Vade Retro terminou nesta quinta-feira (29.06) e deixou a
sensação de que valeu a pena esperar por cada episódio (Mesmo assistindo antes
no Globo.play, eu acaba sempre esperando para assistir na tv )
até quando a Globo resolveu trocar o
horário de exibição com a novela Os Dias Eram Assim.
Primando
pela marca registrada dos autores, o
humor irônico e a comicidade nos
diálogos , Vade
Retro ainda apresentou o diferencial
do terror cômico no duelo sofisticado
entre o bem e o mal.
O
Texto da Fernanda Young e Alexandre Machado é irrepreensível e só
ele já vale o seriado por si só, o caso
de Os Normais
(2001 – 2003), mas em Vade Retro o elenco
(escolhido à dedo) fez deste texto um clássico.
Mônica Iozzi, a qual fiquei com receio
quando ousou abandonar a bancada do Vídeo Show para se dedicar a produção,
mostrou que fez a escolha mais acertada. O que foi a Celeste? Que personagem
rica dramaturgicamente e tão bem construída. Sua dobradinha com Tony Ramos foi crucial para o sucesso
do seriado. Tony no auge da sua humildade, brilhou com seu Abel Zebu, voltando
a fazer humor (Ele havia feito pela última vez em 2013 no seriado A Mulher do Prefeito) deixou Mônica mostrar tudo que podia fazer, fazendo com que ela brilhasse de igual para igual.
Maria Luiza Mendonça , Juliano Cazarré,
Maria Casadevall, Luciana Paes e Cecília Homem de Mello também não fizeram
por menos. Dificilmente veremos algum deles em um papel tão bem escrito,
delineado e interpretado com tanta maestria.
Foram
apenas 12 episódios, porém tão marcantes que mal senti o tempo passar. O último
episódio terminou deixando quase como certa uma segunda temporada. Claro que a
história é um pouco limitada para se estender por algumas temporadas, mas uma
segunda é mais do que necessária para transformar o seriado em um dos ótimos produtos feitos
pela Globo (Vale lembrar que o mesmo
tem parceria com a 02 Filmes).
Vade Retro se mostrou um seriado sofisticado e ao mesmo tempo
simples, para o telespectador menos avisado, porém sem ficar devendo em nada as
produções americanas. É o sinal de que a Globo
está no caminho certo desse tipo de teledramaturgia, iniciado também com
êxito no melodrama de Amorteamo (2015),
que também tinha o terror como pano de fundo.
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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