Tv também mostrou literatura de qualidade , levando livros para sua tela com os personagens sendo interpretado por
grandes atores - o Caso da adaptação de Escrava Isaura (1976),
feita pelo Gilberto Braga do
romance de Bernardo Guimarães ou
as 4 adaptações de Éramos Seis , romance de Maria José Dupré.
Assim de clássicos como PecadoCapital (1975) que marcou a década de 70, passando por Roque
Santeiro, o fenômeno dos anos 80,
Pantanal (1990)
que abriu a década de 90, até chegar à Avenida Brasil (2012),
fenômeno dos anos 2000, a televisão foi a ferramenta chave para essa
aproximação do público com esse mundo da imaginação. Mesmo nos dias atuais, com
tantas outras plataformas, a setentona continua firme, forte , pioneira e eterna nesta área.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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