Uma
história que inicialmente parecia muito interessante, tendo os anos de
chumbo da ditadura, a anistia política e as diretas já de pano de fundo, somados a uma trilha tão gostosa e nostálgica, infelizmente a trama fraca e personagens que para qualquer lado que virem ficam chatos, Os Dias Eram Assim apesar apesar da boa audiência, principalmente às quintas-feiras
impulsionada por A Força do Querer, a novela ( ou supersérie ) vem definhando a
cada semana.
Tramas que poderiam render positivamente
como o abandono dos filhos pela Monique (Letícia Spiller) ou o caso da Cora
(Susana Vieira) com o delegado Amaral (Marco Ricca), acabaram perdendo a força
depois de desenroladas. Cora e Amaral
vivem num jogo de gato e rato irritante, sem falar que não dar para
engolir uma mulher do nível e perfil da Cora se deixar humilhar pelo Amaral. Já
a volta da Monique que prometia reviravoltas na família do Toni (Marcos Palmeira), se
resumiu apenas ao fato de aceitar ou não de volta a mãe de seus filhos que está
passando por necessidades financeiras.
Os Dias eram Assim é
recheada de grandes intepretações como Cássia
Kiss, Marco Ricca, José de Abreu e Natália do Valle que há tempos estava
precisando de uma personagem a sua altura em novelas; no elenco jovem nomes como Julia Dalavia, Daniel de Oliveira e a revelação Carla Sale, fazem a
minissérie valer a pena. Porém alguns personagens por mais que estejam sendo
bem interpretados são tão chatos que
fica impossível curtir assistir à novela.
Alice, Renato, Gustavo e Rimena , coincidentemente
os protagonistas vividos pela Sophie Charlote, Renato Góes, Gabriel Leone
e Maria Casadevall , são personagens de um perfil tão chatos que a trama não anda, estaciona na apatia
deles. Esse grau de chatice é tão grande
que até a Rimena, que no Chile era uma
personagem viva e solar, bastou entrar em contato com eles para perdeu o brilho e a luz.
Uma das poucas coisas que me prendiam à
trama era a espera pelo reencontro da Alice e Renato, outra história que foi mal
apresentada. As autoras Ângela Chaves e
Alessandra Poggi não souberam usar o entrecho à favor da novela. O declínio e desinteresse que crescia a cada
capítulo, subiu feito um foguete depois
desse mal fadado reencontro.
Assim mesmo com uma boa proposta de espécie de remake do clássico
Anos Rebeldes do Gilberto Braga, e uma
trilha nostálgica emocionante, sem a empatia pelos protagonistas, embora bem
interpretados, o caso do Gustavo do Gabriel
Leone, Os Dias Eram Assim corre o risco de terminar com uma das mais fracas
produções apresentadas no horário das 23
horas.
Ainda guardo bons entrechos no desenrolar das tramas da Nanda (Julia
Dalavia) quando se descobrir portadora do vírus da AIDS, um assunto pertinente ainda nos dias de hoje, e esse relacionamento criado para a Vera (Cássia Kiss) que ainda nos
brindou com os inesquecíveis seios da atriz no capítulo de quinta-feira passada
(27.07).
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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