O
Cafona explorou o tema da ascensão social através de uma sátira ao
movimento hippie e a sociedade carioca. A trama do autor Bráulio Pedroso, que estreava na Globo depois do sucesso de Beto Rockfeller (1968) na Tupi, foi um grande marco para a teledramaturgia
nacional.
Francisco Cuoco fazendo humor pela primeira vez foi um dos destaques. Sua dobradinha com Marília Pera, que também estreou na Globo
na trama vivendo a Shirley Sexy, protagonizou cenas clássicas
de gafe ante a sociedade elitizada da
época. Um das cenas mais marcantes, é que Gilberto Athayde, o Cafona vivido
pelo Cuoco, bebia a lavanda da mesa em um jantar milionário.
A novela contou com a participação de pessoas famosas na
época, como a cantora Maysa e o
nobre Juan de Bourbon, entre outros
colunáveis.
Alguns colunáveis se
viram espelhados na novela, e por isso se sentiram atingidos. O próprio autor Bráulio Pedroso chegou a afirmar em
entrevistas que tinha se baseado em acontecimentos reais para algumas histórias
da trama. Para zerar a polêmica, a Globo passou a exibir depois dos
créditos finais no encerramento de cada capítulo, o aviso : “Qualquer
semelhança com pessoas vivas ou mortas ou fatos acontecidos terá sido mera
coincidência”.
O que virou prática a partir de então.
Para a
abertura de O Cafona, que tem 1:57 de
duração, foi composta por Marcos e Paulo Sérgio Valle a música
homônima, que foi interpretada pelo Paulo Sérgio em dupla com Ângela Valle. A trilha de O Cafona, inclusive foi a primeira a ser
produzida com o selo Som
Livre. A Ótima vendagem da trilha nacional, fez com que a Globo
pela primeira vez lançasse a trilha internacional de uma novela da casa.
O
Vídeo da abertura trazia a imagem de boa parte do elenco feita em rabiscos, que no final formavam um grande mosaico.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Vídeo: You Tube
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